quinta-feira, outubro 20, 2011

Passados 10 anos...

Passados 10 anos, ele ainda guardava a rosa que ela lhe tinha oferecido. A única recordação que aquela rosa lhe transmitia era a dos sentimentos que ele tinha reprimido, que ela tinha reprimido. Era só o que havia. Foi só o que houve... Uma rosa. Aquela rosa, lembrá-lo-ia para sempre o que uma vez havia perdido. Um amor tão forte que soube sobreviver ao tempo e à distância. Mas ainda assim, como se pode perder aquilo que nunca se possuiu? Ele nunca a teve. Teve somente os sentimentos, ficou tão somente com as recordações. Ainda assim, foram belas recordações, foram belos sentimentos.
Mas como poderia ele dar-lhe algo que não podia, que não conseguia? Ele tinha tanto medo de falhar. Tinha medo que ela lhe pedisse mais do que ele podia dar.
O medo! Essa única coisa constante nas suas relações. Mas também foi com ela que tudo começou. Foi com ela que começou o receio de se entregar, de tentar.


Aquela flor serviu para muitas vezes o lembrar que nada deve ficar por dizer, que nada deve ficar por fazer. Mas mesmo assim, havia sempre mais a dizer e a fazer. Ainda não tinha aprendido a lição.

quinta-feira, setembro 29, 2011

A pior das sensações

Tem acontecido frequentemente nos últimos dias... É horrível. Uma sensação indescritível.Nesta última semana, de cada vez que chego à cama, as ideias, os pensamentos e sentimentos, assolam-me. Apoderam-se de mim e não me deixam descansar. Não me deixam fechar os olhos. Se os fecho sinto-me envolvido por milhares de coisas diferentes, por sentimentos tão contraditórios como desespero, amor, saudade, ódio, tristeza, pena...
Sei qual é a solução para isso. Já a tinha encontrado antes e já a tinha usado antes. Mas não quero voltar a fazê-lo. É contra as minhas regras. E a solução é temporária. Esgota-se no dia seguinte, ou na noite seguinte e tudo volta ao mesmo.
Ainda assim, por muito que me custe, no dia seguinte, em vez de tomar uma atitude, em vez de tomar uma posição, resigno-me e não faço nada. Deixo que continue tudo na mesma.
As minhas forças esgotam-se no momento em que regresso à minha condição de pensante, no momento em que a noite cai.

E que fazer para isto acabar? E se fizer alguma coisa e tudo se mantiver na mesma? E se as sensações se mantiverem na próxima noite?

sábado, setembro 24, 2011

Over the rainbow...

Correram e correram ainda mais um pouco, até que finalmente se encontravam no inicio do arco-íris. Mas tiveram medo.
Ouviam vozes e quando se aproximaram para ver de onde vinha o som, depararam-se com duas criaturas.
Eram semelhantes a eles. Ele era pouco mais baixo do que os meninos. Se falássemos só de alturas, deveríamos dizer que ele teria a idade deles, mas possuía uma barba castanha, comprida e cerrada. Ela era ainda mais baixa, mas as suas feições também a tornava muito mais velha do que o que os meninos inicialmente imaginavam.
Aproximaram-se com muito medo...

segunda-feira, setembro 12, 2011

From a letter...

"Há algumas noites atrás, sonhei que íamos os dois jantar fora.
Antes de chegarmos ao restaurante, cruzaste o teu braço com o meu em sinal de cumplicidade e deste-me um beijo na cara. (Ou pelo menos acho que foi na cara.) Eu respondi-te com um beijo na testa e entrámos logo de seguida no restaurante!
Assim que nos sentámos à mesa, ouvi alguém, no sonho, a chamar o meu nome e eu acordei do sono e do sonho. Desejei voltar a adormecer e acabar o sonho, mas não consegui."

quinta-feira, setembro 08, 2011

Há tanto tempo...

Há tanto tempo...
“Não sei
Quantas vezes ouvi eu da tua parte essa expressão "não sei"... Não sei se posso, não sei se dá, não sei se estou, não sei se vai dar, não sei se vou, não sei se fico, não sei que diga, não sei que faça, não sei que pense, não sei se gosto...simplesmente não sei....
Talvez esta mania de usar constantemente a expressão "não sei" seja uma coisa que se pegue....
Hoje quem não sabe sou eu....
Não sei se te amo se te odeio... não sei se rio se choro... não sei se choro por ti, se choro por mim... não sei se espere...não sei se desista...não sei se continue...não sei se lute...não sei se esqueça...não sei se vá à luta... Não sei que diga...não sei que faça....
Simplesmente não sei...”
Verdade. Não sei mesmo. As únicas certezas que tenho são estas pequenas contradições que nos perseguem todos os dias. Todos os minutos, todas as horas. São contradições que nos regem. São elas que nos indicam o caminho a escolher. Quando nos perguntamos pelo caminho a seguir, perguntamo-nos se será este ou aquele e, é as escolhas que fazemos que nos define. É com estas escolhas que teremos de viver. São elas que nos moldam, que nos tornam melhores ou piores pessoas.
Portanto, menina Pipita… Escolhe!
Deixemos de nos perguntar “e porque não”, para usarmos o “porque sim”. Não existe um “não,sei”. Só existe o sei! Sabemos bem quais as nossas escolhas. Sabemos bem o que devemos fazer, por muito que nos custe. Não sei se devo ir ou devo ficar! Sei perfeitamente que devo de ir. Sei bem que não posso ficar. Se ficar, se deixar de ir e não correr, vou deixar o presente e o futuro escaparem-se mesmo à minha frente. Nas palavras da tua amiga… “ A vida... A vida? Tem que continuar firme!
Resiste ao passado.
Insiste, persiste e existe no presente e irá ter resultados num futuro próximo.”
Nada mais verdade. Vamos deixar de cometer erros?! Não conseguimos. Somos errantes neste nosso percurso mundano. Erramos tantas vezes ao longo da vida. Mas são estes erros que nos impedem de voltar a cometer os mesmos. Ainda assim continuaremos a errar.
Olha para mim… Errei tanto! Fiz os meus disparates e as minhas asneiras. Mas não me permitirei a cometer os mesmos disparates. Construirei eu, o meu próprio futuro com base nos fracassos e nas escolhas de caminhos errados que possa ter tomado.
"E quanto ao passado, por mais triste que seja, é sempre muito mais seguro que o presente , porque o conhecemos. E tu és igual a mim, precisas de dominar a realidade e uma pessoa só pode dominar o que conhece. Não me cabe a mim nem a ti decifrar o futuro, apenas ao tempo... e nós devemos viver o tempo, marcar o tempo, sentir o tempo, pasmar o tempo e acima de tudo partilhar o tempo."
Sim. A primeira frase é verdade. O passado é muito mais seguro. Mas é seguro por isso mesmo. Por já ter acontecido. Por já sabermos, agora, que na altura teríamos feito as coisas de maneira diferente.
Mas é essa a beleza das coisas. Pasmar o tempo, marcá-lo e partilhá-lo. Mas não devemos nunca tornarmo-nos meros espectadores. Devemos olhá-lo, mas acompanhá-lo. Seguir o caminho que nos indicar, ou escolher outro menos batido. Mas de passo firme e ideias definidas.
Não deixemos nunca de fazer o que queremos, ou de dizer o que queremos. Será então, no presente, ou no futuro que pensaremos no passado e nos questionaremos o porquê da decisão errada de deixar passar o tempo sem o olharmos, sem o tocarmos. De que nos adianta o medo de uma reacção. Na gíria diz-se: “há cinquenta porcento de hipóteses. O sim é garantido”. Se a minha vida dependesse dessa média, acredita que jogava o dado. De que me adiantaria não jogar?! Estaria a pasmar o tempo, mas deixá-lo-ia passar por mim,
Isso não é viver.
Arrisquemos. Ofereçamos a nós próprios uma oportunidade de sermos e termos o que quisermos. Sejamos felizes com as nossas escolhas.
Quando, nas nossas vidas, encontrarmos bifurcações, escolhamos a que nos parecer menos escolhida. São esses os caminhos que nos trarão as maiores aventuras. São esses caminhos que nos farão crescer enquanto seres humanos. São esses os caminhos mais difíceis, mas que nos levarão onde queremos.
Não digamos nunca mais “não sei”. Digamos “sei”. Arrisquemos no que nos surge pela frente e teremos a certeza que a tristeza será suplantada pela felicidade de cairmos e sermos capazes de nos levantarmos mais fortes do que nunca! Mas não nos sintamos obrigados. O Livre Arbítrio pertence-nos!!

Obrigado Pipita e amiga pelos dois pequenos textos. Há tanto tempo que andavam para andar

quarta-feira, setembro 07, 2011

Desculpa...

Desculpa piquêna...
Sinto que te ando a enganar com o Arco-Íris.
Sim... Realmente era para o ter escrito nas férias. Ainda andei de roda disso. Mas também te disse para que serviriam as minhas férias... Para Pensar. E foi isso que fiz. Durante as férias, cheguei a uma conclusão estranha. Andava a escrever, mas não era por mim. Andava a escrever por ti e não podia deixar que isso acontecesse. Se escrevo, se vou acabar o conto, tem de ser por mim.

Sendo assim, estabeleci outras prioridades e o conto é uma delas, mas não a primeira. Daí que há já bastante tempo que nem sequer olho para os rascunhos que fiz. Há muito que nem sequer me ocorrem ideias para terminar as peripécias que te tinha dito que faltavam.
Espero que não fiques "muito" triste! :P

Mas não está esquecido! E entretanto volto a publicar mais um excerto ou dois.

(E não me esqueci... serás sempre e sem dúvida a primeira a ler a obra completa)
Still looking for the right word. The right phrase. The right thing that will make you "click".
I know there is something out there!!

quinta-feira, agosto 25, 2011

Como é VIVER?Como é VIVER?

Um sentimento de melancolia o perseguia para onde quer que fosse.
Fazia tempo que não se sentia bem em lado algum. A solidão em que se via envolto, crescia a cada dia que passava.
Esquecia-se dos que o houveram ajudado antes. Esquecia-se dos seus nomes e das suas caras.
Fechava-se em si e tornava-se invisível.
Percorria as ruas despidas de vida e fundia-se no negrume que o envolvia.
Aos poucos e poucos, também ele se tornava uma personagem cinzenta, amargurado com as suas próprias histórias. Mas que histórias? O que tinha ele para contar? Nada. Em algum ponto, tinha-se esquecido de VIVER.
E por mais cores que procurasse, tudo lhe surgia negro. Já não se lembrava onde tinha deixado a alegria antiga. Já não se lembrava onde tinha deixado as personagens do seu filme. Em algum momento, retirou toda a gente de cena e seguiu sozinho pela multidão de fantasmas inertes que vociferavam "Não te deixo voltar a ser feliz!"
O que poderia fazer? Nada. Só tinha que continuar e, esperar que em algum instante, uma cor voltasse a aparecer no caminho. Esperar que em algum ponto do seu percurso se lembrasse de como é... VIVER!

quarta-feira, agosto 17, 2011

LOVE IS:

Utilizo o termo Inglês, pois na sua tradução abrange um significado maior e não só "Amor".

LOVE IS:
Querer a felicidade de quem gostamos, mais do que a nossa própria;
Saber que quando somos precisos, estamos presentes, apesar de também precisarmos;
Saber que a distância se encurta sempre que nos lembramos daqueles de quem gostamos;
Saber que nunca nos esquecemos, apesar de muitas vezes assim parecer;
Saber ouvir;
Saber quando falar;
Saber o que falar;
Saber criticar, mas sobretudo, saber aceitar uma critica, construtiva ou não;
Saber no olhar, nas palavras os sentimentos de quem gostamos;
Saber dar e saber receber;
Receber sem desejar;
Mas sobretudo, dar sem que nos peçam;
Dar o que não se tem, mas arranjar maneira;

Nunca desistir, mas saber quando o fazer;


Desisto!
Sei que o devo fazer...

quarta-feira, julho 27, 2011

Um dia deixo de sonhar

Todas as noites, quando se deitava, ela aparecia sorrateiramente no seu quarto. Deixava-se ficar do lado dele e falavam toda a noite. Falavam do que tinham feito, falavam do que não tinham feito e do que queriam fazer. Falavam da vida e do mundo e de amor e de enganos e desenganos, de verdades e de mentiras.
Todas as noites, ele descobria a felicidade na presença dela. No olhar dela, no cheiro dela. Mas todos os dias quando acordava, encontrava-se sozinho, sem ninguém do seu lado. Nenhuma prova de que ela lá estivesse estado verdadeiramente.
Ah! Que sonhador que ele era. Todos os dias ele ansiava o momento de voltar a deitar-se, para que mais uma vez ela entrasse sorrateiramente na sua solidão e assim deixa-se de se sentir desterrado de Vida, da vida, do mundo. Ele não se sentia no lugar certo, a não ser quando estava do lado dela. Mas que poderia fazer para que a noite não acabasse nunca? Que poderia fazer para nunca acordar e deixar que ela ficasse para sempre do lado dele?

Num passado, quando certas coisas não lhe tinham corrido bem, havia deixado de comer, de rir, de viver. Com ela voltava a fazer todas essas coisas. Mas uma desgraça nunca vem só e uma notícia apocalíptica vinha-lhe mostrar que ainda era o seu coração que comandava o seu corpo e a sua mente.

