quinta-feira, setembro 29, 2011

A pior das sensações

Tem acontecido frequentemente nos últimos dias... É horrível. Uma sensação indescritível.Nesta última semana, de cada vez que chego à cama, as ideias, os pensamentos e sentimentos, assolam-me. Apoderam-se de mim e não me deixam descansar. Não me deixam fechar os olhos. Se os fecho sinto-me envolvido por milhares de coisas diferentes, por sentimentos tão contraditórios como desespero, amor, saudade, ódio, tristeza, pena...
Sei qual é a solução para isso. Já a tinha encontrado antes e já a tinha usado antes. Mas não quero voltar a fazê-lo. É contra as minhas regras. E a solução é temporária. Esgota-se no dia seguinte, ou na noite seguinte e tudo volta ao mesmo.
Ainda assim, por muito que me custe, no dia seguinte, em vez de tomar uma atitude, em vez de tomar uma posição, resigno-me e não faço nada. Deixo que continue tudo na mesma.
As minhas forças esgotam-se no momento em que regresso à minha condição de pensante, no momento em que a noite cai.

E que fazer para isto acabar? E se fizer alguma coisa e tudo se mantiver na mesma? E se as sensações se mantiverem na próxima noite?

sábado, setembro 24, 2011

Over the rainbow...

Correram e correram ainda mais um pouco, até que finalmente se encontravam no inicio do arco-íris. Mas tiveram medo.
Ouviam vozes e quando se aproximaram para ver de onde vinha o som, depararam-se com duas criaturas.
Eram semelhantes a eles. Ele era pouco mais baixo do que os meninos. Se falássemos só de alturas, deveríamos dizer que ele teria a idade deles, mas possuía uma barba castanha, comprida e cerrada. Ela era ainda mais baixa, mas as suas feições também a tornava muito mais velha do que o que os meninos inicialmente imaginavam.
Aproximaram-se com muito medo...

segunda-feira, setembro 12, 2011

From a letter...

"Há algumas noites atrás, sonhei que íamos os dois jantar fora.
Antes de chegarmos ao restaurante, cruzaste o teu braço com o meu em sinal de cumplicidade e deste-me um beijo na cara. (Ou pelo menos acho que foi na cara.) Eu respondi-te com um beijo na testa e entrámos logo de seguida no restaurante!
Assim que nos sentámos à mesa, ouvi alguém, no sonho, a chamar o meu nome e eu acordei do sono e do sonho. Desejei voltar a adormecer e acabar o sonho, mas não consegui."

quinta-feira, setembro 08, 2011

Há tanto tempo...

