sábado, agosto 19, 2017

Uma no cravo e outra na ferradura

Ora muito bom dia, boa tarde, boa noite ou boas férias, bom fim-de-semana ou boa semana!

Já há algum tempo que andava para escrever sobre isto. Quanto mais não seja pelas perguntas que me têm feito, pelas propostas ou pelos convites.
E com este pequeno texto, remeto-me novamente ao silêncio, no que a considerações políticas diga respeito.

No que toca a política nacional, nada mais há (para mim e por mim, a dizer). Acho que todos os analistas políticos já fizeram o seu trabalho. Acho que todos os "treinadores de bancada" definiram as suas tácticas. Ou seja, nada sobra para dizer - já se disse tudo dos incêndios de Pedrógão, das mortes na EN 236-1, das falhas do SIRESP, dos pedidos de responsabilidade, dos pedidos de demissão, das férias do "Primeiro", ou a falta do informação do "segundo". Talvez por isso seja tão fácil fazer uma campanha eleitoral nacional. Descobrem-se as falhas de um e de outro, mandam-se umas "larachas" e está a campanha feita. Ganha o político mais estúpido, com o pior projecto eleitoral, mas que melhor se serve das falhas do adversário. Acho que sempre me lembro de assim ser. Mas lá está.. Política nacional à parte, falo da local.

Na minha "santa terrinha" há uma carrada de candidatos, da direita à esquerda, de cima a baixo, do centro independentes e dos independentes centro. Por cá, faz tempo que deixei de votar no(s) partido e passei a votar na pessoa, ou pelo menos no que melhor programa eleitoral me consegue apresentar.

Assim, para a CMP, de entre os candidatos Eng. Narciso, Presidente Diogo e Candidatos Sidónio e Claro, a análise é simples. A CMP continuará quase sem dúvida a ser "laranja". O CDS e o PS não têm expressão num concelho que há anos é "brainwashed" por uma máquina política tão bem oleada. Reconheço todo o mérito ao Sidónio. Privei com ele várias vezes, sei bem do que é capaz. Mas infelizmente não é candidato pelo PSD. O Eng. Claro é o candidato do PS.
Enquanto o PS de Pombal se encontrar no mesmo marasmo dos últimos 25 anos, não me parece que algum dia saia da "cepa torta"! Uma enorme palavra de apreço ao Eng Claro pela coragem demonstrada em assumir este desafio, mas infelizmente não é candidato pelo PSD.
A luta resumir-se-à (e perdoem-me os pequenos independentes por aí, mas também sabem que é verdade o que digo) ao candidato Eng. Narciso e ao actual presidente Diogo.
Tive/tenho uma relação de particular carinho pelo actual presidente. Reconheço uma obra feita e trabalho ao Eng Narciso. Mas isso não chega! Para nenhum dos dois. O Eng, fez questão de bater com a porta na cara do partido que o criou. SIM!! O criou!! O actual segue com os mesmos erros do anterior. Poderia enumerar milhares, mas refiro sempre as pessoas de quem os candidatos a presidentes pelo PSD são rodeados. Sinceramente, não sei (mas deveria saber) quem escolhe os candidatos a vereadores. Se é o Candidato ou o partido. Se é o candidato, deve pensar melhor nas escolhas que faz. Se é o partido, então "boys for the jobs"!
(Que me perdoem os rapazes e raparigas, homens e mulheres do BE e da CDU, mas não sei mesmo nada de nenhum dos candidatos ou dos programas)