Quando conseguiria fazer com que fosse a sua mente a controlar o seu corpo e as suas vontades?
No dia em que deixasse de sonhar, teria a certeza que tinha conseguido isso. No entanto ainda não o conseguia. Não o deixavam!

Um dia deixo de sonhar e sei que quando isso acontecer... Serei um pouco mais feliz!

domingo, julho 24, 2011

"Um homem não chora"

"Um homem não chora"

Nós, os homens, passamos uma boa parte da nossa vida a ouvir constantemente esta frase. Pois eu digo como Cristo, "quem nunca pecou..."
Mas é verdade...
Depois de muitas lágrimas vertidas, chegamos a uma altura em que se esgotam. Tudo tem o seu fim. Tentei, tentei, tentei, mas só uma tristeza infinita se apoderou de mim. Uma melancolia tão grande, mas mesmo tão grande.
Uma vez à conversa contigo, disse-te que todos os que vão para a Terra do Nunca, chegam a uma altura em que desejam voltar. Todos crescemos, queremos crescer. "to live is a great adventure". Eu não quero mais essa aventura. Serei eu para sempre um Menino Perdido. Ficarei para sempre com os meus 15 anos.
Se é que existe um Deus, o gajo esqueceu-se que supostamente só o Seu Filho deveria sofrer e morrer para "remissão dos pecados" do Homem. Então porque sofremos todos?
Porque somos também Seus filhos?! Raios que O partam que eu não pedi nada disso!

Esqueci há muitos anos o que é ser feliz. Esqueci-me onde deixei a minha felicidade. Esqueci-me de viver e gozar e aproveitar a suposta dádiva que é nascer, viver e morrer. (Trocava de bom grado a parte do meio.)

Curiosidades minhas e pensamentos divagatórios que me perseguem: ultimamente tenho voltado a ler bastante. Dos livros que tenho lido as temáticas são sempre as mesmas. Amor!! (raio tenho de ir ao diccionário ver o que isso é) Contudo, há uma palavra que é repetida sobejamente. "Silêncio"! Será que são precisos assim tantos silêncios. Não gosto. Pode ser contraditório, até por gostar muito da noite, mas não a aprecio pelos seus silêncios. Aprecio-a pelos seus sons. À noite tudo tem outra magia.
Para além da leitura, gosto muito de música. O certo é que, ou é pelas bandas e pelas músicas, ou então não sei. O certo é que os temas também são sempre os mesmos. Ou Amor, ou desgosto de Amor, ou qualquer coisa de Amor! Dasse... Mas que raio?!?!?
É só isso?! Não há mais nada? Nascemos em silêncio, vivemos em silêncio, morremos em silêncio... Amamos em silêncio... Amamos em silêncio???? Será mesmo? Será que só vivemos para Amar?
Acho que é um direito inerente a todo o Homem e está consagrado num sítio qualquer, que temos o direito à Felicidade!!!!!!! Se alguém for feliz a mais, faça o favor de devolver a que me roubou.
O devaneio do FB devia ter vindo para aqui. Corri a agenda e encontrei UM amigo. Verdade. UM!!! Desculpa Pipita... Não foste tu. Gosto muito de ti. Sabes que sim, se não falamos mais é porque eu sou mesmo assim. Se não estamos mais vezes juntos é porque nem sempre dá. Sabes muitas coisas de mim, conheces-me e sei que posso contar contigo. Mas não és tu! Desculpa NSM, conhecemos-nos há muitos anos, somos amigos desde que me lembro de mim. Mas uma distância de tantos anos, trouxe lacunas que tão cedo não voltam a ser preenchidas. Desculpa mana, mas também não és tu. Mas não és tu por seres a minha mana. Só por isso já és a única que sei que nunca me deixarás. Que nunca me abandonarás, como outros! Desculpa, mas também não és Tu! A nossa amizade cresceu depressa. Sei que se precisar, TALVEZ possa contar contigo. Mas não tenho essa certeza porque também ainda não precisei. Sei no entanto que gostaria que a minha lista tivesse dois amigos e Tu fosses um deles! Desculpa Ca$h, mas também não és tu. Sabes muito de mim. Acredita que mais do que a minha irmã, mas os amigos lembram-se uns dos outros e como me conheces bem, sabes também que às vezes te esqueces. Desculpem-me aqueles que por outras razões não menciono aqui e que também trato por amigos. Mas vocês são os amigos de "faz de conta". São aqueles que quando preciso, para uma saída de copos, ou para uma cartada, ou para uma jogatana, ou para outra coisa qualquer, me dizem que nim, mas que quando precisam de mim, sabem onde estou. Não que me importe! É bom saber que os outros confiam em mim para certas coisas, mas...
O ÚNICO amigo, sabe que o é. Já lho disse. E nem precisava de o dizer. Ele saberia na mesma. Só peço desculpa por não me lembrar dele tantas vezes como ele se lembra de mim. Mas não penses que gosto menos de ti! És o MAIOR e sabes bem que te continuarei sempre a ver da mesma maneira. Mas Ninguém é perfeito e tu também tens os teus defeitos. Nem sempre tenho a vontade de tar contigo só para beber uns copos. Às vezes podemos simplesmente estar. Falar, rir, qualquer coisa!

E descubro que afinal ainda corre água. Uma pequena gota prende-se numa pestana e cai. Ainda sinto!

sexta-feira, julho 22, 2011

HELP

HHHHHHHHHHHHHHHHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP


MY HEAD IS ABOUT TO BURST!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, julho 05, 2011

Acordou na praia. Olhou à sua volta e não reconheceu nada em seu redor. Vestia uns jeans rasgados, uma camisa de flanela cinzenta com os botões arrancados e estava descalço. Não se lembrava como tinha ali chegado. Não se lembrava de nada que lhe desse uma pista sobre quem ele era sequer. A sua mente encontrava-se num total vazio. Percorreu os bolsos na esperança de ter uma carteira, um dinheiro, um qualquer documento identificativo. No entanto, tudo o que encontrou foi um papel com umas letras e um número que para ele não faziam qualquer sentido. Mas também, naquele momento, nada lhe fazia sentido. Ainda voltou a olhar em volta, na esperança que algo lhe trouxesse uma pequena recordação de onde se encontrava, mas a cabeça doía-lhe, o corpo magoava-o e o estômago dava sinais de vida, ou melhor, suspirava por algo com que se entreter. Fechou os olhos, pôs novamente a cabeça na areia e adormeceu.
Já o dia ia longo quando uma água o acorda. Começava a chover e ele tinha de se abrigar. Correu para debaixo do pontão da praia para se abrigar. Chovia cada vez com mais intensidade, ele acelerava a corrida e ainda assim o pontão parecia estar na outra ponta do mundo. Assim que se conseguiu abrigar prostrou-se na areia e chorou. Não tinha recordação de nada. Voltou a enfiar a mão no bolso para se certificar que o papel ainda se encontrava lá, que não havia sido um sonho. Com mais atenção, identificou as letras e juntou-as de modo a que lhe surgisse um nome. A sua primeira pista. Restava agora identificar os números. E saber porque não tinha nada com ele a não ser aquele papel com aquele nome e aqueles números. O que significavam? Seria um telefone? A quem pertencia aquele nome? O que lhe era aquele nome? Seria que em algum sítio já o procurassem? Há quanto tempo estaria "desaparecido"? Por enquanto, eram perguntas para as quais não tinha ainda qualquer resposta e por mais esforço mental que fizesse, não conseguia mesmo lembrar-se de nada. Tinha só a esperança que alguém, em algum lado lhe sentisse a falta. Era como se nascesse de novo e nada mais apropriado do que toda aquela água que lhe caía dos olhos e do céu a lembrar o líquido materno em que tinha vivido durante meses no útero materno. Não tinha era a segurança que possuía nesse local inviolável.

terça-feira, junho 28, 2011

"A bebida mais forte"

Entra no café e pede a bebida mais forte! Nem sabia bem o que haveria de beber, mas queria começar o dia da pior maneira possível. A noite anterior, tinha-lhe trazido à memória velhas vivências, de tempos áureos que há muito se haviam esfumado.
Não queria mais pensar nela mas, sempre que achava que havia deixado o passado atrás das costas, um fantasma voltava para o assombrar. Já não sabia mais o que fazer, como haveria de se expiar. Já nada funcionava! A única maneira que encontrava de esquecer esse passado era esvaziando um copo, ou mesmo uma garrafa inteira.
Fazia tempo que não conseguia ter uma noite de sono. Sempre que fechava os olhos, os seus fantasmas saíam do escuro para o voltar a atormentar. Nem sequer conseguia pensar. Ela bloqueava-lhe as ideias, os pensamentos. De alguma maneira, tinha conseguido fazer com que ele não voltasse a ter paz. Tinha-o enfeitiçado.
Só durante o dia, o tempo que passava acordado lhe trazia alguma paz, algum conforto próprio.
Tinha alturas em que nem mesmo uma nova Musa inspiradora conseguia ter poderes suficientes para afugentar os fantasmas. Mas tinha de conseguir. Tinha de correr com esses fantasmas, com ou sem ajuda. Mas, quando parecia conseguir, algo sucedia. Sentia-se a perecer. As forças desapareciam e, como que por encantamento, sucumbia aos seus fantasmas apesar das vozes que ouvia a pedir que lutasse. Essas vozes, contudo iam-se tornando cada vez mais ténues, cada vez mais silenciosas, até que desapareciam no vácuo em que se tinham tornado as suas vivências. Só uma persistia. Só uma se fazia ouvir.
A voz Dela era tão ensurdecedora que fazia tremer a terra. No entanto, aos seus ouvidos, a Sua voz, nada se parecia com um som de tremor. Era uma voz tão calmante que faria morrer de inveja as Sereias de Ulisses.
Ainda assim, não era Ela a voz de uma mulher-demónio. Antes pelo contrário. Ela surgia no seu pensamento como, a Única capaz de apaziguar a sua alma, como sendo a única que se colocava do seu lado e enfrentavam juntos todos os seus demónios. E, no fim desta guerra titânica, Ela calava-se e deixava que o silêncio invadisse a sua vida.
Muito tempo ele demorou a perceber o porquê daquele silêncio. Mas acabou por entender que não eram os sons, os gritos ou os berros que feriam de morte as assombrações. Era sim, o silêncio ensurdecedor da indiferença. E foi quando ele entendeu isso que, se refugiou na sua fortaleza, que sonhou com Ela e, no seu sonho, se encontravam furtivamente, nos recantos da sua mente, não para se entregarem um ao outro, mas para ambos se entregarem ao silêncio das suas vidas. Somente para descobrir que por mais voltas que desse, afinal essa nova Musa era também um seu fantasma.
Ah! Mas como ele desejava esse Fantasma. Como ele gostava de A encontrar à noite, nos seus sonhos, para A olhar, para A ver, para Lhe tocar e sentir o suave da sua pele. Em algum sítio tinha lido que não deveria beijar com os olhos abertos no olhar da outra pessoa. Quem recebia o beijo, ao receber também o olhar tornava-se proprietária da alma de quem lhe surgia. Mas sempre, no seu sonho, ele sentia os lábios Dela nos seus e, de imediato ele abria os olhos. Queria entregar-se, render-se a esta Reia e dizer-lhe que ele Lhe pertencia. Era este o presente que Lhe entregava. Entregava-se a Ela, com a sua alma. Colocava-se a si nas mãos Dela.

Quando acordou, entrou no café e pediu a bebida mais forte.

quarta-feira, junho 15, 2011

O cursor do rato piscava intermitentemente, esperando que os seus dedos lhe dessem vida e ele avançasse pelo ecrã, para cima e para baixo. Mas não. As ideias corriam em catadupa pela sua cabeça, sem que no entanto ele conseguisse organizá-las. Passavam diante dos seus olhos a uma velocidade estonteante, impedindo-o de agarrar uma que fosse, para depois desenvolver e arrancar.
Contudo, de quando em vez, conseguia distinguir uma imagem, no meio dessas ideias. Mas por mais que tentasse descortinar essa imagem, não conseguia. Havia algo a bloquear-lhe o pensamento. Algo que viria a descobrir mais tarde! E quando realmente descobriu o que o impedia de escrever, as ideias foram finalmente organizadas e a imagem, surgiu-lhe nítida como água.
Era uma figura humana, de longos cabelos, que se aproximava. Ele suava, com a ideia de ver o seu rosto. No entanto, à medida que se aproximava, descobria que essa figura não possuía um rosto, ou era como se não possuísse. A sua face encontrava-se coberta de abelhas!



(Para continuar mais tarde)

segunda-feira, junho 13, 2011

obrigadinho

Obrigado meus amigos e caros leitores/visitantes.
Há quase um mês que não posto nada neste meu espaço, mas no entanto as visitas diárias têm crescido imenso. Nunca pensei.

Obrigado mesmo. Apraz-me ver que "talvez" gostem.

quinta-feira, junho 02, 2011

Your turn to play...

