segunda-feira, março 28, 2011

Sem título

Tenho quase 30anos e hoje fui ao cinema sózinho.
Já sabia qual seria o filme. Inicialmente julgava um, mas depois dei conta do meu erro e acabei por até gostar do filme. (a propósito, a Natalie Portman é mesmo uma belíssima actriz).

Ora, até aqui tudo bem. Também que seria que o filme seria uma comédia romântica. Só nunca pensei que o filme me fizesse despertar certos pensamentos, mas sobretudo, sentimentos.

Vejamos. Os pensamentos que me despertou, foram sempre da mesma índole. Relações... Sejam elas amorosas, de amizade, ou de outro tipo qualquer. "sometimes, the person you least expected, becomes the person you needed the most". Por vezes a pessoa que menos esperas, torna-se na pessoa que mais precisas. Pois é... Este foi o sentimento que despertou em mim. A pessoa que menos esperei, torna-se agora numa das pessoas de quem mais preciso. Preciso de uma mensagem sua, de um olá seu, de um olhar seu.
Como alguém me disse, o amor surge à custa de muita convivência. É verdade. assim se passa no filme. Claro, com as suas muitas peripécias pelo meio, pelo "friends with beneficts", pelos amigos coloridos, pelo sexo sem compromisso. Não quero com tal dizer queseja isso que desejo. O que desejo mesmo é essas mesma convivência. O que desejo mesmo é que ela seja o meu castelo, a minha fortaleza. Preciso tanto de alguém com quem possa voltar a falar. Preciso tanto de uma nova amizade.
Ao longo do filme a ideia que nos é transmitida é a de que um desejo latente já existiria nos dois, se ebm que nem um nem outro desejaria tanto deixar transparecer esse memsmo desejo. As peripécias vão-se sucedendo, culminando com um acordo mútuo que nem um nem outro será capaz de respeitar.
Como sempre, a ideia de que o homem dará o primeiro passo no começo de algo mais está presente na história e, assim acontece. Será o personagem masculino o primeiro a dar esse primeiro passo, sem no entanto obter a resposta desejada. Claro que "all is well, when it ends well" e, mais uma vez, tal se sucede. Ocorreu-me, então, por esta altura que talvez esteja na hora de eu ser um bocado mais persistente. Talvez esteja na hora de eu arriscar uma maior "convivência", talvez esteja na hora de eu voltar a levar "tampas".
Levei tantas durante a minha adolescência que lhes perdi a conta, mas sempre me levantei e recuperei das quedas. Talvez esteja na hora de voltar a cair.

QUERO A MINHA FELICIDADE DE VOLTA!!! E estou a caminhar para lá. Sinto-me mais alegre. Sinto-me mais vivo. Sinto-me...
Quero mesmo trocar-me por um beijo, mas à falta desse beijo, quero trocar-me por palavras. Quero voltar a ter um(a) confidente. Quero poder precisar de uma palavra de amizade ou de conforto e saber bem onde a posso ir buscar. Quero saber que a posso ir buscar em ti.
Quero-te procurar no escuro em que se começavam a tornar as minhas vivências e saber que me iluminas com sábias palavras, ou que com o teu silêncio me indicas um novo caminho.
Quero uma resposta aos meus anseios e devaneios. Quero que me digas que afinal eu não estou apaixonado por ti. Quero que digas que estou. Quero que digas que posso. Quero que digas que não posso.

QUERO... QUERO...QUERO...QUERO...

