segunda-feira, agosto 17, 2009

O meu primeiro livro

Aceitam se ideias. Há muito que tento escrever um romance, mas faltam me as ideias para tal. Sobre o quê? E as personagens? E a história? E o espaço?

Podia dizer que tudo começou naquele infernal verão de 1800, e Sebastião de Sinim acabava de completar o seu décimo sexto aniversário na companhia de seus pais, Ávilo e Levredna de Sinim e de sua irmã mais nova, Sebastiana de Sinim. Terá sido o seu aniversário mais banal de toda a sua longa vida. Era no entanto o mais importante. Eram as vésperas de entrada no seu curso de Conhecimento da Vida na Universidade da VidaTodAqui.




Um dia eu acabo isto… Ou vocês que me ajudem a construir a história desta família…

Não me apetecia...

Ora vejamos:

Não me apetecia se não fosses tu… Estava de roda das minhas pesquisas cibernéticas, quando dou comigo a dar uma vista de olhos no meu blog... E de repente apeteceu me escrever. Mas continuo sempre com o mesmo problema: “escrever sobre?” Vou escrever sobre os meus amores? Bahhh…. Escrever sobre o meu dia a dia? Naaaaa… e eis então que à medida que vou escrevendo, os meus dedos tocam as teclas do teclado e sai esta bela porcaria de texto:

“Neste dia quente de Agosto, o pensamento de um dia de folga a gozar uma água fresca na piscina, ou umas minis numa qualquer esplanada numa praia não para de me assolara o pensamento. Mas eis que nada corre como eu queria. Acabo por beber a água fresca em casa, saída do frigo e as minis, se quiseres vai ao café e bebe. Mas nem tudo podia ser mau. O almoço foi favas. Isso até nem é mau. Mas também nem tudo podia ser bom. A mamã ficou magoada comigo. Mas e agora? Duas personalidades distintas que chocam e não querem dar o braço a torcer! Quem ganha e quem perde?”

sexta-feira, agosto 07, 2009

A Vontade de Escrever...


Redescobri recentemente a vontade de ler…


Redescobri recentemente a vontade de ouvir música…


Redescobri recentemente a vontade de brincar…


Redescobri recentemente a vontade de ser do contra…


Redescobri recentemente a vontade de escrever…


Mas o mais engraçado é que não me apetece fazer nada. Sou o eterno “não fazes nada”…
Tenho vontade de ler, mas não leio… Tenho vontade de ouvir música, mas não oiço… Tenho vontade de brincar, mas não brinco… tenho vontade de ser do contra, mas fico calado e deixo passar… Tenho vontade de escrever e… Escrevo… Mas nada do que me apetece…
Ouve alguém que uma vez que escreveu ou disse que ler é a maneira mais fácil e barata de viajar. Subentenda-se que este processo nos transporta a lugares distantes, maravilhosos ou não, reais ou imaginários. Mas e o processo da escrita? Será que não tem também o mesmo efeito da leitura? Eu acredito que sim… É tão-somente durante a escrita que consigo voltar para a “minha” serra, para o verde seco da paisagem, para o cheiro a vacas, a cavalos, a serra, a água, a pinheiros mansos e bravos, aos sons dos pássaros e dos esquilos, dos bois e das irritantes moscas. Esse suor que nos molha e cola o corpo, provocado pelo sol abrasador que torna a tenda na nossa sauna pessoal. Ah… a serra… É sem dúvida o local que eu mais gosto de visitar… E na impossibilidade de o fazer tantas vezes quantas gostaria, refugio-me na minha escrita e volto a essa serra para descansar, para recuperar energias, mas sobretudo, para esquecer… Lá eu não sou eu. Sou eu fora de mim. Não me lembro de nada. Esqueço o mundo, o continente, o país, a região… Pombal. Para aqueles que acreditam, aquilo deve ser o sítio mais parecido com o Paraíso na terra. E as saudades dos calorosos cumprimentos do Vítor? “tás bem filha da pûta?” E o Leandro nas suas bicicletas KONA? “Como é cabrom, vens ou nom?” É na minha escrita que volto para perto de vocês. É assim que nos reencontramos e relembramos com o “Hitler” e o João o mais belo nascer do sol das nossas vidas. As nuvens que cavalgavam abaixo de nós, abrindo a visão para a cidade, para o fim das nossas férias.


Esta é a minha literatura! Este sou eu! A vontade constante de escrever mas não querer, a vontade constante de querer mas não poder, a vontade de ser Livre mas estar Preso. Preso a uma vida mesquinha, cheia de correrias, sem alegrias… SEM A MINHA SERRA!