Cometi a loucura de dizer quem és.
Cometi a loucura de esperar que jogasses.
Cometi a loucura de voltar a apaixonar me.
Cometi a loucura de pensar (em ti).
Não voltarei a pensar!

terça-feira, maio 31, 2011

From the book

O tempo ia passando e ela ia-se tornando cada vez mais uma ténue recordação, de um passado há muito ido. Uma recordação, que em breve se tornaria nada mais do que a ligeira sensação de que haviam partilhado algo, sentimentos, pensamentos, a cama, os corpos.
A sua vida normalizava. Mantinha as suas rotinas. Saía com os amigos que não o houveram abandonado e cativava agora, cada vez mais essas amizades. Tornavam-se numa espécie de irmandade que os impelia a todos, fazer tudo juntos, a debater ideias e ideais, e confidenciar vivências pensamentos e sentimentos. Mas o pior estava a chegar.
De repente, caída, sem saber de onde, uma chuva aproximava-se da sua alma, não dando conta. Uma nova Lídia se abeirava dele e lhe começava a segredar ao ouvido o que prometera não mais ouvir. De tudo fazia para afastar esses sons da sua cabeça, mas a voz ganhava um corpo cada vez mais definido, à medida que tentava lutar contra a fragilidade do seu ser.
Até que, a metamorfose se completa, e ela surge mais real do que antes, em carne e osso, para atormentar o seu corpo, a sua mente e a sua alma. Estava novamente a ser posto à prova.
Ela é, no entanto, a femme fatale que, o conduzirá numa espiral descendente até ao mais profundo do seu ser. Ela o conduzirá, bem para dentro de si próprio, para aí o deixar prostrado, retorcendo-se perante a sua própria inocência e incapacidade para lutar. Há muito que estava débil e as forças o tinham abandonado. E quando tentava recuperar as suas forças, esta nova mulher-demónio, surgia de um ímpeto e o trespassava de flechas. A sua eterna mutilação, a sua infindável tormenta por voltar a ser capaz de voltar a desejar, a amar.
Mas este amor tornava-se cada vez mais uma miragem. O que dois não querem, um não faz. Só ele lutava para sarar as suas feridas. Não as que antes lhe haviam abertas, mas sim estas novas. Só ele se permitia a voltar a amar, a voltar a desejar, como uma criança deseja os seus presentes de Natal. Só ele queria dela o que ninguém lhe havia proporcionado antes. A verdadeira compreensão, a verdadeira amizade, incondicional e independente. Não eram as palavras dela que o faziam desejar mais, mas eram as suas acções, o seu ser e a identificação que ele fazia dela. Só ele a conseguia ver como ela realmente era. Uma alma ferida, com uma ferida tão profunda que a impedia de voltar a desejar. E por mais que ele tentasse limpara essa ferida, ela lacerava mais um bocado nas suas costas, para que a cura não surgisse. Ele indignava-se… Como poderia ela ser tão cruel com ela própria? Como poderia ela ter conseguido “des-envolver-se” de tal maneira que conseguisse recusar um desejo tão imenso que lhe era oferecido? Ele havia tentado. Queria a todo o custo abstrair-se desse novo amor. Queria conseguir fechar dentro de si, num recanto qualquer perdido da sua mente, numa arca fechada, este amor que lhe tinha, que crescia à velocidade da luz, exponenciado pelas suas semelhanças a ele próprio. Queria encarcerar esse amor e deitar fora a chave, mas qual Lupin, ela abria-lhe a porta desse cativeiro e mais uma vez, ele se ajoelhava perante esta sua incapacidade de lutar contra ela. Mais uma vez ele se derrotava a ele próprio na luta pelo seu espaço, pela sua liberdade.
Ele é um eterno romântico. Será sempre este romantismo Garrettiano que o acompanhará ao longo da sua vida. Será este romantismo que o levará à loucura e o prostrará na sua fortaleza, incapaz de socializar, com o receio de que uma nova ninfa olímpica de ardis objectivos, o faça re iniciar uma nova etapa de sua vida. Será ainda, este romantismo que o fará transportar consigo, para sempre, a imagem de uma Helena Virgiliana, que o ensinava, tanto a amar, como a sofrer. Só muito mais tarde na sua vida, descobriria que é só no Amor que consegue encontrar prazer através da dor. Esses olhos de mel, lhe mostraram isso. Amá-la-à com a imortalidade da sua alma. Isso, por mais que tentassem, ninguém lho conseguiria roubar, ninguém o conseguiria impedir. Nem mesmo elas.




Este seria supostamente o capítulo final do meu livro que há muito se encontrava parado. Não posso deixar de fazer uma ressalva:
Este livro será sempre uma história interminável, daí este ser SUPOSTAMENTE o último capítulo. Voltarei a escrever para este livro, conforme o "engenho e a arte" assim me surjam. A inspiração, tenho-a. Provêm-me de uma musa de inigualável valor para mim. O desejo de continuar, possuo-o, mas o querer continuar o livro, NÃO!
Quero que sejamos todos capazes de olhar para esta história e, com as nossas vivências muito pessoais, sejamos nós capazes de criar a necessária ligação entre estes 3 ou 4 pequeníssimos textos deste livro, que deixei aqui no blog. Desejo que todos, ou quase todos, se consigam rever nestas palavras e assim, também vocês, leitores, sejam capazes de escrever uma história como esta, ou que sejam, pelo menos, capazes de fazer essa necessária ligação. Seria pedir demais que, publicassem as vossas ideias nos comentários. Mas que pelo menos, conseguissem através de um pequeno esforço mental continuar a construir a minha/nossa história.

Um enorme beijo de eterno agradecimento a esta minha musa, que de dia para dia, me faz querer cada vez mais. Me faz querer ser ponto que cicatriza. Um beijo enorme!

segunda-feira, maio 30, 2011

"Marcelo"

"Marcelo":
Encontro-me nas tuas palavras e re-descubro-me nas tuas respostas. Pintas-me em tonalidades quentes, escreves na minha alma e marcas com um ferro em brasa o teu nome no meu corpo "Marcelo".
Todos os dias esfrego essa marca para que desapareça, mas todos os dias ela aparece, mais marcada do que nunca, até que não a consiga lavar mais. Já não a consigo lavar.
Como posso deixar que regresses a essas origens? Como posso passar sem te dizer que te desejo agora, mais do que nunca? Como pude andar tanto tempo de olhos fechados, sem ver que te tinha na minha presença, mesmo à minha frente tudo o que podia pedir, tudo o que podia desejar?
"Marcelo", vejo que me compreendes melhor do que ninguém. Vejo que foi preciso sentir a tua ausência, para me dar conta da falta que me fazes, mesmo sem nunca te ter tido. Estranho... Vejo agora que só eu falo. Que só eu faço o barulho. E tu limitas-te a escutar, a fabricar silêncios que me levam ao abismo, só por descobrir que preciso de ti! Pena que eu não seja capaz de fabricar esses mesmos silêncios.
Já quase desisti, por várias vezes de lutar, mas a tua imagem, a tua presença e a maneira como me escutas, alentam-me para que continue mais um dia.
"Marcelo", ensina-me a fabricar silêncios.

terça-feira, maio 24, 2011

Alive again... Thank you!

Fiz o que me competia.
Agora já sabes. Agora de nada me adianta continuar a escrever. Agora tenho de volta a minha vida. Agora sabes com o que podes contar. Agora sei que me sinto aliviado. Não é propriamente fácil carregar este "segredo" sozinho. Já nao o carrego só. Já não me sinto só.
Sinto-me leve. Sinto-me a flutuar. Sinto que já não carrego nos ombros o peso de um "segredo" que, me corruía por dentro, que me atacava na mente.

Volto a repetir... Não me peças que viva como se não existisses. Disse-te que os meus amigos vivem comigo no meu coração e na minha mente! Tu entraste neste meu espaço e daí não mais sairás. Guardarei para sempre a magia dos sentimentos que me transmitiste.
Não quero voltar a comover-te. Não quero que penses que me servirei deste espaço, ou de qualquer outro para voltar a abrir o meu coração, para te contar o vai decorrendo do meu tempo. Não! Não quero que penses que com este texto, ou qualquer outro, te pressiono. Não! Fecho este capítulo e deixo a construção desta história para quem quiser. Deixo que voltemos ao momento em que não sabias de nada e eu ainda não tinha nenhum "segredo". Deixo este capítulo inacabado, para que uma pena solta venha, na mão de alguém e acabe este meu devaneio. Deixo que o vento junte as letras soltas e, escreva na areia da praia a história desta minha paixão, para que uma onde apague o texto e o vento o volte a escrever, até que não sobre mais nada senão a ténue lembrança de que eu desejei como a onda que queria ler a história deixada escrrita pelo vento. Eu desejei andar para trás e para a frente e, desejei andar num redemoinho de letras soltas transportadas pelo vento. Desejei que a história voltasse novamente a ser escrita até que, por qualquer maquinação divina, o vento se enganasse e escrevesse as personagens em sítios diferentes.

Quem me dera estar num sítio diferente. Quem me dera poder pintar-me de outra côr e assim, ser outra pessoa. Quem me dera que, sempre que me pintasse, eu me tornasse em um outro ser. Quem me dera que num qualquer quadro mágico, podesse pintar o meu passado, o meu presente e o meu futuro. E que de cada vez que pintasse, o que desenhasse se sobreposesse à realidade. E sabes o que faria? Não me juntaria nunca a ninguém,não mudaria nada na minha vida. Voltaria a pintá-la como sempre até aqui, mas pintaria sempre de rosa a vida das pessoas que transporto junto do meu coração. Mesmo que para isso por cada pincelada rosa na vossa vida, um rabisco a preto aparecesse na minha. E mesmo que para isso nunca se cruzassem na minha vida e,não houvesse lembrança de ninguém a não ser minha. Só eu te transportaria, vos transportaria na minha lembrança. É isto a incondicionalidade do desejo que te tenho. Que a tua vida seja do mais rosa possível e, saberás que para isso, estarei incondicionalmete, sem nada pedir, sem nada desejar do teu lado, como do lado dos meus poucos amigos, para o que der e vier. Para te dar, para vos dar a única coisa, que naquele momento precisarem. Nem que seja a minha "pele", para te aquecer, para vos aquecer numa qualquer noite fria.

Agora, VIVO OUTRA VEZ!

domingo, maio 22, 2011

No title...

Deu-me para voltar a escrever.
Talvez por ter voltado a ouvir James. Coisa estranha… Esta banda funciona para mim, como o ópio e absinto, para o Fernando Pessoa. São eles as minhas drogas. São eles os meus analgésicos!!
Pois bem… Desta vez, e uma vez que escrevo, somente porque me apetece, vou escolher um tema totalmente diferente.
Desta vez escrevo sobre Ti… Tou a brincar! Apetece-me escrever sobre o momento político que o nosso belo Portugal atravessa.
Vejamos. Recentemente, em conversa com um amigo, comentámos uma situação que se passa em países nórdicos. Imaginemos uma fábrica que engloba quase a área metropolitana de Pombal. Acontece que essa fábrica tem um parque de estacionamento enormíssimo. Todos os dias, os primeiros funcionários a chegar ao local de trabalho, são os que deixam o carro no ponto mais afastado da entrada da fábrica. Justificação: se eles são os primeiros, podem fazer bem o percurso até à entrada a pé. Os lugares de estacionamento mais perto da entrada, ficam reservados, como se de um pacto social se tratasse, aos funcionários mais “atrasados”. Se chegam tarde e, só tivessem os lugares mais afastados, iriam chegar ainda mais atrasados. Este é um tipo de mentalidade que não encontramos nas gentes deste país. O Zé Povinho vai de carro para o trabalho e, se o pudesse deixar à porta, deixava. Mas nessa impossibilidade, quanto mais próximo, melhor. Impressionante, mas é mesmo assim que somos.
Aproximamo-nos de eleições legislativas, que servirão para decidir o próximo primeiro-ministro. Eu já decidi o meu voto. Não quero influenciar ninguém, nem direi em que votarei, mas fiquem sabendo que vontade é zero.
Atentem. De que servem estas eleições? Para trocar um galo por um galinhola? Um ladrão por um vigarista? Esclareçam-me. Se andamos tão descontentes com sucessivas mentiras de sucessivos governos, como esperam que acredite que desta vez será diferente? Como esperam que acredite que vão mesmo cortar na despesa pública, que vão apostar mais na profissionalização do país, que vão tornar o ensino gratuito e facilitar o acesso à saúde?
Como esperam que acredite que não criarão mais “jobs for the boys”? A nossa política nacional está completamente descredibilizada e, enquanto não houver uma mudança profunda nas mentalidades das gentes, nada mudará e tudo se manterá! Contra mim falo. Esta noite, saí, fui beber uns copos. Claro que devia ter ficado em casa, a poupar. Mas não, tinha de sair e ir gastar dinheiro. Mas também preciso de me divertir. Então, porque não ficar em casa? Combinava com uns amigos, trazíamos umas jolas e ficávamos por casa a ouvir música, a jogar videojogos, a jogar cartas ou simplesmente à conversa. Já o tentei várias vezes, mas a resposta dos ditos amigos torna-se repetitiva. “Este fim de semana não. Mas é uma boa ideia. Temos de combinar isso para um dia destes.” Que raio! Será possível que não percebem que se gasta muito menos dinheiro e passamos uma noite a fazer o mesmo que faríamos em qualquer outro sítio de diversão nocturna?
Deixo a resposta ao critério e consciência de cada um de vós!

sábado, maio 21, 2011

xxxxxxxxxxxiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuuuuuuuuu..........