quinta-feira, março 24, 2011

From the Book II

E de repente, aquelas palavras gelaram o seu mundo. Eram palavras vindas directamente das mais remotas calotas polares. E fizeram-no pensar no seu mundo. Todos os seus problemas pareciam insignificantes perante este novo desafio que se lhe era apresentado.
Era difícil. O seu Castelo de Cartas, que tanto tempo e trabalho lhe havia dado a construir, ruía agora, perante a sua impotência.
Que fazer? Como refazer toda a sua construção? Como se reconstruir? As perguntas impunham-se à medida que ela continuava a gelar tudo com as suas palavras. "Eu já não te amo. Foste simplesmente um acidente de percurso." Como podia aquilo estar a passar-se? O que iria na cabeça dela, que a fizesse mudar tanto em tão pouco tempo?
As perguntas entupiam a sua cabeça, ao ponto de, já não a conseguir ouvir a falar e não entender nada do que ambos dissessem.
Os termómetros marcavam 0 graus, mas depois de tamanha baldada de água fria, nada mais lhe parecia frio a não ser a sua alma. Tinha gelado depois de ouvir as suas palavras.
Todos os seus pensamentos lhe fugiam para lugares remotos, de temperaturas amenas, para sítios que pudessem descongelar o que acabavam de lhe congelar.
Só conseguia pensar em termos de escuridão, de névoas, de futuros incertos... de morte! Por mais que tentasse encontrar no seu íntimo, praias paradisíacas, as únicas imagens que lhe atravessavam a mente, eram imagens de momentos de êxtase que havia passado com ela. Só pensava na noite anterior, em que, ele achava, se tinham amado. "A noite passada não significou nada para ti?" "Nem por isso. Não é preciso haver Amor para ir para a cama com alguém!"
Foi nesse exacto momento que as suas gélidas palavras lhe arrancaram o coração, com a crueldade com que um carrasco puxa a cadeira a um enforcado. Foi nesse exacto momento que a ideia que tinha construído em redor dela se desfez. Foi nesse momento que deixou de se sentir, deixou de sentir calor, virou costas e desapareceu.

Tinha de chegar a casa o mais cedo possível. Tinha de se refugiar naquele sítio que sempre lhe transmitira a segurança de uma cidade muralhada. Tinha de chegar ao seu quarto. E à medida que se aproximava dessa sua impenetrável fortaleza, começou a refazer o seu futuro.
Começou a pensar em tudo o que tinha deixado por ela. Nos amigos, nos locais e em tudo mais.
Assim que chegou ao seu santuário, deixou-se inebriar pelas recordações que aquele espaço lhe trazia, fechou os olhos e dormiu. Amanhã seria um novo dia.

terça-feira, março 22, 2011

Troco-me...

E agora? Será que já me posso apaixonar? Haverá algum limite de tempo, imposto por um pacto social secreto, que defina o limite temporal que, vá desde o fim de uma relação, ao inicio de outra?
E se há esse limite previamente pré definido, qual é?
É que já começo o ver os teus olhos de mel como um anseio final que me atola em ti! Já começo a desejar um contacto maior. Já começo a desejar selar este meu desejo com uma troca.

Troco-me por um beijo teu!
Que te parece?

domingo, março 20, 2011

Esses teus olhos de mel

Hoje, mais uma vez, deu-me a vontade de escrever. Graças a Deus...
Há tanto tempo que não me saía nada da cabeça. Sentava-me ao computador, com os dedos em cima do teclado e não escrevia nada. Nem com as músicas que tanta vontade me dão, nem com os meus cigarros a meu lado, nem contigo na minha mente!
Mas, eis senão, que num ímpeto guerreiro, me sento e os dedos começam a sua incessante tarefa de escrever mais um texto.

Desta vez, escrevo diferente.
Quero que saibam que a paixão que talvez sentisse por determinados olhos de mel, não era mentira. Era sem dúvida uma paixão. Mas não deixava de ser uma paixão Platónica. Um platonismo presente em todas as minhas paixões. Sempre amei o que nunca cheguei a ter. (Triste sina a minha) E agora que desejo, mais uma vez não tenho.
Acho que, como alguém disse, durante algum tempo foi a ideia de paixão que tomava conta de mim. Agora vejo que isso era a mais pura das verdades. Era a ideia construída em torno de uma pessoa, de uma imagem, de uma palavra que me fazia desejar mais um dia, que me fazia querer mais do que tinha, que me fazia desejar mais do que podia imaginar. (Acho que me enganei foi na pessoa)
Sou uma pessoa de paixões. Como digo num post anterior, os homens são muito fáceis de se apaixonarem. Basta um olhar diferente, uma palavra diferente no momento exacto e ficamos logo de queixo caído.
É isso que me acontece. Sou um romântico por natureza. Que fazer?

