sábado, novembro 17, 2018

My.. mine.. hers

Looking at this freaking huge, empty house is scary. Not scary like "Scary Movie" - I haven't got a dumb serial killer after me hiding behind the curtains - but like drama scary.

A physical emptiness can, may, and most definitively, will have repercussions in one's state of mind. One starts feeling "saudades".
That means that we start missing "when", "where", "why" or even "who", and this is me trying to come back to grammar.

But this time I began thinking about demonstratives. I was thinking about "My" ex-, and realised that these small possessive adjectives are quite difficult to teach. We do not have "adjectivos possessivos" and they always come before nouns. And they give a possessive characteristic to someone or something. But it's still always strange. Was he/she/it ever our possession?
So I jumped to thinking he/she/it was "Mine". Now, here, in this case, we do have possessive pronouns. And we can move them along inside the sentence. But in English they are used to show that something belongs to someone. So the "mother is mine", because they always follow the verb.

And she left because of that.. She was a "personal subject".. She knew she was no one's belongings. She was no object and I wasn't hers.

sexta-feira, novembro 16, 2018

Memories

I was going through that new thing in Facebook - "Memories" - and I came across with a very old one. The oddest thing is that when I saw it was from eight years ago, I started thinking of where, when and why and...

Wh- questions are sometimes hard to explain to students learning English as a Second Language. One might think it's easy, but we use it like socks.
Now go and try explain 12/13 year-old kids that where is for places and when is for time and why is reason and who is… who is just who. It's not an easy task.

I think that I was living near Rio Arunca at the time. That would be the WHERE. A place in town that leads us right to the river bank. And I don't mean the one where you save your Money even though that would still be a "where".
It was so many years ago I cannot actually remember. I was younger than I am today. I was dating a girl. I had just dropped university. I wrote something to her and that was actually the "memory". This may be the WHEN. The time I wrote the "memoir".
And the fuckin WHY I wrote the piece of shit just is out of my rememberance. I thought I was in love. Or am sure I was? And needed to let her know that. Why? I wasn't sure of anything and neither was she.

And the years went by. And a memory came to haunt. Are all memories a ghost? They may as well be, but I ain't no Ghostbuster to trap them down and recycle them. I live with those ghosts.. Some I can play with, others I...

quarta-feira, agosto 29, 2018

O Amor é cego (mas ainda tem idade)

Há anos… há muitos anos atrás, numa altura de felicidade relativa, de reis e rainhas, príncipes e princesas, o mundo era um conto de fadas e todos viviam cegos e seguros dessa felicidade relativa. Era a Idade da Utopia.
Eram tempos em que o Homem regia a sua vida segundo as leis dessa felicidade relativa. Podiam comer o que quisessem. Beber o que quisessem, pegar o que quisessem. E ninguém dizia nada. E um dia todos eram reis e rainhas, príncipes e princesas.
E as relações eram do mais honestas possíveis. Só se era amigo até um se fartar. E quando se fartasse, dizia e escolhia outro amigo. O mesmo se passava com os homens e as mulheres. Não havia matrimónio, nem igreja. Ninguém se casava. Não havia necessidade. Relações duradouras não existiam. A vida era como é, feita de experiências. E essas experiências levavam a partilhas quase obrigatórias de vivências, de pessoas. Mas não havia a noção de Amor. Ninguém amava. Seria essa a razão de todos viverem em felicidade relativa?


Mas um dia tudo mudou. Mas porquê? Como? O que se passou? Conta-nos!!

O que se passou?! Simples! A escrita apareceu. E os poetas começaram a olhar para lua e a chamá-la de amor. Olharam para as flores e chamavam por alguém que lhes aparecia distante. E viam riachos e ansiavam que a Lídia se sentasse à sua beira. E começou o sofrimento. O Homem começou a procurar companhia permanente. E apareceram os primeiros ladrões. Primeiro roubaram corações. Mais tarde roubaram bancos. Os reis e rainhas, príncipes e princesas não trocaram mais, antes trocaram entre eles.
E se antes o Amor não existia, como que quisessem que não nos esquecêssemos de tempos de felicidade relativa, foi nos dito que o Amor continua cego, que não escolhe cor, nem género, nem idade.

E então? Como acaba?


Acaba quando de vez em quando nos cruzamos com uma dessas pessoas. Alguém que amamos e que nos ama de volta sem conhecer a cor da nossa pele, mas antes a cor da nossa alma. Sem olhar para o nosso género, mas antes para o tipo de confiança que transmitimos. Que nos diz que a nossa idade é a idade da vida que quer passar connosco.


Que bonito!


É mesmo? Terei contado isto bem ou a história é ao contrário?

terça-feira, fevereiro 27, 2018

Palavras, leva-as o vento



É difícil. Nem imaginas o quanto! Achas que podes fazer uma ideia, mas não sabes. Não consegues medir. Não há racionalidade nenhuma, nem ciência, nem medida que possa sequer dar uma ideia do quão difícil é.
Escrevo-te agora o que há muito me havia prometido dizer. Mas não sei se seria capaz de te dizer o que me preparo para te escrever. Frente a frente, não diria nada do que devo. E ficaram algumas coisas por te dizer.
Se não fui capaz de te entregar o teu presente, por alguma razão foi. Foi por não ser capaz, nem querer estar junto a ti. Por saber que ia tremer. Que me ia engasgar, sufocar, acelerar o coração, enervar-me e apaixonar-me novamente. Sim!!! Apaixonar-me! Deixar que me cativasses novamente. Baixar a guarda e levar novamente o rude golpe. Aquele golpe de misericórdia que antes faltou.

Escolhi esta música por serem estas as palavras que devia ter dito e não cheguei a dizer. Não que agora façam qualquer tipo de diferença. Mas pronto... Também sou lamechas e gosto da música.

segunda-feira, fevereiro 26, 2018

Em 1343

"Às vezes o Amor..." faz parte da letra e da canção com o mesmo nome de Sérgio Godinho.

Acontece com facilidade e alguma frequência, até. Aquela ideia de paixão, felicidade e "até que a morte os separe" começou a fazer parte da imaginação e mesmo dos sonhos. Começa a ser algo cada vez mais dos contos de fadas do que da realidade.

Faz alguns anos - alguns mesmo - a epifania atingiu-me! Chegou de mansinho, colocou um pé à minha frente e empurrou pelas costas com tal força que caí estatelado. Mas foi essa mesma queda que fez com que a ilusão se tornasse realidade.
Primeiro vi que é pelas costas que a vida chega. Ou para nos dar o empurrão que faltava, aquela coragem que não sabíamos que existia, ou para nos empurrar em direcção ao abismo. De qualquer das maneiras, é sempre pelas costas.
Em segundo lugar, serviu para ver que o desejo é fútil. Só ama que não tem mais nada que fazer! Mas também só se apaixona, quem tem coragem para isso. E a minha foi-se..

A última vez que me apaixonei foi em 1343!