Adoro chegar a casa e, ouvir senão o silêncio rasgado pelo barulho dos tacos soltos debaixo dos meus pés.
Julguei ser um "afinador de silêncio", mas afinal só os desafino.
Adoro o silêncio interrompido pelo intimidante trovão.
Adoro a negrume da Noite quando é clareado por um Zeus furioso.
Adoro quando fazem um qualquer tipo de crítica à minha escrita, seja ela positiva ou não.


Adoro o silêncio. Adoro no silêncio, a paz que me traz. Adoro no silêncio, a melancolia que transporta. Adoro o silêncio, por ser aí que te encontro. Por ser aí que me reúno contigo e com os meus fantasmas (e acreditem que são muitos).
Adoro o silêncio, rasgado pelo barulho de uma música, que me move os dedos e me faz voltar a este espaço.
Mas o silêncio, aliado à Noite… Então que posso dizer? Que posso fazer?
Mais uma vez, sinto essa necessidade. A necessidade de escrever. A necessidade de usar este espaço. De me servir deste sítio para me expiar. Para me confessar.

Tenho tanto receio de uma coisa tão simples. Sempre tive a necessidade de não guardar para mim um segredo. Quando alguém me contava um, corria para o meu amigo (imaginário) e logo lhe contava o segredo. Não conseguia guardar só para mim. Mas, desta vez, guardo. Guardo só para mim, a pessoa que és. Guardo só para mim, o que significas para mim. Tenho um enorme receio de te dizer quem és… De transformar a nossa “relação” em algo tão constrangedor que nos leve a afastarmo-nos. Será assim tão normal?
Como te posso desejar tanto?

Reparei recentemente, nas relações de alguns conhecidos meus. Achei engraçado, por serem das mais variadas possíveis.
Em um desses conhecidos, vi a indiferença com que trata o sexo oposto. Trata as “fêmeas” como objectos. Vê-as somente como objectos sexuais, que lhe satisfaçam a mais primária das necessidades. E ainda acrescenta que, devemos tratar todas as mulheres como isso mesmo… Objectos! Será verdade? Será possível? Bem… Perdi a conta à sua lista de conquistas. Se calhar…
Eu, no entanto, sou exactamente o oposto! Vejo em ti, a minha maior confidente. Nada sabes de mim. Começo a desconfiar que talvez não saibas mesmo quem és. Mas és minha amiga. Adoro te por isso.
Sinto a necessidade de voltar a “afinar silêncios”. Queria tanto que fosses tu a pessoa, com quem eu partilhasse esses silêncios.

Ultimamente tenho pensado em algo. Algo que desejo nas minhas relações. Algo que já havia mencionado antes.
Desejo voltar a sentir que sou lembrado. Desejo uma mensagem de convite para sair. Desejo uma chamada para os copos. Desejo uma noite de amigos. Desejo sair deste espaço confinante. Desejo uma viagem… um passeio… uma saída desta clausura. Desejo encontrar-me liberto. Desejo os meus espaços, os meus amigos, os meus cigarros e a minha música e os meus filmes e os meus livros. Desejo voar e sentir novamente e correr na praia numa tarde de chuva e voltar a ver um pôr-do-sol e um nascer do sol. Desejo reinventar-me. Desejo-te deitada no meu regaço, calada, em silêncio. Desejo olhar-te nos olhos e saber o que sentes e o que pensas, o que desejas. Desejo-te ao meu lado a escutar com atenção escolar o meu silêncio, os meus “Gritos Mudos”. É exactamente isso… São gritos mudos para chamar a atenção. “Para a vida que se joga sem nenhuma razão”. É isso tudo. Jogar a vida.

Será possível que ainda não ouves o meu silêncio? Por favor… Queres o quê? Que grite o teu nome?

DIZ-ME, POR FAVOR, QUE SABES QUEM ÉS! DIZ-ME QUE SIM. DIZ-ME QUE NÃO. DIZ-ME QUE TALVEZ.
DIZ-ME… mas em silêncio NÃO!!!

quarta-feira, maio 11, 2011

Só mais um bocadito...

Chegava a Primavera.
Pedro e Rita passavam as férias na pequena aldeia, sempre sem esquecer a aventura que o avô lhes havia apresentado. Mas apesar de todas as brincadeiras e novos jogos, continuavam à espera que chovesse. Esperavam pelo arco-íris, mas a Primavera surgia com céu limpo, muito sol e nada de chuva.
Faziam brincadeiras na rua. Enquanto o avô regava o jardim, as pequenas gotas de água, trespassadas pelos raios de sol, formavam um arco-íris, mesmo nos seus narizes. E eles corriam na esperança de encontrar o tesouro, sob o olhar condescendente e paternal do avô António. Este ria e exclamava: “ Não pode ser um destes, artificiais. Têm de ser um natural, vindo da Natureza, vindo da chuva.”
As férias escolares, aproximavam-se do fim e, se as condições se mantivessem, Pedro e Rita teriam de esperar pelas próximas férias. Em casa não conseguiriam. Haviam os T.P.C, a escola, o deitar cedo e levantar cedo…
Então, contra todas as expectativas, Pedro e Rita, acordaram sobressaltados com uma enorme trovoada que se aproximava. O céu estava escuro, cheio de nuvens carregadas de água. Mas chegava a água e o sol, escondia-se por trás das nuvens, com medo do céu que rugia com a intensidade de mil leões.

sábado, maio 07, 2011

Tu...

Sim...
És mesmo Tu.
E Tu sabes que és Tu.
Então porque não nos damos uma oportunidade?
Dá-nos uma oportunidade!!!


Por favor

terça-feira, maio 03, 2011

expectativas defraudadas... O meu segredo

Quando todos esperam de mim uma coisa, eu vou e faço outra completamente diferente!!!

Quando todos me pedem para escrever o livro, eu não escrevo. Quando me pedem para continuar o conto, eu não continuo.
Triste sina a minha... Mania de começar as coisas e depois não as acabar. Mas quando me preparo para escrever algo que me pedem, que querem, eis que num ímpeto os meus dedos me levam para outras paragens. Eis, senão, que um determinado acontecimento me fez lavar a cara, me fez molhar a íris dos meus olhos, da minha alma.
Chorei! Há tanto tempo que não o fazia. Não que esses olhos de mel tenham algo a ver com isso. Não! Nada de nada.
Foi um mero acontecimento e uma ideia de desepero. Desesperei. O meu futuro atravessou-se perante mim e não o consegui alterar. Tive hipótese para, mas nada fiz.
Deixei que a resignação tomasse conta de mim e, encostei-me a vê-lo passar. Podia a qualquer momento ter esticado o braço e ter-me tirado de situações em que não me queria encontrar. Podia a qualquer momento ter trocado personagens de lugar para que não se atravessassem no meu percurso, mas nada fiz.
Alguém me disse um dia que a Sabedoria, surge das convivências com a "sociedade". E foi esse pensamento que me gelou os movimentos. Quis deixar a minha marca nessas personagens, mas sobretudo, quis que me marcassem, para o bem e para o mal.

Mais uma vez, deixo-me ficar a ouvir James, com o cigarro aceso ao meu lado.
Como podem estas duas substâncias ter um efeito tão melancólico em mim? Como podem conseguir que no momento da escrita em não consiga pensar em nada? Nem mesmo no que escrevo?

Um dia serei o rei do meu próprio reino, do meu próprio Destino, mas, até lá, terei de me contentar com o correr do Tempo, com o esvair da Vida.
Já nem sei porque escrevo!! Serão dos acontecimentos que me perturbam, que me ferem, que me deitam abaixo? Será da conjuntura económico-social que o país atravessa? Serás tu?
Sim... TU.
Sabes tão bem quem és! Tenho a certeza disso... Não preciso de o dizer a ninguém. Não preciso de to dizer a ti! Mas tenho medo. Aquele medo ingénuo de o dizer e me magoar mais uma vez. Mas que será este desejo senão a ferida aberta por onde corre a minha Vida e que tanto prazer me dá!
"i can feel your face, gonna make it mine, i can be the man i see in your eyes"
Era tão bom que fosse verdade! Sim, sinto a tua face, mas daí até fazê-la minha...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Esta dor agudiza-se de dia para dia, mas não quero que acabe nunca.
José Matias recusou-se a aceitar o pedido da sua amada, pois preferia viver preso ao seu Amor platónico, à ideia do seu amor impossível de concretizar. Também eu serei um José Matias. Também eu preferirei sentir, em vez de ter, ou saber.
Coloco-te nas estrelas, para poderes brilhar para mim, mas espero que outro veja a tua luz e deixes de brilhar para mim. Espero que outro suba ao céu e te roube dessa minha abóbada celeste onde te encontras para só eu te admirar.
Apetece-me deixar-te. Não mais olhar para ti. Mas só tu és o penso que trava a minha queda.
Alguém me disse para não deixar de usar metáforas, portanto aqui vão:
És a terra que me dá a força hercúlea, és a minha S. Leonardo da Galafura, onde vou para recuperar as minhas forças, és o meu cabelo e a minha fé que me permitem derrubar todos os pilares e conduzir ao fim todos os meus adversários, os meus demónios. És o padre a quem me confesso e expio os meus pecados. És... És...
"know each other well, we've met before" "if it last forever, hope i'm the first to die". Queria mesmo! Queria que agora, uma qualquer entidade, me levasse o último fôlego e eu vagueasse para todo o sempre nesta terra de incautos amorosos. Assim poderia acompanhar-te na tua viagem. Poderia ver-te a envelhecer, a rir, a chorar. Mas de que me serviria se não podesse tocar o teu rosto e secar essa gota salgada que te purificaria o espírito? Se não podesse rir contigo? Só tu envelhecerias e, eu ficaria para sempre preso quando desaparecesses. E eu ficasse a ver os dias a passarem a noites e as semanas a meses. Seria depois esse o meu castigo, a minha penitência por te ter amado, por te ter desejado.
Morro de medo! Não me vejo a dizer quem és. Bolas... Nem me oiço a dizer o teu nome. Os barulhos na minha cabeça são tão ensurdecedores, que já me impedem de recuperar a minha sanidade. Tenho medo de dizer o teu nome e perder-te! Mas sim... Como posso perder algo que não possuo? Algo que não tenho, nem nunca tive?
"sometimes in my tears I drown, but I never let it get me down". É este o pensamento que tenho de ter. É assim que eu sou! Então porque será que a tua distância me deita abaixo com tanta facilidade?! "So my negativity surrounds, I know some day it'll all turn around". É bom de pensar... Um dia tudo irá mudar.
Mas até lá, deixarei que, sempre que quiseres, me consigas deitar abaixo, que me enchas de melancolia e tristeza e alegria e sofrimento e rejubilo e de............... VVVVVVVVVVVVVIIIIIIIIIIIIIIIIIDDDDDDDDDDDDDDAAAAAAAAAAAAAAA!

Quem és tu?? És a minha Lídia! A minha Helena, a minha Calipso.
És... A minha mãe, a minha irmã, as minhas amigas, as minhas colegas.
Chamas-te...
O meu Segredo!!

sexta-feira, abril 29, 2011

Mais uma Noite

Enclausurado na minha fortaleza, aguardo que o negrume da Noite se abata sobre mim. Espero pelos seus sons e os seus silêncios. Espero que a Noite nos junte outra vez.
Mas desta vez aguardo, também, que uma eterna escuridão se apodere do meu descanso. Espero não mais sair sair do sono que me aguarda.
Desejo-o com todas as forças do meu, já derrotado, corpo.
Derrotado, porque me resigno ao momento antes de adormecer.Ao momento em que não te tenho nos meus braços, em que não troco contigo a mais íntima mostra do quanto preciso de um sopro teu que me faça ressuscitar. Ao momento em que não me troco por um beijo.
Um beijo... A mais íntima demonstração de carinho, respeito, desejo, ou mesmo... Amor.
E pronto. Disse-o de ti pela primeira vez. Será mesmo? Para mim é-o com toda a certeza.
Bastou um rápido olhar há já alguns anos, para que te desejasse, ainda que de uma maneira diferente. Talvez fosse um desejo mais físico. Mas esse desejo foi-se dissipando. Uma espécie de obrigação moral a isso me obrigava. E quando essa obrigação se evaporou, o desejo, qual Fénix, renasceu das cinzas.
Renasceu, no entanto, com o poder acrescido. Um poder que me coloca numa situação de vulnerabilidade, numa situação de incumprimento para com a clausura de sentimentos a que me tinha imposto.
Sim! Volto a sentir, a desejar, a Amar. Por culpa tua!
Baixei a guarda e deixei que esse "mafarrico" de arco e flecha me atingisse.

quarta-feira, abril 27, 2011

Sento-me no escuro e, puxo para mim, a tua imagem. Mas ao fazê-lo, sinto-me tão frágil. Tão inseguro de mim.
Escrevo com a alma molhada. Mas porque raio tenho de escrever sempre com o recurso a metáforas? Porque não posso logo dizer que me apetece chorar? Porque não consigo dizer logo, que choro? Porque digo que os teus olhos são, para mim, olhos de mel? Porque não digo logo que são castanhos claros? Rais partam a mania de querer sempre fazer tudo bonito!
Sim... Estou desesperado... Não sei que mais possa fazer para conseguir uma atenção tua! Já não sei fazer isto. Já não sei brincar. Já quase só consigo pensar em ti. Nos teus olhos castanhos, no teu cabelo liso, nas curvas do teu corpo, nos teus lábios e na cor da tua pele. Se eu fosse pintor, já te conseguiria pintar de olhos fechados..
A eterna dor dos amorosos toma conta de mim... Um amor não correspondido (acho eu). Um amor platónico, em que só eu sei quem és. Mas não será mesmo isso? Não passará isto, somente, de um desejo fugaz? Do desejo de voltar a sentir o prazer de desejar alguém?
Não creio. Se assim fosse, eu não te procurava. Não desejava o teu cheiro, ou a falta dele. Não desejaria a tua presença no meu sono, nos meus sonhos. Não quereria nada de ti! Mas quero.

