Acordei agora. Já estava a dormir. Acordei com um pesadelo. A marta tinha voltado a falar para mim. E eu do alto da minha sabedoria e da minha razão, só lhe disse "menina, que queiras falar comigo, tas a vontade. Não esperes nada de mim. Não queiras nunca estar contente perto de mim. Umas vezes tratar-te-ei bem, outras não. O teu novo namorado, que nunca me dirija a palavra se não quiser ficar a falar para o boneco. Que nunca me cumprimente, se não quiser ficar com a mão no ar. E tu, quando algum dia, o tempo me der razão, não voltes nunca perto de mim, nem que seja para pedir desculpa. Eu serei de uma frieza implacável. Eu ando de cabeça erguida. Consigo isso. Se não o fazem perto de mim, é porque ambos têm algo de que se arrependem ou têm vergonha. Já te ultrapassei. Há mais alguém que me dá algo que nunca tive contigo. O prazer de uma luta. Tu foste muito fácil para mim, assim como tas a ser para ele. Não há luta pela conquista, não há prazer. E eu estou a ter um enorme. Amei-te durante algum tempo. Mas passou. Agora sei qual foi o dia em que a nossa relação acabou. Se quiseres digo qual foi. Fui muito burro em tentar forçar algo em que já nem eu acreditava muito. Adeus."
Virei costas e fui-me embora.
1 comentário:
Sonhos... nao passam disso mesmo.. Sonhos!! Por mais que nos incomodem, que pareçam reais, que nos atormentem, que nos tirem o sono, que pareçam premonitorios... sao sonhos! Apenas e só!
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