Relativamente à JFP, é tudo mais fácil. O PSD apresentou o candidato ideal para que não restem dúvidas quanto aos resultados.
Dos candidatos, menciono apenas três: Sílvia João (CDS), Aníbal Cardona (PS) e Pedro Pimpão (PSD).
A Sílvia, conheci-a há alguns dias atrás. Conheço, e sou amigo de alguns dos integrantes da lista há vários anos. Sei do que são capazes. Aos que conheço, sei que são pessoas capazes da abnegação requerida pelo cargo político a que se candidatam. Sei que são trabalhadores e sonham com uma freguesia de Pombal unida em prol de um bem comum.. O bem-estar dos seus fregueses, homens e mulheres, rapazes e raparigas, ricos e pobres do PSD, do PS ou de qualquer outro partido político.
O candidato do PS, é alguém que conheço há alguns anos. Tivemos conversas de café, mas nunca sobre política. Soube este ano e nestas eleições que "é do" PS. (Este é o erro do PS, ninguém sabe bem quem são, ou são sempre os mesmos). Tem uma vida profissional estável, mas que mais posso dizer sobre isso?! Não é a sua profissão que me pode dizer se é ou não bom político. Um abraço para ele, e à semelhança do Eng Claro, gabo-lhe a coragem de se assumir como candidato nesta altura!
Por último, sobra o Pedro Pimpão. Cresci com ele, entrei para as direcções da Escola Secundária pela sua mão. Entrei para a JSD e várias direcções pela sua mão, mas terá também sido pelo seu "mindinho" que me afastei de qualquer lide política. A determinada altura é pedido que usemos "palas". E isso eu não sou capaz. Posso "comer a cenoura", mas não me peçam para dar o passo em frente à beira do abismo.
O Pedro fez trabalhos notáveis enquanto presidente de AE/ESP e enquanto presidente da JSD. Mas a minha "ignóbil" opinião é a de que na altura ele sabia bem quem eram as pessoas que deviam estar com ele. E essas seguiam-no. É um líder quase por natureza. Consegue colar fracturas!
Não acompanhei o seu percurso na A.R. Do que sei, fez parte de algumas Comissões Parlamentares, dando sempre o seu contributo. Bem.. Muito bem!
É o candidato da continuação, no entanto. Veremos se a "nossa" freguesia continuará igual!

A todos os candidatos, desejo um bom início de campanha, uma boa campanha e que ganhe o melhor!

sexta-feira, abril 21, 2017

Estágio - Centro Europeu de Línguas

Em meados de Novembro, num dos inúmeros sites de emprego existentes em Portugal, havia um anúncio para um "estágio europeu". Escusado será dizer que concorri de imediato. A resposta não se fez esperar e fui chamado a uma entrevista a Lisboa.
A Dra. (?) Paula Cipriano, foi impecável na informação e prestação de todos os esclarecimentos.
Este estágio, resulta de uma parceria entre várias instituições espalhadas pela Europa e funciona com fundos europeus. Na altura de decidir o meu país de destino, e tendo à escolha França, R.U., Espanha e Itália, a resposta foi imediata. Já não bastava ser um país de língua inglesa, era também um dos países do meu imaginário. Tudo o processo de selecção foi muito rápido, assim como tudo o resto que me permitiria vir e começar o meu estágio. Como "não há Bela sem senão", tive de completar também um curso de formadores, ministrado no C.E.L. a fim de ser considerado elegível (um dos requisitos obrigatórios). Nada de grave, tendo até em conta as minhas anteriores experiências profissionais.
O Centro Europeu de Línguas, em Lisboa, tratou de tudo o que concerne a nossa estadia. Alojamento, viagens, transportes e recebemos uma bolsa mensal para fazer face às nossas despesas de alimentação. (bem jogado com o dinheiro, ainda nos sobra para algumas pequenas extravagâncias, como a viagem que fiz a Glasgow).
Depois de toda a documentação tratada e algumas viagens a Lisboa, no dia 1 de Março cheguei a Londonderry.
A cidade fica no Noroeste da Irlanda do Norte e, é conhecida por razões diversas, sendo que mais marcante é o famoso "Bloody Sunday". É uma cidade relativamente pequena se considerarmos que é a quarta maior da ilha. É atravessada por um rio rico em ceifar vidas a jovens adolescentes. A cidade tem uma das mais elevadas taxas de suicídio jovem de toda a ilha.
No segundo dia, eu, em conjunto com os restantes elementos do grupo de estagiários portugueses, fomos encaminhados para a instituição de acolhimento, que nos deu um breefing sobre a cidade, vida e cultura e locais de trabalho que nos tinham sido designados.

Sou "assistant teacher" na St. Therese's P.S. Lenamore. Uma escola católica (e isso é das coisas que mais me custa no trabalho).
O ambiente educativo é fantástico. As condições são absolutamente fantásticas. As pessoas, funcionários, alunos e professores, têm sido incansáveis em fazer com que me sinta extremamente confortável.