Quero tudo!

segunda-feira, abril 11, 2011

NÃO IREI ESCREVER VAIS.
NÃO QUERO ESCREVER MAIS.
MÃO ME APETECE ESCREVER MAIS.

VOU PARAR! Pelo menos por enquanto.

domingo, abril 10, 2011

Esta noite...

Esta noite deixei a janela da minha fortaleza aberta. E deixei a Noite invadir o meu espaço e penetrar no meu sono, alojar-se nos meus sonhos. Senti-me violado!
No entanto, dado o rumo que os meus sonhos levavam, não tive a coragem de a expulsar. A Noite, levou-me para junto dela. Foi minha amiga, como em tantas outras ocasiões...

Tive vários sonhos. Ela entrou em todos! Pena que todos esses sonhos tiveram o seu fim, com o barulho estridente do despertador. No entanto, foram sonhos tão vívidos, que pareciam quase reais. Eram, contudo, só sonhos, e disso não passaram. Esfumaram-se, desvaneceram-se e regressei à dura realidade. Tinha de me levantar para o trabalho que me aguardava.

Nesses sonhos, eu voltava a ser feliz, voltava a sentir, voltava ter o meu avô, mas ela não saía do meu lado. Agarrava a minha mão, com a firmeza com que uma criança agarra a mão do seu progenitor para atravessar uma rua, agarrava a minha mão com tanta força, que parecia querer, naquele momento, fundir-se comigo.
Calma leitores. Não houve erotismo em nenhum destes sonhos. Houve sim, uma cumplicidade tamanha, que senti que, nesses sonhos, ela era o meu “pensar”. Senti que ela acabava de me conhecer e já me conhecia a mim, tão bem como eu próprio me conheço, ou mesmo talvez melhor.

Será possível?

quarta-feira, abril 06, 2011

From the Book III - O 1º encontro

Naquela noite, nem lhe apetecia muito sair de casa, mas tinha prometido a uns amigos que se encontraria com eles. Assim, a muito custo, lá se arranjou, sempre da mesma maneira, jeans, sweat e sapatilhas rotas. Longe ia a ideia de que aquela noite o transformaria para sempre. Longe ia a ideia de que aquela noite iria apressar acontecimentos desastrosos.
Ao chegar ao local, apressou-se a cumprimentar os presentes e, a fazer-se apresentar aos desconhecidos. Uma em particular. Ela. Foi nessa noite que tudo começou.
As banalidades e trivialidades de uma conversa de café, sucederam-se. Mas ela não parava de o examinar. Examinou-o com e delicadeza com que um apicultor trata as suas abelhas. Examinou-o com o cuidado de um cirurgião. E deixou-se enganar. Não viu que apenas procurava um escape para o buraco onde antes se tinha atolado. Não pensou no que pudesse suceder. No final da noite seguiriam caminhos separados, mas voltariam a cruzar-se dias depois. Ela de tudo faria para, não mais o deixar fugir. Estava decidida a conseguir o que queria.

terça-feira, abril 05, 2011

lol=laugh out loud; col=cry out loud

Nem sei por onde começar...
Desta vez tou mesmo à rasca! Foi-se a minha inspiração. Não consigo escrever nada. Estou preso. Tenho os dedos presos, a mente atarracada. Por mais que coisas boas, ou más me aconteçam, por mais música que oiça, por mais cigarros que fume, ou passe noites em frente ao pc, nada me sai.
Será ela que me faz isto? Não a consigo tirar do pensamento! Espero sempre por algo dela. Uma palavra, um som, um olá. Como posso deixar que isto me aconteça outra vez? Como me podeste fazer isto? Sai da minha mente! Deixa-me em paz...

NÃO. Não faças isso. Não me deixes. Quero-te junto de mim. Quero-te com todas as contradições que isso possa implicar. Sim/Não, Quero/Não quero, Pode ser/Não pode ser.
Quero poder saber se temos algo em comum. Quero selar contigo um pacto de estabilidade. Estabelecer esse mesmo pacto com base numa confiança. Com base numa promessa que, o que daí advier será algo que ambos queremos.
Pactua comigo! Dá-me uma chance. Deixa-me dizer-te que quero estar contigo. Que me fazes tremer quando apareces. Que quando apareces, sinto-me esquisito e, faltam-me as palavras. Fazes-me falar de trivialidades. Não consigo estar ao pé de ti, mas só quero estar contigo.
"Stay the night". Deixa-me estar contigo. Quer estar comigo! Quero tanto dizer-te tanta coisa. Quero conhecer-te melhor e sentir-te mais. Já me fazes tanta falta.
Nunca quis nada que isto me voltasse a acontecer! Sempre quis "ficar para tio". Como posso baixar tanto a guarda? Para onde vão as minhas forças, quando estou junto de ti? Não queria voltar a amar! Mas por mais que me esconda, por mais que force esse magnifico sentimento ao exílio, ele teima em voltar para me atormentar com todas as suas implicações. O desejo, a falta dele, o querer e o não querer, a lucidez e a loucura, a sobriedade e a ebriedade...
"Can't take my eyes out of you". Sim,, já não consigo tirar os meus olhos de ti. E mesmo que os feche, a tua imagem surge-me tão cristalina quanto água. Os teus olhos de mel, a tua face, o teu sorriso, a tua voz. Nada disto me sai do pensamento.

Como posso voltar a desejar tão depressa, com tanta força? Que merda. Quero a minha segurança de volta, mas quero tanto estar inseguro, junto de ti!
Quero cair num sono tão profundo que tudo o que sonhar não acabe mais. Quero sonhar contigo. Sonhar tanto, que não mais acorde e, esse sonho seja para sempre a minha prisão. Mas será uma prisão tão deliciosa, quanto um dia primaveril. Será uma prisão, onde só eu darei o rumo à minha vida. Onde eu farei o que quiser, onde nada me acontecerá. Onde só eu comandarei o Destino. Onde eu deixarei de conseguir distinguir o sonho da realidade e, onde esse sonho se tornará na minha realidade.

Desta maneira, onde irei parar? Porque não posso, por uma vez, conseguir algo a que anseio tanto? Onde vou parar desta maneira?

Já te desejo tanto!!

segunda-feira, abril 04, 2011

Só um cheirinho...

Ouviam da boca de seu avô a história de um tesouro existente no fim do Arco-Íris. Segundo ele dizia, era um tesouro tão valioso quanto a existência humana. Escutavam as palavras do avô António com a reverência e atenção com que se escuta o som da chuva a cair na praia. “No fim do Arco-Íris, encontra-se um tesouro, tão grande, tão imenso, quanto as vossas mentes possam imaginar. É um tesouro tão grande, que tem de ser guardado por seres tão poderosos e tão mínimos. É um tesouro guardado por criaturas encantadas. É guardado por duendes”. Assim lhes dizia aquele velhote de figura austera, de cabelos brancos.
Ao mesmo tempo que escutavam estas suas palavras, a mesma ideia assolava os seus pensamentos. Teriam de esperar que as condições se propiciassem, para irem em busca das aventuras que o avô António lhes acabava de anunciar.
No fim de escutarem a história de um tesouro escondido no fim do Arco-Íris, guardado por duendes, Pedro e Rita, levantaram-se num salto e ambos gritaram “Vamos encontrar o tesouro no fim do Arco-Íris”.
O avô António, levantou-se rindo-se e avisou os seus netos, com a sabedoria que parecia vir dos primórdios do Tempo “Cuidado. Muitos partiram em busca desse enorme tesouro, mas nunca ninguém o encontrou. Os perigos à espreita são muitos!”. No entanto, eram estes avisos que duas crianças em tenra idade, nunca escutavam. Quanto mais avisados para a dificuldade em tal demanda, mais desejo tinham de partir naquele momento em busca do tesouro.
Como fariam para encontrar o Arco-Íris? Precisavam que chovesse. Precisavam que fizesse sol.

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Muito obrigado pela ideia. No entanto está a demorar mais tempo do que o inicialmente desejado. A falta de imaginação e inspiração pode-se tornar um enorme entrave à capacidade criativa. Mas lá chegarei. Obrigado mais uma vez.

domingo, abril 03, 2011

Sem título II

Finalmente…
Já há alguns dias que andava com uma enorme vontade de escrever, mas as oportunidades não se tinham propiciado. Escusado será dizer que desta vez as condições para a escrita me foram favoráveis.
Novamente, o tema de mais um devaneio meu, impõe-se. Apesar da vontade de escrever, os meus pensamentos, fluem sempre para um mesmo lugar, para uma mesma pessoa.
Esses olhos de mel já não me largam. Parecem uma carraça, que assola constantemente a minha mente, que se cola aos meus pensamentos e não a consigo arrancar. Como podes estar tão constantemente nos meus sonhos? Como podes estar sempre tão presente dentro de mim?
Os dias vão passando e sinto um desejo cada vez maior de estar contigo, de falar contigo, de te conhecer melhor. Anseio loucamente esses teus olhos de mel. Anseio por um sorriso teu, por uma palavra tua.
Alguém me disse que a melhor coisa que tinha a fazer era “oferecer-me”, mas como posso fazê-lo? Impossível, sem que ficasses com a ideia errada.
Desejo tanto passar a mão no teu cabelo, cheirar-te, sentir-te, beijar-te…
O tempo custa a passar quando não te vejo, nem que seja de relance!

A todos os meus leitores:
Peço imensa desculpa por este texto! Sinto que defraudei as vossas expectativas. Não consigo escrever nada de jeito. Tenho a vontade, tenho as ideias, mas não consigo!
Porque será? Que me estará a acontecer? Serão esses olhos de mel, que por mais inspiração que me dêem, me bloqueiam os pensamentos e me impedem de escrever?
E que tal uma mãozinha? Que fazer? Como fazer? Porque me fazes isto? Como consegues fazer isto?

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

segunda-feira, março 28, 2011

Sem título

Tenho quase 30anos e hoje fui ao cinema sózinho.
Já sabia qual seria o filme. Inicialmente julgava um, mas depois dei conta do meu erro e acabei por até gostar do filme. (a propósito, a Natalie Portman é mesmo uma belíssima actriz).

Ora, até aqui tudo bem. Também que seria que o filme seria uma comédia romântica. Só nunca pensei que o filme me fizesse despertar certos pensamentos, mas sobretudo, sentimentos.

Vejamos. Os pensamentos que me despertou, foram sempre da mesma índole. Relações... Sejam elas amorosas, de amizade, ou de outro tipo qualquer. "sometimes, the person you least expected, becomes the person you needed the most". Por vezes a pessoa que menos esperas, torna-se na pessoa que mais precisas. Pois é... Este foi o sentimento que despertou em mim. A pessoa que menos esperei, torna-se agora numa das pessoas de quem mais preciso. Preciso de uma mensagem sua, de um olá seu, de um olhar seu.
Como alguém me disse, o amor surge à custa de muita convivência. É verdade. assim se passa no filme. Claro, com as suas muitas peripécias pelo meio, pelo "friends with beneficts", pelos amigos coloridos, pelo sexo sem compromisso. Não quero com tal dizer queseja isso que desejo. O que desejo mesmo é essas mesma convivência. O que desejo mesmo é que ela seja o meu castelo, a minha fortaleza. Preciso tanto de alguém com quem possa voltar a falar. Preciso tanto de uma nova amizade.
Ao longo do filme a ideia que nos é transmitida é a de que um desejo latente já existiria nos dois, se ebm que nem um nem outro desejaria tanto deixar transparecer esse memsmo desejo. As peripécias vão-se sucedendo, culminando com um acordo mútuo que nem um nem outro será capaz de respeitar.
Como sempre, a ideia de que o homem dará o primeiro passo no começo de algo mais está presente na história e, assim acontece. Será o personagem masculino o primeiro a dar esse primeiro passo, sem no entanto obter a resposta desejada. Claro que "all is well, when it ends well" e, mais uma vez, tal se sucede. Ocorreu-me, então, por esta altura que talvez esteja na hora de eu ser um bocado mais persistente. Talvez esteja na hora de eu arriscar uma maior "convivência", talvez esteja na hora de eu voltar a levar "tampas".
Levei tantas durante a minha adolescência que lhes perdi a conta, mas sempre me levantei e recuperei das quedas. Talvez esteja na hora de voltar a cair.

QUERO A MINHA FELICIDADE DE VOLTA!!! E estou a caminhar para lá. Sinto-me mais alegre. Sinto-me mais vivo. Sinto-me...
Quero mesmo trocar-me por um beijo, mas à falta desse beijo, quero trocar-me por palavras. Quero voltar a ter um(a) confidente. Quero poder precisar de uma palavra de amizade ou de conforto e saber bem onde a posso ir buscar. Quero saber que a posso ir buscar em ti.
Quero-te procurar no escuro em que se começavam a tornar as minhas vivências e saber que me iluminas com sábias palavras, ou que com o teu silêncio me indicas um novo caminho.
Quero uma resposta aos meus anseios e devaneios. Quero que me digas que afinal eu não estou apaixonado por ti. Quero que digas que estou. Quero que digas que posso. Quero que digas que não posso.

