Deu-me para voltar a escrever.
Talvez por ter voltado a ouvir James. Coisa estranha… Esta banda funciona para mim, como o ópio e absinto, para o Fernando Pessoa. São eles as minhas drogas. São eles os meus analgésicos!!
Pois bem… Desta vez, e uma vez que escrevo, somente porque me apetece, vou escolher um tema totalmente diferente.
Desta vez escrevo sobre Ti… Tou a brincar! Apetece-me escrever sobre o momento político que o nosso belo Portugal atravessa.
Vejamos. Recentemente, em conversa com um amigo, comentámos uma situação que se passa em países nórdicos. Imaginemos uma fábrica que engloba quase a área metropolitana de Pombal. Acontece que essa fábrica tem um parque de estacionamento enormíssimo. Todos os dias, os primeiros funcionários a chegar ao local de trabalho, são os que deixam o carro no ponto mais afastado da entrada da fábrica. Justificação: se eles são os primeiros, podem fazer bem o percurso até à entrada a pé. Os lugares de estacionamento mais perto da entrada, ficam reservados, como se de um pacto social se tratasse, aos funcionários mais “atrasados”. Se chegam tarde e, só tivessem os lugares mais afastados, iriam chegar ainda mais atrasados. Este é um tipo de mentalidade que não encontramos nas gentes deste país. O Zé Povinho vai de carro para o trabalho e, se o pudesse deixar à porta, deixava. Mas nessa impossibilidade, quanto mais próximo, melhor. Impressionante, mas é mesmo assim que somos.
Aproximamo-nos de eleições legislativas, que servirão para decidir o próximo primeiro-ministro. Eu já decidi o meu voto. Não quero influenciar ninguém, nem direi em que votarei, mas fiquem sabendo que vontade é zero.
Atentem. De que servem estas eleições? Para trocar um galo por um galinhola? Um ladrão por um vigarista? Esclareçam-me. Se andamos tão descontentes com sucessivas mentiras de sucessivos governos, como esperam que acredite que desta vez será diferente? Como esperam que acredite que vão mesmo cortar na despesa pública, que vão apostar mais na profissionalização do país, que vão tornar o ensino gratuito e facilitar o acesso à saúde?
Como esperam que acredite que não criarão mais “jobs for the boys”? A nossa política nacional está completamente descredibilizada e, enquanto não houver uma mudança profunda nas mentalidades das gentes, nada mudará e tudo se manterá! Contra mim falo. Esta noite, saí, fui beber uns copos. Claro que devia ter ficado em casa, a poupar. Mas não, tinha de sair e ir gastar dinheiro. Mas também preciso de me divertir. Então, porque não ficar em casa? Combinava com uns amigos, trazíamos umas jolas e ficávamos por casa a ouvir música, a jogar videojogos, a jogar cartas ou simplesmente à conversa. Já o tentei várias vezes, mas a resposta dos ditos amigos torna-se repetitiva. “Este fim de semana não. Mas é uma boa ideia. Temos de combinar isso para um dia destes.” Que raio! Será possível que não percebem que se gasta muito menos dinheiro e passamos uma noite a fazer o mesmo que faríamos em qualquer outro sítio de diversão nocturna?
Deixo a resposta ao critério e consciência de cada um de vós!
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