Pois é.. Merda pró tempo. Para o raio que O parta. Foda-se. Até o meu pc acarreta com as culpas das minhas frustrações. Carrego nas teclas com tanta força que parece que isto é uma das velhinhas máquinas de escrever em vez do computador caríssimo que foi.
Irra pá... Farto de coisas sem jeito nenhum. Farto de querer e não ter. Farto de não querer e ter. A única coisa que queria agora mesmo era poder adormecer. Mas um daqueles sonos mágicos dos contos de fadas. Um daqueles sonos de que somos despertos quando se resolveram todas as peripécias. Um daqueles sonos em que só depois de todas as conquistas feitas, de todas as batalhas travadas, somos acordados. Mas que significa isso?
Significa que não me apetece Viver. Mas calma. Não no sentido de estar morto. Viver no sentido de passar despercebido. Não ter alegrias nem tristezas. Não ter vitórias nem derrotas. Não amar nem odiar. Nem chorar nem rir.
Ser um sonâmbulo. Exactamente! É isso que apetece. Dormir em pé e de olhos abertos. Sentir a vida a esvair, a escorrer, a desaparecer entre os dedos. Deixar que o Filha da puta do Tempo me apanhe na curva e que de um momento para o outro eu acorde, olhe para trás e diga para comigo mesmo: "Tava a ver que nunca mais! Demorou mas finalmente estou à beira de acordar. Não vivi o que devia. Não fiz o que devia. Mas porra.. Pelo menos não chorei, não sofri, não amei, não tive derrotas. Só tenho pena de não ter rido"
Quando adormecer, é disso que mais falta vou sentir... de rir. De rir cheio de vontade. Um daqueles risos que vêm do fundo da alma. Um daqueles que nos fazem rir e roncar que nem porcos, ao mesmo tempo! Rir como se não houvesse amanhã.
E para adormecer o Tempo corre. Para aí o Cabrão já me arrasta. Já me chama há muito tempo. Mas o Ranhoso dar-me tempo para eu poder rir é que não. Isso Ele já não faz. Isso Ele já não deixa. Ok, Sendo assim, e uma vez que ainda não podemos impedir que Ele passe por nós, uma vez que não O podemos travar nem desacelerar, então, resigno-me e deixo que Ele me pegue antes do da hora marcada. Ajoelho-me aos Seus pés, entrego a minha espada e digo que desisto. Digo que faça de mim o que bem Lhe aprouver. Digo-Lhe que não quero mais feridas de lutas. Que guerras não levam a lado nenhum e que está na altura errada para ir dormir e descansar.
Viro-Lhe as costas e é isso que faço. Durmo e descanso.
Quando dormimos, Ele passa mais depressa. Pode ser que assim, também mais depressa Ela me encontre!
Sem comentários:
Enviar um comentário