QUERO... QUERO...QUERO...QUERO...

quinta-feira, março 24, 2011

From the Book II

E de repente, aquelas palavras gelaram o seu mundo. Eram palavras vindas directamente das mais remotas calotas polares. E fizeram-no pensar no seu mundo. Todos os seus problemas pareciam insignificantes perante este novo desafio que se lhe era apresentado.
Era difícil. O seu Castelo de Cartas, que tanto tempo e trabalho lhe havia dado a construir, ruía agora, perante a sua impotência.
Que fazer? Como refazer toda a sua construção? Como se reconstruir? As perguntas impunham-se à medida que ela continuava a gelar tudo com as suas palavras. "Eu já não te amo. Foste simplesmente um acidente de percurso." Como podia aquilo estar a passar-se? O que iria na cabeça dela, que a fizesse mudar tanto em tão pouco tempo?
As perguntas entupiam a sua cabeça, ao ponto de, já não a conseguir ouvir a falar e não entender nada do que ambos dissessem.
Os termómetros marcavam 0 graus, mas depois de tamanha baldada de água fria, nada mais lhe parecia frio a não ser a sua alma. Tinha gelado depois de ouvir as suas palavras.
Todos os seus pensamentos lhe fugiam para lugares remotos, de temperaturas amenas, para sítios que pudessem descongelar o que acabavam de lhe congelar.
Só conseguia pensar em termos de escuridão, de névoas, de futuros incertos... de morte! Por mais que tentasse encontrar no seu íntimo, praias paradisíacas, as únicas imagens que lhe atravessavam a mente, eram imagens de momentos de êxtase que havia passado com ela. Só pensava na noite anterior, em que, ele achava, se tinham amado. "A noite passada não significou nada para ti?" "Nem por isso. Não é preciso haver Amor para ir para a cama com alguém!"
Foi nesse exacto momento que as suas gélidas palavras lhe arrancaram o coração, com a crueldade com que um carrasco puxa a cadeira a um enforcado. Foi nesse exacto momento que a ideia que tinha construído em redor dela se desfez. Foi nesse momento que deixou de se sentir, deixou de sentir calor, virou costas e desapareceu.

Tinha de chegar a casa o mais cedo possível. Tinha de se refugiar naquele sítio que sempre lhe transmitira a segurança de uma cidade muralhada. Tinha de chegar ao seu quarto. E à medida que se aproximava dessa sua impenetrável fortaleza, começou a refazer o seu futuro.
Começou a pensar em tudo o que tinha deixado por ela. Nos amigos, nos locais e em tudo mais.
Assim que chegou ao seu santuário, deixou-se inebriar pelas recordações que aquele espaço lhe trazia, fechou os olhos e dormiu. Amanhã seria um novo dia.

terça-feira, março 22, 2011

Troco-me...

E agora? Será que já me posso apaixonar? Haverá algum limite de tempo, imposto por um pacto social secreto, que defina o limite temporal que, vá desde o fim de uma relação, ao inicio de outra?
E se há esse limite previamente pré definido, qual é?
É que já começo o ver os teus olhos de mel como um anseio final que me atola em ti! Já começo a desejar um contacto maior. Já começo a desejar selar este meu desejo com uma troca.

Troco-me por um beijo teu!
Que te parece?

domingo, março 20, 2011

Esses teus olhos de mel

Hoje, mais uma vez, deu-me a vontade de escrever. Graças a Deus...
Há tanto tempo que não me saía nada da cabeça. Sentava-me ao computador, com os dedos em cima do teclado e não escrevia nada. Nem com as músicas que tanta vontade me dão, nem com os meus cigarros a meu lado, nem contigo na minha mente!
Mas, eis senão, que num ímpeto guerreiro, me sento e os dedos começam a sua incessante tarefa de escrever mais um texto.

Desta vez, escrevo diferente.
Quero que saibam que a paixão que talvez sentisse por determinados olhos de mel, não era mentira. Era sem dúvida uma paixão. Mas não deixava de ser uma paixão Platónica. Um platonismo presente em todas as minhas paixões. Sempre amei o que nunca cheguei a ter. (Triste sina a minha) E agora que desejo, mais uma vez não tenho.
Acho que, como alguém disse, durante algum tempo foi a ideia de paixão que tomava conta de mim. Agora vejo que isso era a mais pura das verdades. Era a ideia construída em torno de uma pessoa, de uma imagem, de uma palavra que me fazia desejar mais um dia, que me fazia querer mais do que tinha, que me fazia desejar mais do que podia imaginar. (Acho que me enganei foi na pessoa)
Sou uma pessoa de paixões. Como digo num post anterior, os homens são muito fáceis de se apaixonarem. Basta um olhar diferente, uma palavra diferente no momento exacto e ficamos logo de queixo caído.
É isso que me acontece. Sou um romântico por natureza. Que fazer?

São os teus olhos de mel, que me fazem querer ser urso. São os teus olhos de mel que desejo na escuridão da noite. São os teus olhos de mel que desejo ver todos os dias, de manhã à noite! São os teus olhos de mel que me saciam a fome e me adocicam a vida! São os teus olhos de mel...

És tu que eu procuro para me apaziguares as dores. És tu quem eu procuro para acelarares a minha vida.


É EM TI QUE PROCURO CONFORTO...

segunda-feira, março 14, 2011

O Amor surge como uma força que nos rebenta o corpo por completo. Nunca esperamos que apareça. Nunca queremos que apareça e, ele aí está para nos mostrar a nossa fragilidade sentimental.

O porquê de sermos assim tão frágeis? O porquê de necessitarmos tanto desse sentimento, que nos devora o corpo e a alma como um veneno sem cura?
Nunca me imaginei apaixonado! Sempre achei que fosse mais forte do que tudo e todos. Sempre achei que nada me podia deitar abaixo. E com estes novos sentimentos que vêm surgindo, dou conta do quão frágil eu sou. Dou conta que não mais me encontro protegido pela redoma em que me coloquei. Estou vulnerável. Sou vulnerável.
Isso não é bom.
Quero a minha vidad de volta. Antes de tudo. Antes dela e de Ti! Não quero voltar a sentir. Quero novamente a minha redoma, onde possa estar em segurança, onde sei que nada me atingirá. Onde sei que estou só e não tenho mais nada com que me preocupar.
Onde sou só eu e os meus cigarros e as minhas músicas e mais ninguém.

Preciso mesmo das minhas férias. Preciso mesmo da "minha" Serra.

Preciso tanto que alguém dê pela minha falta!!! Será isso egoísmo? Egocentrismo? Acho que nãqo, mas alguns de vocês até podem achar isso.
No meu ponto de vista... Às vezes basta um OLÁ! Sabemos logo que somos lembrados!!

sábado, março 05, 2011

images and friends

Passo-vos uma imagem, para imaginarem como me sentia e sinto.
A Rotunda do Arco do Triunfo em Paris, é uma das mais movimentadas de todo o mundo. Uma das coisas que queria fazer e hei-de fazer, é estar lá, em plena hora de ponta. Sentir todo aquele movimento, aquele borbulhar de stress diário e sentir-me Só no meio daquela movimentação toda. Sentir toda a vida a passar mesmo diante dos meus olhos e só ficar quieto a apreciar a imagem. Após esta fotografia, viro costas e, sei que sairei melhor, mais contente, mais alegre, mais forte.



Tem sido difícil. Não digo os últimos meses, mas os últimos 10 anos. Foi complicado abandonar o liceu. Acho que na altura não estava preparado. Deixei amigos, actividades, despreocupações. Deixei mauita coisa para trás.
Contudo, nem tudo foi mau. Cresci enquanto ser humano. Tornei-me neste "kisch (?) writter". Conheci novas pessoas, fiz novos amigos, mas sobretudo, descobri novas sensações. A faculdade foi óptima.
Aninha... Foste e és das pessoas mais especiais e maravilhosas que conheci.
Rapha... Grandes matinés nos nossos percursos ferroviários.
Pan Pan... Grandes manhãs no Couraça.
Zeca Afonso... Ainda estou à espera que me entregues o guião do teu filme.
KasMicael... Que dizer? Nada! "vai-te foder", pode ser.
Sara Valentina... Obrigado pela amizade. Apesar da distância, sempre soubemos que são amizades que durarão uma vida.
Padrinho... De ti só boas recordações.
Bunny... Viva a Linguistica Inglesa.

São tantos e tantas. Perdoem-me os que não menciono. Têm sempre o espaço para os comentários para se fazerem lembrar mais uma vez.

From the book

"Via agora à distância do tempo que não tinham nada para ser felizes. Ele nunca a conhecera verdadeiramente, assim como ela não o conhecera a ele. Simplesmente os seus caminhos haviam-se cruzado e, como dissera alguém muito sábia: “tinham tido um passado em comum”.
Foi um passado de relativa felicidade, com os seus momentos de altos e baixos, mas quem não os têm?
Tinha agora a noção de que nunca quisera muito lutar por ela. Havia chegado o ponto de “sem retorno”. Já nada havia a fazer. Achava que durante algum tempo ainda tinha andado iludido, de sentimentos confundidos, com a esperança que ainda a amava. Mas andava a iludir-se para quê? Com que finalidade? O que poderia ele querer que ela tivesse para lhe dar? Muito pouco.
No entanto era obrigado a dar o braço a torcer. Se ansiava revisitar sítios, a ela o devia. A ela devia algumas das amizades que surgiram. A ela devia alguns momentos de felicidade, maravilhosos, espectaculares mesmo.
Sim… Era-lhe difícil esquecer as pessoas. Familiares e amigos seus eram esse exemplo, havia anos que tinham deixado de fazer parte da sua vida, mas ainda pensava neles todos os dias. Também ela o faria pensar todos os dias, mas durou pouco tempo. Contudo, ela não o faria pensar mais na pessoa, mas nos momentos e espaços. Fazia-o pensar em férias, em locais, em pessoas. Mas só em alguns desses pensamentos, ela lhe surgia.
Não a censurava pelo que tinha dito, ou pelo que tinha feito. Aconteceu. Tinha que acontecer. Não se arrependia do que tinha feito, ou do que tinha dito, mas sabia que teria feito algumas coisas de maneiras diferentes. Ainda assim, por mais que pensasse, não saberia nunca o que teria mudado. Sabia que tinha valido a pena. Tinha aprendido tanto com ela.
Tinha redescoberto uma enorme paixão pela vida e pelas suas simples coisas. Um cinema, uma noite com os amigos, um dia em casa, uma noite de temporal, uma paisagem, um cigarro pensativo no canto da boca. Tudo isto agora lhe transmitia novos prazeres, novos sabores. Havia redescoberto, que devia viver toda a sua vida ao máximo, mas sabia que devia impor em tudo o que fazia tudo o que era, toda a sua vontade. Toda a sua paixão por tudo."

sexta-feira, março 04, 2011

O jogo da Descoberta

Descobri que afinal os meus amigos e não só, até dão uma vista de olhos neste meu espaço.
Continuo com pena que não participem no Jogo do Cadáver Esquisito (post de Novembro de 2006 com o título de Literatura). Mas não faz mal. Sem stress.
Agora vou-me vangloriar… Com tantas pessoas a tecerem tão rasgados elogios à minha escrita, começo a convencer-me que talvez tenham razão. Obrigado.
Quando comecei este blog, a ideia não era particularmente esta, como já disse anteriormente.
Mas não consigo fazer com que ele sirva a sua finalidade primeira.
A minha mente, os meus pensamentos, são constantemente assolados por ideias de textos, de autores que me influenciam, de locais que revisito mentalmente, mas sobretudo, por palavras que me são dirigidas, a mim e à minha escrita. Todas estas pequenas coisas, só me dão mais vontade de escrever.
Contudo, de novo, impõem-se a temática de um novo excerto de palavras soltas.
Eis, senão que, penso nesse grande médico e poeta, Adolfo Correia da Rocha (Miguel Torga).
Torga, ao longo do seu percurso passou por cinco fases distintas poéticas. A que mais me interessa de momento será talvez a sua última. A fase do seu reencontro com Deus. Do seu reencontro consigo próprio.
Acho que talvez tenha chegado esse momento. O momento de me reencontrar comigo próprio. “A aparição de mim, em mim mesmo”. Não quer dizer que tenha recuperado a minha religiosidade, long gone, mas quer sobretudo dizer que me encontro numa paz interior, que já há muito não era por mim sentida.
Essa paz de espírito, de repente torna-me mais lúcido e com uma vontade de escrever sobre outras coisas e outras pessoas.
Não, não estive na “minha” Serra a recuperar forças, mas lá irei. (LESTE CARLOS… LÁ IREI!!!)
Mas matei saudades assim que a minha escrita para lá me transportou.
Agora as coisas.
Sou da opinião, que não vivemos realmente uma crise. Vivemos sim em medo. Explicando: antes de todos estes problemas económicos e sociais que vão assolando o nosso belíssimo país, eu chegava ao final do mês com determinado valor em € na minha conta. Agora chego ao final do mês com esse mesmo valor menos alguns euros, mas muito pouca diferença. E não deixei de fazer nada do que fazia antes.
Ora então, eu só posso deduzir, que se eu consigo, e não sou rico, outros também hão-de conseguir. Resta não termos medo de gastar dinheiro. Calma… Não nos vamos todos pôr para aí a gastar a “torto e a direito”. Não, nada disso. Mas tentem, nem que seja só um mês fazer o que vos digo. Não se privem de um jantar fora, de um cinema, de uma saída com @s amig@s.