São os teus olhos de mel, que me fazem querer ser urso. São os teus olhos de mel que desejo na escuridão da noite. São os teus olhos de mel que desejo ver todos os dias, de manhã à noite! São os teus olhos de mel que me saciam a fome e me adocicam a vida! São os teus olhos de mel...

És tu que eu procuro para me apaziguares as dores. És tu quem eu procuro para acelarares a minha vida.


É EM TI QUE PROCURO CONFORTO...

segunda-feira, março 14, 2011

O Amor surge como uma força que nos rebenta o corpo por completo. Nunca esperamos que apareça. Nunca queremos que apareça e, ele aí está para nos mostrar a nossa fragilidade sentimental.

O porquê de sermos assim tão frágeis? O porquê de necessitarmos tanto desse sentimento, que nos devora o corpo e a alma como um veneno sem cura?
Nunca me imaginei apaixonado! Sempre achei que fosse mais forte do que tudo e todos. Sempre achei que nada me podia deitar abaixo. E com estes novos sentimentos que vêm surgindo, dou conta do quão frágil eu sou. Dou conta que não mais me encontro protegido pela redoma em que me coloquei. Estou vulnerável. Sou vulnerável.
Isso não é bom.
Quero a minha vidad de volta. Antes de tudo. Antes dela e de Ti! Não quero voltar a sentir. Quero novamente a minha redoma, onde possa estar em segurança, onde sei que nada me atingirá. Onde sei que estou só e não tenho mais nada com que me preocupar.
Onde sou só eu e os meus cigarros e as minhas músicas e mais ninguém.

Preciso mesmo das minhas férias. Preciso mesmo da "minha" Serra.

Preciso tanto que alguém dê pela minha falta!!! Será isso egoísmo? Egocentrismo? Acho que nãqo, mas alguns de vocês até podem achar isso.
No meu ponto de vista... Às vezes basta um OLÁ! Sabemos logo que somos lembrados!!

sábado, março 05, 2011

images and friends

Passo-vos uma imagem, para imaginarem como me sentia e sinto.
A Rotunda do Arco do Triunfo em Paris, é uma das mais movimentadas de todo o mundo. Uma das coisas que queria fazer e hei-de fazer, é estar lá, em plena hora de ponta. Sentir todo aquele movimento, aquele borbulhar de stress diário e sentir-me Só no meio daquela movimentação toda. Sentir toda a vida a passar mesmo diante dos meus olhos e só ficar quieto a apreciar a imagem. Após esta fotografia, viro costas e, sei que sairei melhor, mais contente, mais alegre, mais forte.



Tem sido difícil. Não digo os últimos meses, mas os últimos 10 anos. Foi complicado abandonar o liceu. Acho que na altura não estava preparado. Deixei amigos, actividades, despreocupações. Deixei mauita coisa para trás.
Contudo, nem tudo foi mau. Cresci enquanto ser humano. Tornei-me neste "kisch (?) writter". Conheci novas pessoas, fiz novos amigos, mas sobretudo, descobri novas sensações. A faculdade foi óptima.
Aninha... Foste e és das pessoas mais especiais e maravilhosas que conheci.
Rapha... Grandes matinés nos nossos percursos ferroviários.
Pan Pan... Grandes manhãs no Couraça.
Zeca Afonso... Ainda estou à espera que me entregues o guião do teu filme.
KasMicael... Que dizer? Nada! "vai-te foder", pode ser.
Sara Valentina... Obrigado pela amizade. Apesar da distância, sempre soubemos que são amizades que durarão uma vida.
Padrinho... De ti só boas recordações.
Bunny... Viva a Linguistica Inglesa.

São tantos e tantas. Perdoem-me os que não menciono. Têm sempre o espaço para os comentários para se fazerem lembrar mais uma vez.