Há tanto tempo...
“Não sei
Quantas vezes ouvi eu da tua parte essa expressão "não sei"... Não sei se posso, não sei se dá, não sei se estou, não sei se vai dar, não sei se vou, não sei se fico, não sei que diga, não sei que faça, não sei que pense, não sei se gosto...simplesmente não sei....
Talvez esta mania de usar constantemente a expressão "não sei" seja uma coisa que se pegue....
Hoje quem não sabe sou eu....
Não sei se te amo se te odeio... não sei se rio se choro... não sei se choro por ti, se choro por mim... não sei se espere...não sei se desista...não sei se continue...não sei se lute...não sei se esqueça...não sei se vá à luta... Não sei que diga...não sei que faça....
Simplesmente não sei...”
Verdade. Não sei mesmo. As únicas certezas que tenho são estas pequenas contradições que nos perseguem todos os dias. Todos os minutos, todas as horas. São contradições que nos regem. São elas que nos indicam o caminho a escolher. Quando nos perguntamos pelo caminho a seguir, perguntamo-nos se será este ou aquele e, é as escolhas que fazemos que nos define. É com estas escolhas que teremos de viver. São elas que nos moldam, que nos tornam melhores ou piores pessoas.
Portanto, menina Pipita… Escolhe!
Deixemos de nos perguntar “e porque não”, para usarmos o “porque sim”. Não existe um “não,sei”. Só existe o sei! Sabemos bem quais as nossas escolhas. Sabemos bem o que devemos fazer, por muito que nos custe. Não sei se devo ir ou devo ficar! Sei perfeitamente que devo de ir. Sei bem que não posso ficar. Se ficar, se deixar de ir e não correr, vou deixar o presente e o futuro escaparem-se mesmo à minha frente. Nas palavras da tua amiga… “ A vida... A vida? Tem que continuar firme!
Resiste ao passado.
Insiste, persiste e existe no presente e irá ter resultados num futuro próximo.”
Nada mais verdade. Vamos deixar de cometer erros?! Não conseguimos. Somos errantes neste nosso percurso mundano. Erramos tantas vezes ao longo da vida. Mas são estes erros que nos impedem de voltar a cometer os mesmos. Ainda assim continuaremos a errar.
Olha para mim… Errei tanto! Fiz os meus disparates e as minhas asneiras. Mas não me permitirei a cometer os mesmos disparates. Construirei eu, o meu próprio futuro com base nos fracassos e nas escolhas de caminhos errados que possa ter tomado.
"E quanto ao passado, por mais triste que seja, é sempre muito mais seguro que o presente , porque o conhecemos. E tu és igual a mim, precisas de dominar a realidade e uma pessoa só pode dominar o que conhece. Não me cabe a mim nem a ti decifrar o futuro, apenas ao tempo... e nós devemos viver o tempo, marcar o tempo, sentir o tempo, pasmar o tempo e acima de tudo partilhar o tempo."
Sim. A primeira frase é verdade. O passado é muito mais seguro. Mas é seguro por isso mesmo. Por já ter acontecido. Por já sabermos, agora, que na altura teríamos feito as coisas de maneira diferente.
Mas é essa a beleza das coisas. Pasmar o tempo, marcá-lo e partilhá-lo. Mas não devemos nunca tornarmo-nos meros espectadores. Devemos olhá-lo, mas acompanhá-lo. Seguir o caminho que nos indicar, ou escolher outro menos batido. Mas de passo firme e ideias definidas.
Não deixemos nunca de fazer o que queremos, ou de dizer o que queremos. Será então, no presente, ou no futuro que pensaremos no passado e nos questionaremos o porquê da decisão errada de deixar passar o tempo sem o olharmos, sem o tocarmos. De que nos adianta o medo de uma reacção. Na gíria diz-se: “há cinquenta porcento de hipóteses. O sim é garantido”. Se a minha vida dependesse dessa média, acredita que jogava o dado. De que me adiantaria não jogar?! Estaria a pasmar o tempo, mas deixá-lo-ia passar por mim,
Isso não é viver.
Arrisquemos. Ofereçamos a nós próprios uma oportunidade de sermos e termos o que quisermos. Sejamos felizes com as nossas escolhas.
Quando, nas nossas vidas, encontrarmos bifurcações, escolhamos a que nos parecer menos escolhida. São esses os caminhos que nos trarão as maiores aventuras. São esses caminhos que nos farão crescer enquanto seres humanos. São esses os caminhos mais difíceis, mas que nos levarão onde queremos.
Não digamos nunca mais “não sei”. Digamos “sei”. Arrisquemos no que nos surge pela frente e teremos a certeza que a tristeza será suplantada pela felicidade de cairmos e sermos capazes de nos levantarmos mais fortes do que nunca! Mas não nos sintamos obrigados. O Livre Arbítrio pertence-nos!!

Obrigado Pipita e amiga pelos dois pequenos textos. Há tanto tempo que andavam para andar

quarta-feira, setembro 07, 2011

Desculpa...

Desculpa piquêna...
Sinto que te ando a enganar com o Arco-Íris.
Sim... Realmente era para o ter escrito nas férias. Ainda andei de roda disso. Mas também te disse para que serviriam as minhas férias... Para Pensar. E foi isso que fiz. Durante as férias, cheguei a uma conclusão estranha. Andava a escrever, mas não era por mim. Andava a escrever por ti e não podia deixar que isso acontecesse. Se escrevo, se vou acabar o conto, tem de ser por mim.

Sendo assim, estabeleci outras prioridades e o conto é uma delas, mas não a primeira. Daí que há já bastante tempo que nem sequer olho para os rascunhos que fiz. Há muito que nem sequer me ocorrem ideias para terminar as peripécias que te tinha dito que faltavam.
Espero que não fiques "muito" triste! :P

Mas não está esquecido! E entretanto volto a publicar mais um excerto ou dois.

(E não me esqueci... serás sempre e sem dúvida a primeira a ler a obra completa)
Still looking for the right word. The right phrase. The right thing that will make you "click".
I know there is something out there!!