Vejam se no final do mês a diferença é assim tão relativa.


(Este texto está um bocado imcompleto, mas com algum tempo lá chegarei)

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Adrenalina...

Adrenalina é uma substância manhosa que nos acelera o matabolismo (acho eu, não é a minha àrea).

Pois bem, como alguém disse, eu estou mesmo a precisar disso mesmo. Da minha adrenalina, mas não uma sintética, preciso da minha adrenalina natural.
Preciso de encontrar algo que me dê uma pica enorme.
Ultimamente não tenho tido nada disso. Passo a vida numa roda viva alucinante, mas não porque queira, mas porque preciso, por necessidade. Isso não me dá aquela fuga que necessito.

Sábado estou de folga. Aceito sugestões

terça-feira, fevereiro 22, 2011

My first book...

Tou a começar a escrever o primeiro livro.
Acho que até está bom e, tenho uma enorme vontade de publicar o que já escrevi, mas tenho receio de não receber o vosso feedback.
Por isso, quem quiser espreitar, tem de pedir...


eheheheheheheheh

domingo, fevereiro 20, 2011

É à noite...

Gosto mais de escrever à noite ("a noite é minha amiga"). É à noite que digo o Teu nome. É à noite que me confesso. É à noite que me expio! É durante a noite que me sinto livre para viajar dentro de mim e, ter a luta contra o outro eu. Nunca chego a saber quem ganha. A luta dura toda a noite e, quando chega a hora de anunciarn o vencedor, sou acordado pelo som estridente do meu alarme que me indica mais uma jornada laboral.
É à noite que regresso À minha infância, para perto do meu avô. Para as nossas brincadeiras. É à noite que regresso para a minha serra. É À noite que me liberto desta minha prisão terrena... E navego para junto de ti. Mas à medida que reduzo a distância, o barco esfuma-se cada vez mais e, antes que me junte a ti, caio num abismo do qual não consigo mais sair. Só a tua mão me consegue de lá tirar, mas num relance, viro-me da minha queda e vejo-te a virar costa e ires embora.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Thee... My dearest...

My fairest:

I can’t remember the day I met thee. I simply remember thee since ever. I can also remember how thee made me feel whenever we were together. Sadly and unfortunately, time set us apart and I lost track of thee.
However, the time we were apart served other purposes. At least for me. I had other experiences, I grew up as a man, as a human being… as a person. I became more of a man.
“I had to fall to lose it all”, but I lost nothing.
I fell, that’s for sure but I gained a lot. I gained new feelings. I gained a love I thought I would never live again.
I discovered I had never forgotten thee. I found out that, despite the time and the distance, whenever thee were around me I felt different. I felt happier. I felt…

In an earlier post, I said that this blog is the only space where I can describe my emotions. It’s hard to say, but easy to write. However, when I want to talk about thee, I find it difficult to choose the words. I find it difficult to describe thee and the way I feel.
I burst of desire and passion. I tremble when I’m next to thee and I can only talk of trivialities. My legs shake and my heart speeds just by thinking of thee.
I just wish I could have more time to know thee better. More time for thee to know me. I just wish thee could give me that chance. The chance to finally tell thee who Thee really are.
I’m so sorry for not being able to tell the world who is the gate keeper of my heart.

I wish I had the guts…

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Eu bem que tento manter-me afastado deste espaço, mas é mais forte do que eu.

"sit down in sympathy / sit down next to me..."
Deixo o meu cigarro seated next to me, oiço James e volto a escrever.
Preciso mesmo de umas férias. Já começo novamente a ficar saturado desta minha vida patética.
Só o desejo de Te ver hoje outra vez, me mantém acordado, me mantém sóbrio, me mantém lúcido.
Estranho... Apaixonei-me novamente por uma ideia de pessoa que nem sei bem se será a mais correcta. Engraçado. Entre nós o cantacto resume-se ao minimo. ("olá!"; "bom dia, boa tarde, boa noite"; "'tá tudo bem?") Nem sequer falamos muito. Não a conheço muito bem, nem ela a mim, mas tal não impediu que me voltasse a apaixonar por uns lindos olhos castanhos.
O desejo de estar contigo, de te procurar, de te dizer como me sinto, cresce a cada dia que passa. Houveram alturas em que cheguei a pensar que isto seria a minha própria estratégia inconsciente de erradicar todo e qualquer sentimento que tive pela marta. Mas não! Sim... Resultou, mas não o fiz de propósito. Simplesmente voltei a apaixonar-me. Simplesmente voltei a desejar um carinho, um abraço, uma palavra mais amiga. Desejo-te agora, já com quase todas as forças do meu corpo.
E não me interessa que me venham dizer que és inatingivel. Quero andar assim. Quero viver esta ilusão. Quero sonhar-te mais uma vez. Quero transpor a barreira que me têm vindo a impor.
Quero saltar a cerca e ver o que há do outro lado. Porque não o fazes comigo?
Uma força já me esmaga o peito. Sinto as costelas a estalar e eu a sufocar. Não consigo respirar e como tal tento chamar por ti, mas não consigo articular um som que se pareça com o teu nome.
Estás tão distante, mas ao mesmo tempo a uma rua de distância.
Contudo, vivo com o constante receio de que uma amizade se possa perder se disser o teu nome.
Que fazer? AJUDA-ME! AJUDEM-ME!
Oiçam este meu grito e digam-me que fazer. Indiquem-me o caminho para...

Tenho alguns textos na calha. Textos já com alguns anos. Mas sempre que os tento acabar, paro e volto a ti. Como? Porquê? Como entraste tão sossegada na minha vida e conseguiste virá-la de cabeça para baixo? Porquê já não passo sem a tua presença na minha mente?
Já não sei se quero a minha Serra, ou se Te quero a Ti!? Era tão bom poder ter os dois!!
Já não sei que possa fazer para te tirar desse mundo teu em que vives! Às vezes parece que temos tanto em comum... Também eu me entrgo à clausura de uma vida tão monótona, de sentimentos reprimidos. Não quer dizer que a razão por que vives num "mundo à parte" seja essa, mas acho que ambos nos sentimos um pouco deslocados de tudo e todos.
Já não sei o que fazer! Já não me apetece fazer nada. Acendo mais um cigarro, trauteio mais uma letra dessa banda e sinto-me a afundar na cadeira.

E deixo-me ficar, a sentir-me cada vez mais afundado, cada vez mais pesado, cada vez mais SÓ!!!!!!!!!!!

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Vamos a uma pausa...

A vontade de escrever, tem sido enorme.
No entanto, nos ultimos dias, as ideias têm me faltado.
Pensei que fosse fácil. As ideias surgiam naturalmente na minha cabeça e deixava as minhas mãos e a minha alma acabarem o serviço. Acontece que com toda a exacerbação de sentimentos e ideias dos últimos dias, não me tenho sentido em condições de voltar a escrever da mesma maneira de dias anteriores, pelo que acho que agora deva fazer uma pausa de alguns dias.
Mas nunca se sabe. Pode ser que um qualquer rasgo de ilucidez me dê uma ideia de um post que nos deixe a todos de cabeça à roda.
Até lá, espero que o turbilhão de ideias me invada novamente e, deixo-me ficar com a minha solidão, com os meus amigos, e com aqueles lindos olhos castanhos que tanto me têm dado. Que me têm mantido consciente, que me têm segurado neste caminho íngreme, nesta estrada sinuosa que é a minha vida. Aqueles lábios rosados que todas as noites me aordam de um sono revelador de ti, segredando o meu nome em silêncio ao meu ouvido.
Aqueles longos cabelos, que me transportam na sua ondulação para sítios e sentimentos nunca antes por mim visitados. A curviliniedade do seu corpo, que me faz conduzir devagar com medo de derrapar e perder o que anseio alcançar.
Ah... como é bom a fase da conquista. O momento em que desejamos algo com a força de um Aquiles, ou mesmo de um Hércules. Este momento em que temos quase a certeza de que somos maiores do que tudo e todos, mas sem nuncar perdermos a nossa sanidade mental, sempre conscientes da nossa mortalidade.
Ah... A vontade de fumar um cigarro invade me o corpo e a mente. Já é mais forte do que eu. E assim faço. Mais um cigarro pensativo que irrompe pela escuridão desta sala vazia. Mais um calor que ajuda a aquecer este espaço, este meu corpo, este meu coração frio.
E assim sem ideias, lá surge mais um pequeno texto para a dona de meu coração.
Mais um pequeno texto para a minha "Star".

Mais um pequeno texto para Ti.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Avô

Cláudia...
Se não fosse a resposta, nunca me lembraria de, tão cedo, fazer este post.

Pois é... Tenho umas saudades enormes do velhote. Todos os dias penso nele. Todos os dias sinto a sua falta.

Lembro de situações soltas por que passei na sua companhia, mas agora que oiço as pessoas a falar dele, do que era e do que representava para a família, chego à conclusão que a ideia que construí em seu redor, em torno da pessoa que foi sempre foi a correcta.

Quando era puto, os meus pais trabalhavam e como não somos uma família de muitas posses, sempre que podiam/conseguiam, era com os meus avós que me deixavam. Agora imaginem uma pequena aldeia, com montes de espaço para fazer tudo, juntem alguns primos mais ou menos da mesma idade e adicionem um velhote de 70 anos qua fazia tudo por dois dos seus netos. Esse velhote era o meu avô.
Recordo situações em que, juntamente com os meus primos, combinávamos de ir armar armadilhas para apanhar tralhões(pássaro). A ideia era levantar por volta das 5 da manhã, ir armar as ditas armadilhas, voltar para a cama e ir ver o resultado da "caça" por volta da meia manhã. Escusado será dizer que muitas das armadilhas desapareciam, ou não as encontrávamos. Era sempre com enorme prazer que o meu avô se prontificava a fazer mais algumas para as nossas "incursões cinegéticas".
Recordo me de, já muito mais tarde, adolescente, ter recebido um castigo de meus pais. O castigo resumia-se a raspar erva de um bocado de terreno com perto de 25m quadrados. Lembro-me de ter pensado que aquilo seria serviço para um dia. Pois durou uma semana por minha culpa e do meu avô. Passou-se da seguinte maneira:
No primeiro dia em lá fui "largado" o meu avô veio ter comigo com a enchada e num minúsculo espaço de terra, disse-me como havia de fazer. O resto teria de ser eu. E assim foi. No entanto, as minhas manhãs eram passadas na cama, as noites na brincadeira e, só na torreira do calor de verão que se fazia sentir é que eu me dirigia para o pequeno terrena, a fim de completar a minha terefa. Aquilo que mais me encantou, foi que todos os dias, o meu avô se proponha a acompanhar-me. Então lá nos dirigiamos os dois para o local onde eu cumpriria a minha hercúlea tarefa, enquanto que meu avô se sentava numa sombra, só a "mirar" os meus esforços e à conversa comigo. O porquê do castigo, a escola, as miúdas, tudo... Demais.
Vocês conseguem imaginar um velhote de 70 anos a correr atrás de uma bola, como se fosse um cachopo? A rir como se não houvesse amanhã? Eu não preciso de imaginar tudo isso, tenho-o bem presente na minha memória.
No dia em que ele faleceu, eu estava em Coimbra, numa aula de Cultura Inglesa, no Departamento de Física.
Entretanto o meu telemóvel tocou. Vi que era o meu pai e, como sabia que o meu avô se encontrava hospitalizado, juntei 1 mais 1. Mas não atendi. De seguida, o meu pai ligou novamente e, voltei a não atender. Voltou a ligar e voltei a não atender.
Aminha colega do lado, vendo que eu mexia tanto no telemóvel, vendo que recebia chamadas e não atendia, perguntou o que se passava, ao que respondi de imediato que o meu avô tinha falecido nesse instante. Teve de ser a minha colega a pedir à professora para eu me ir embora.
Não consegui derramar uma lágrima. Aindahoje, não a derramo por ele. A vida dele foi do mais cheia possível, cheia de pessoas que o adoram e acarinharam. Filhos, netos, bisnetos... Todos o sentiram de uma maneira especial. No entanto, comigo e com outro primo foi diferente.

"Ó Conceição... Já fizeste a cama ao garoto?" Sempre que podia ir para casa dos meus avós, a minha cama eram uns cobertores mesmo ao lado da cama deles, num quarto minúsculo. E assim foi até bem tarde na minha idade.

AVÔ:

Por tudo... Por teres sido quem foste... Por teres sido e, continuares a ser o meu modelo... Por me teres mostrado que a felicidade atinge-se nas mais pequenas coisas da vida... Por teres sido mais do que o meu pai... Por teres sido tu... O meu mais sincero agradecimento, a minha mais sincera saudade, a minha mais sincera tristeza por não te ter junto de mim. Mas sempre com a certeza que me acompanhas na minha vida, nas minhas acções, nas minhas palavras.......... E....... Aqui... na minha escrita.