Escusado será dizer que nem só de trabalho vive o homem. Aproveitamos sempre para as nossas viagens e passeios, bem como para umas saídas nocturnas.


Como disse recentemente nas redes sociais, os locais não bebem tanto como o povo português, mas são (dos que conheço), muito mais amistosos e divertidos. Estão constantemente em festa e não têm problemas nenhuns em meter conversa com qualquer pessoas que lhes pareça estranha. Aconteceu comigo :D


Tive a sorte de chegar no dia 1 de Março e estar por cá durante as celebrações do St. Patrick's Day. Em suma, é uma espécie de desfile carnavalesco. Até aqui nada de muito diferente dos desfiles em Portugal. Mas, assim que acaba a "parade", o povo junta-se em festa em tudo o que é espaço de diversão. Os pubs e os bares enchem-se de gente que celebra o santo responsável pela evangelização da ilha.

(Peço desculpa pela qualidade do vídeo)

domingo, março 05, 2017

Londonderry - Derry - Doire

Já lá vai o tempo em que fazia confusão enorme aos locais a utilização do nome "Londonderry". Em verdade se diga: Coitados, nacionalistas como "eram" e ainda tinham de gramar a pastilha com o nome de "London" no seu próprio nome :)
Escrevo anteriormente "eram" por uma razão muito simples - começo a notar uma indiferença em relação a tudo o que é Inglês. E as pessoas nem se preocupam muito em explicar ou defender a sua luta pela independência.

Há no entanto algo que me assusta. Cheguei na Quarta-feira à noite e as eleições para o parlamento da Irlanda do Norte ocorreram logo no dia seguinte. O Sinn Féin recuperou muitos dos votos perdidos em eleições ao longo dos últimos 20anos. O discurso do presidente do partido parece dar a entender que o regresso do IRA pode estar para breve.

"Anyways":
Cheguei! Cheguei bem! Já explorei uma parte da cidade. É fantástica. É atravessada pelo rio Foyle. Tem uma cidade muralhada, um bocado à semelhança de Óbidos, e a cidade cresceu à volta dessa muralha.
Escusado será dizer que, como já viram no Fb, já tive de "ir para os copos". Pessoas super animadas, que sabem mesmo como se divertir. Bebem que se fartam. As idades das pessoas que encontrei nestes espaços, vão dos 18 aos 80(!) anos. E até agora, as pessoas mostram-se preocupadas em perceber como nos podem ajudar. Ou não falam "gaelic", ou tentam falar mais devagar, ou tentam reduzir o sotaque. Ou seja: "so far, so good!"

terça-feira, janeiro 24, 2017

"T minus 34 days"

Esta ideia da contagem decrescente é difícil de levar até ao fim.
Parece que todos os dias, o meu pensamento é único e sempre o mesmo. Torna-se difícil contar os dias. Cá por mim podia ser já amanhã. Mas, e se fosse já amanhã? Ainda não tenho nada pronto. Ainda não me mentalizei. Tenho a lista pronta. Tenho algumas coisas compradas que sei que precisarei. Mas ainda há tantas outras que tenho adiado. Talvez para me esquecer que vou partir numa aventura.

segunda-feira, janeiro 23, 2017

"T minus 35 days"

Um dia se passou e as dúvidas subsistem.
O que levar? Problemas do sistema monetário - troco, ou não?
É sempre uma chatice. Vou só por dois meses, faço uma lista de coisas indispensáveis que tenho mesmo de levar. "3 kg são muita coisa, mas parece tão pouco.
Se há coisa que não quero fazer, é levar a casa toda às costas!!

domingo, janeiro 22, 2017

"T minus 36 days"

Faltam 36 dias para embarcar em mais uma aventura! Acho que ainda não tive tempo para criar muitas expectativas. Ainda não sei bem se estou com receio do que vou encontrar, ou se estou super excitado pela partida e oportunidade que se me foi presenteada.
Sei no entanto que é isto que quero fazer. Sei de certeza que vou para desempenhar as minhas funções com o brio e responsabilidade que me foram reconhecidas em todos os trabalhos que já fiz.