Fiz o que me competia.
Agora já sabes. Agora de nada me adianta continuar a escrever. Agora tenho de volta a minha vida. Agora sabes com o que podes contar. Agora sei que me sinto aliviado. Não é propriamente fácil carregar este "segredo" sozinho. Já nao o carrego só. Já não me sinto só.
Sinto-me leve. Sinto-me a flutuar. Sinto que já não carrego nos ombros o peso de um "segredo" que, me corruía por dentro, que me atacava na mente.
Volto a repetir... Não me peças que viva como se não existisses. Disse-te que os meus amigos vivem comigo no meu coração e na minha mente! Tu entraste neste meu espaço e daí não mais sairás. Guardarei para sempre a magia dos sentimentos que me transmitiste.
Não quero voltar a comover-te. Não quero que penses que me servirei deste espaço, ou de qualquer outro para voltar a abrir o meu coração, para te contar o vai decorrendo do meu tempo. Não! Não quero que penses que com este texto, ou qualquer outro, te pressiono. Não! Fecho este capítulo e deixo a construção desta história para quem quiser. Deixo que voltemos ao momento em que não sabias de nada e eu ainda não tinha nenhum "segredo". Deixo este capítulo inacabado, para que uma pena solta venha, na mão de alguém e acabe este meu devaneio. Deixo que o vento junte as letras soltas e, escreva na areia da praia a história desta minha paixão, para que uma onde apague o texto e o vento o volte a escrever, até que não sobre mais nada senão a ténue lembrança de que eu desejei como a onda que queria ler a história deixada escrrita pelo vento. Eu desejei andar para trás e para a frente e, desejei andar num redemoinho de letras soltas transportadas pelo vento. Desejei que a história voltasse novamente a ser escrita até que, por qualquer maquinação divina, o vento se enganasse e escrevesse as personagens em sítios diferentes.
Quem me dera estar num sítio diferente. Quem me dera poder pintar-me de outra côr e assim, ser outra pessoa. Quem me dera que, sempre que me pintasse, eu me tornasse em um outro ser. Quem me dera que num qualquer quadro mágico, podesse pintar o meu passado, o meu presente e o meu futuro. E que de cada vez que pintasse, o que desenhasse se sobreposesse à realidade. E sabes o que faria? Não me juntaria nunca a ninguém,não mudaria nada na minha vida. Voltaria a pintá-la como sempre até aqui, mas pintaria sempre de rosa a vida das pessoas que transporto junto do meu coração. Mesmo que para isso por cada pincelada rosa na vossa vida, um rabisco a preto aparecesse na minha. E mesmo que para isso nunca se cruzassem na minha vida e,não houvesse lembrança de ninguém a não ser minha. Só eu te transportaria, vos transportaria na minha lembrança. É isto a incondicionalidade do desejo que te tenho. Que a tua vida seja do mais rosa possível e, saberás que para isso, estarei incondicionalmete, sem nada pedir, sem nada desejar do teu lado, como do lado dos meus poucos amigos, para o que der e vier. Para te dar, para vos dar a única coisa, que naquele momento precisarem. Nem que seja a minha "pele", para te aquecer, para vos aquecer numa qualquer noite fria.
Agora, VIVO OUTRA VEZ!
3 comentários:
deixam-me pensativa as tuas palavras...
Por favor, não digas que não adianta continuar a escrever, serviste-te dos teus textos para me transmitir uma mensagem, agora podes servir-te deles na mesma para dar um bocadinho de cor a todos os que "te" lêem regularmente e com prazer como eu.
Sabes tão bem como eu que precisas disso. Ainda por cima o arco-íris não está terminado ainda... Portanto volta lá a pegar na caneta se faz favor!!
Resta-me agradecer a amizade incondicional que me ofereceste, é bom saber que há alguém com quem podemos contar. O resto da história será escrita a seu tempo, como tu próprio disseste. És uma pessoa muito especial, e sei que sou privilegiada por me teres deixado entrar na tua vida.
Bons silêncios amigo...
gosto muito...espero que a descoberta não seja pretexto para afastamento e muito pelo contrário!!!que a AMIZADE continue, e quem sabe se desenvolva. ou não!!não importa, o que importa é que continuem o que têm até hoje..bjinhos aos dois
Rita B
Querida "Anônimo" ;)
Que mensagem te transmiti? :P
De certeza que preciso da escrita?
Preciso da escrita para me tornar eu próprio, para extravazar pensamentos e sentimentos. Mas não é a minha "droga".
O arco-íris ficará pronto a seu tempo, como te tinha dito.
Deixo entrar na minha vida, todos, se bem que cada qual à sua maneira. Priveligiado sou eu por encontrar no meu caminho pessoas como tu e as do jantar.
Manita:
Obrigado pelos beijinhos. Pelo menos da minha parte. Quanto ao afastamento, já perdi alguns amigos. Não o farei novamente. Não com ela, nem com mais ninguém.
Adoro-te. Jocas
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