OBRIGADO

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Hoje sinto-me...

Hoje sinto-me triste.
Estou de volta à minha melancolia. Apetece-me mandar tudo para o raio que parta. Apetece-me voltar para a minha Serra. Para o meu refúgio. Para aquele único sítio onde sinto tudo e todos, mas não me sinto a mim!
Só pedia isso. A minha Serra de novo... Só por uns breves instantes. Só o suficiente para recarregar as minhas forças. Para recuperar. Para me esquecer de tudo.
É mesmo isso... Fazer um reset à minha cabeça. Esquecer tudo o que aprendi, tudo o que sei, tudo o que senti e sinto. Preciso de começar do zero. Preciso de "desconhecer-vos" a todos.
Ahhh... Preciso de me fechar e desaparecer. Preciso de um ano 0.
Preciso... Preciso... Preciso... Preciso... De um sinal...

Será normal?

Acordei agora. Já estava a dormir. Acordei com um pesadelo. A marta tinha voltado a falar para mim. E eu do alto da minha sabedoria e da minha razão, só lhe disse "menina, que queiras falar comigo, tas a vontade. Não esperes nada de mim. Não queiras nunca estar contente perto de mim. Umas vezes tratar-te-ei bem, outras não. O teu novo namorado, que nunca me dirija a palavra se não quiser ficar a falar para o boneco. Que nunca me cumprimente, se não quiser ficar com a mão no ar. E tu, quando algum dia, o tempo me der razão, não voltes nunca perto de mim, nem que seja para pedir desculpa. Eu serei de uma frieza implacável. Eu ando de cabeça erguida. Consigo isso. Se não o fazem perto de mim, é porque ambos têm algo de que se arrependem ou têm vergonha. Já te ultrapassei. Há mais alguém que me dá algo que nunca tive contigo. O prazer de uma luta. Tu foste muito fácil para mim, assim como tas a ser para ele. Não há luta pela conquista, não há prazer. E eu estou a ter um enorme. Amei-te durante algum tempo. Mas passou. Agora sei qual foi o dia em que a nossa relação acabou. Se quiseres digo qual foi. Fui muito burro em tentar forçar algo em que já nem eu acreditava muito. Adeus."
Virei costas e fui-me embora.
Hoje à tarde comecei a escrever um texto, mas não o acabei. Acabá-lo-ei até ao final da semana.
Este é um enorme defeito meu. Quero fazer sempre muitas coisas ao mesmo tempo, mas deixo sempre algo para trás.
Enfim... Que se há-de fazer? Mas este começo e acabo.
Então é o seguinte: hoje estive de folga. Tive o dia todo para mim. Fui tratar do meu cartão de cidadão (15€?!?!), tratei de umas fotocópias para os meus alunos, mais uns trabalhos para eles e, quando dei por mim, lá estava eu a pensar em Ti! Que loucura! Mas será que já não me sais da cabeça? Engraçado como alguns amigos já sabem quem és. Engraçado como alguns amigos tentam descobrir quem és e, querem saber quem és. Engraçado como tu ainda não sabes, ainda não percebeste.
Lacks the courage.
Este sentimento que me tem acompanhado no último mês, tem crescido. Tem-se transformado em algo mais do que uma amizade. Não me importo que outros digam que "não és para o meu bico", não me importo nada. Mas gostava que também tu te desses ao trabalho de saber que és, mesmo que fosse para me mandar passear. Gostava que não fosses tão indiferente. Gostava...
Ahhh... Como custa!



Adoro-Te...

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Estética da Beleza, ou Beleza da Estética???

Ora pois é...
Mais uma vez cá estou eu! E para não variar, o que estou a ouvir?!? JAMES... eheheh

Este texto era para ter começado a ser escrito ontem, mas estava com tanto sono, que o deixei para hoje.
Antes de mais, tenho um agredecimento especial a fazer a todos os que têm passado pelo meu blog, que têm deixado comentários, mas quero também agradecer a todos que de uma maneira ou de outra, me têm dado palavras de apoio e incentivo à escrita (lembro-me de algo que me disseram no sábado. Algo como:"gosto muito da maneira como escreves. A escrita é muito boa" Obrigado)

Ora então aqui vai...
Desta vez apetece-me escrever sobre uma cena sem jeito nenhum: Estética e Beleza.
O que são? Como as definimos? Não serão a mesma coisa? E se baralharmos isto ainda mais? O que é a Beleza da Estética e a Estética da Beleza?
Ok! Vejamos. Ao falarmos de Estética, estamos-nos a referir a algo de muito concreto. Algo que podemos ver. Algo que a nível visual, sabemos apreciar como sendo bom ou menos bom.
Ao falarmos de Beleza, falamos de algo mais subjectivo e menos concreto. Para além de que o termo de Beleza se torna ainda mais vago quando não sabemos bem o tipo de Beleza com que nos podemos deparar. Pode ser uma Beleza interior, de alguém, pode ser a Beleza de um corpo, ou a Beleza de uma noite (ou duas) passada com os amigos (e com os copos).
Até aqui tudo mais ou menos... Agora é que a "porca torçe o rabo"
O que é a Estética da Beleza?
Isto é algo que para mim não é nada fácil de definir. É preciso desdobrar a expressão, analisá-la ao mais infimo pormenor.
Não esquecendo que os meus textos retratam sempre a minha opinião pessoal, aqui vai.
A Estética da Beleza é, na minha opinião, a aprência primeira. Algo que nós vemos como Belo, mas ao mesmo tempo com uma aparência bonita, ou não.
(Está difícil definir de uma forma bonita... Não me apetece pensar muito...)
A Estética da Beleza, é aquilo que nos é imposto por canais e anúncios e publicidades. É sem dúvida nenhuma o que o "FashionTV" nos dá. Aqueles corpos esculturais, as roupas exuberantes, mas que não me transmitem conteúdo nenhum. Eu sou o típico português. Atarracado, baixo, mais ou menos moreno e, como muitos já viram, um "bocado" cabeludo. Onde me enquadro nos padrões de Beleza que nos são impostos por uma sociedade que dá e sempre deu mais valor a uma aparência exterior, sobre as qualidades e virtudes interiores de um individuo?
Escusado será dizer que muitos dos padrões Estéticos de Beleza que nos são impostos, são ocos, que nunca conseguiriam entender a Beleza de um nascer do sol, de um momento de calamaria depois de uma tormenta. São esses momentos que são Esteticamente Belos. Roçam a perfeição.
A Beleza da Estética será então o oposto. Será então o olhar para Estética e chamá-la de Bela.
Será o olhar directamente nos Teus olhos e ver a Tua Beleza. Ver a Tua simpatia, a Tua ingenuidade, a tua delicadeza...






Este texto está imperfeito e será melhorado com a opinião de todos vós...

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Perdido...

Deambulo com os meus pensamentos e perco-me na minha cabeça...

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

À noite...

A esta hora, devia estar a dormir. Vou ter de me levantar cedo para ir trabalhar. Mas não consigo dormir contigo na cabeça. Uma frase do Vítor Espadinha numa música não me sai do pensamento... "Alguém escreveu o teu nome em toda a parte..." Não é que o teu nome apareça escrito espalhado por esse mundo fora, mas tudo me lembra e faz pensar em ti. Como me sinto frio... Como esta cama é grande só para mim.
Tenho sono, mas já não consigo dormir sem Te dizer que já preciso pensar em Ti antes de dormir. Já não consigo dormir sem dizer o Teu nome baixinho. ("confesso às paredes de quem gosto, elas conhecem-Te bem.")Sem dizer que Te adoro, sem imaginar que podia e pode ser diferente. Já não passo uma noite sem sentir a Tua presença no meu ser, sem Te sentir no meu coração e na minha alma. Já fazes parte de mim e não quero tirar Te do sítio onde te guardo.



Adoro-Te................... Dorme bem esta noite, meu anjo. Amanhã será um novo dia

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Estoy enamorado...

O coração, tem razões que a Razão desconhece…
Pois é meus amigos… Porque não podemos escolher como, onde e por quem nos apaixonamos?
Porque razão a nossa vida é controlada por impulsos sentimentais, que acabam por conduzir a algo completamente inesperado e por vezes nada agradável?
Porque razão, se a Razão sofre, sofre sozinha, mas se o coração sofre, faz sofrer todo o nosso corpo, a nossa mente, a nossa alma??
Amigos… Em verdade vos digo… Deixem de uma vez por todas de amar. Arranquem os vossos corações e tornem se autómatos. Vivam com uma pedra no meio do peito que vos pese no corpo, mas que vivam sem nunca terem conhecido nada mais. Sem alguma vez ter conhecido um afecto, uma carícia, uma palavra amiga. Só assim nunca sofrerão.
Quanto a mim, deixar me ei com esta coisa que bate no peito. Deixarei que me faça sofrer, que me faça amar……………………………………………………………….. Que me faça Chorar. Eu ficarei com o meu Coração e lá guardarei as carícias, os afectos, as palavras amigas. Lá te guardarei a Ti.
Conheço Te há tanto tempo, que parece que Te conheço desde sempre. E é a essa distância temporal que Te vejo e recordo, miúda, pulando, brincando. Como me pudeste fazer isto? Como fizeste com que me apaixonasse tão rapidamente? (Sim… Agora já digo que estou novamente enamorado.)
Ahhh…. A loucura dos Teus olhos, dos Teus lábios, da Tua face. As loucuras que me assolam o pensamento…
Sinto tanto a falta de um bocado de Amor. Sinto tanto a falta de um calor humano mais próximo. Sinto tanto a falta de um beijo…


Sinto tanta falta de Ti…

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Tarde...

Dr. Octavius disse : "If you wanna get to a woman's heart, write her a poem". Pois bem... Vou tentar...

O inverno chegou
disfarçado na frieza das suas palavras
o dia em que disseste que já não me amavas
chegou.
Tardei em perceber
que nada mais podia fazer.
Sina a minha de perceber sempre tarde.

Mas eis que as estações recuam
e chega o Outono no Teu olhar.
Fazes-me voltar a desejar.

Mas, de novo contigo
tarde volto a amar
não consigo desejar
ser só teu amigo.


Pode ser que um dia consiga fazer um poema de jeito, queiram os deuses ajudar-me com o engenho e a arte. Algo que de momento não me subeja... (Aceito feedback)

domingo, janeiro 30, 2011

Ayuda

"help comes when u need it the most / i'm cured by laughter".
Então porque preciso de ajuda e a minha ainda não chegou? E porque não sou capaz de me curar pelo riso? Eu bem tento, mas nem vontade tenho de me rir.
Mas ao pé de ti tudo muda. Consegues fazer-me rir. Consegues ajudar-me. Consegues...

Mas eu não consigo! Que se passa comigo? Porque é que só tu conseguiste fazer com que eu esqucesse 6 anos com tanta facilidade? Não estava nada à tua espera. Porque apareceste do nada? Porque não me ves? Porque sinto isto? Porque quero dizer o teu nome e não consigo?
Lembro-me vagamente de como é giro e bom termos alguém com quem podemos contar. Lembro-me ligeiramente da sensação de poder andar na rua de mão dada com alguém, abraçado a alguém. Eu queria isso de volta. Mas desta vez queria que fosse diferente. Queria que fosses tu. Queria saber que no final do dia eu soubesse que era contigo que ia estar, com quem podia contar, com quem eu ia rir e chorar. Tenho saudades de poder voltar a falar com alguém.
Já não aguento... "Falling in love again / this time is with u". Como pude deixar que isto acontecesse? Porque aconteceu?

sábado, janeiro 29, 2011

Preciso...

Esta porra não anda lá muito fácil...

Quando criei o blog, criei-o com a finaliade de fazer dele uma espécie de diário das minhas actividades. Com o passar do tempo, amadureci a ideia e, decidi fazer do blog uma espécie de apoio a alunos de literatura. Bem vistas as coisas, o blog passou a ser o meu espaço de desabafo. É aqui que me "exponho", que partilho com vocês os meus bons e maus momentos, mas é sobretudo aqui que, me liberto.
É neste espaço que me transponho, que liberto a minha mente e vos digo como sou, como me sinto, como penso.
Muito me tem agradado ver que as visitas subiram, que os comentários surgiram. Muito me tem agradado encontrar-me com alguns de vocês na rua e, saber que me acompanham nesta luta, que me apoiam.

Mas já não sei se quero continuar assim.
Começo a ficar farto de A ver distante. Começo a ficar farto de mim. Começo a ficar farto de querer e não ter, de querer e não conseguir.
Não preciso que me digam só que está tudo bem. Que estou melhor assim. Não preciso só de alguns comentários engraçados. Preciso de participações no jogo do Cadáver Esquisito. Preciso de comentários nos meus textos. Preciso de "porquês?", "como foi?", "o que aconteceu?", preciso muito de Ti.
Preciso do teu sorriso. Preciso dos teus olhos. Preciso muito de Ti.
Não imaginas como me fazes sentir.
Porquê?Porque temos de lutar tanto por algo que queremos? Porque não podemos só desejar e as coisas aconteceriam com a naturalidade de uma chuva que cai e nos molha o corpo? Porque os meus dias são mais alegres agora que te desejo, mas continuo a passar um incessante Outono que parece não ter um fim?
As minhas folhas começam a cair e preciso de um raio de Sol, preciso de uma Primavera que me faça florescer novamente.




Preciso de dormir...