From the book

"Via agora à distância do tempo que não tinham nada para ser felizes. Ele nunca a conhecera verdadeiramente, assim como ela não o conhecera a ele. Simplesmente os seus caminhos haviam-se cruzado e, como dissera alguém muito sábia: “tinham tido um passado em comum”.
Foi um passado de relativa felicidade, com os seus momentos de altos e baixos, mas quem não os têm?
Tinha agora a noção de que nunca quisera muito lutar por ela. Havia chegado o ponto de “sem retorno”. Já nada havia a fazer. Achava que durante algum tempo ainda tinha andado iludido, de sentimentos confundidos, com a esperança que ainda a amava. Mas andava a iludir-se para quê? Com que finalidade? O que poderia ele querer que ela tivesse para lhe dar? Muito pouco.
No entanto era obrigado a dar o braço a torcer. Se ansiava revisitar sítios, a ela o devia. A ela devia algumas das amizades que surgiram. A ela devia alguns momentos de felicidade, maravilhosos, espectaculares mesmo.
Sim… Era-lhe difícil esquecer as pessoas. Familiares e amigos seus eram esse exemplo, havia anos que tinham deixado de fazer parte da sua vida, mas ainda pensava neles todos os dias. Também ela o faria pensar todos os dias, mas durou pouco tempo. Contudo, ela não o faria pensar mais na pessoa, mas nos momentos e espaços. Fazia-o pensar em férias, em locais, em pessoas. Mas só em alguns desses pensamentos, ela lhe surgia.
Não a censurava pelo que tinha dito, ou pelo que tinha feito. Aconteceu. Tinha que acontecer. Não se arrependia do que tinha feito, ou do que tinha dito, mas sabia que teria feito algumas coisas de maneiras diferentes. Ainda assim, por mais que pensasse, não saberia nunca o que teria mudado. Sabia que tinha valido a pena. Tinha aprendido tanto com ela.
Tinha redescoberto uma enorme paixão pela vida e pelas suas simples coisas. Um cinema, uma noite com os amigos, um dia em casa, uma noite de temporal, uma paisagem, um cigarro pensativo no canto da boca. Tudo isto agora lhe transmitia novos prazeres, novos sabores. Havia redescoberto, que devia viver toda a sua vida ao máximo, mas sabia que devia impor em tudo o que fazia tudo o que era, toda a sua vontade. Toda a sua paixão por tudo."

sexta-feira, março 04, 2011

O jogo da Descoberta

Descobri que afinal os meus amigos e não só, até dão uma vista de olhos neste meu espaço.
Continuo com pena que não participem no Jogo do Cadáver Esquisito (post de Novembro de 2006 com o título de Literatura). Mas não faz mal. Sem stress.
Agora vou-me vangloriar… Com tantas pessoas a tecerem tão rasgados elogios à minha escrita, começo a convencer-me que talvez tenham razão. Obrigado.
Quando comecei este blog, a ideia não era particularmente esta, como já disse anteriormente.
Mas não consigo fazer com que ele sirva a sua finalidade primeira.
A minha mente, os meus pensamentos, são constantemente assolados por ideias de textos, de autores que me influenciam, de locais que revisito mentalmente, mas sobretudo, por palavras que me são dirigidas, a mim e à minha escrita. Todas estas pequenas coisas, só me dão mais vontade de escrever.
Contudo, de novo, impõem-se a temática de um novo excerto de palavras soltas.
Eis, senão que, penso nesse grande médico e poeta, Adolfo Correia da Rocha (Miguel Torga).
Torga, ao longo do seu percurso passou por cinco fases distintas poéticas. A que mais me interessa de momento será talvez a sua última. A fase do seu reencontro com Deus. Do seu reencontro consigo próprio.
Acho que talvez tenha chegado esse momento. O momento de me reencontrar comigo próprio. “A aparição de mim, em mim mesmo”. Não quer dizer que tenha recuperado a minha religiosidade, long gone, mas quer sobretudo dizer que me encontro numa paz interior, que já há muito não era por mim sentida.
Essa paz de espírito, de repente torna-me mais lúcido e com uma vontade de escrever sobre outras coisas e outras pessoas.
Não, não estive na “minha” Serra a recuperar forças, mas lá irei. (LESTE CARLOS… LÁ IREI!!!)
Mas matei saudades assim que a minha escrita para lá me transportou.
Agora as coisas.
Sou da opinião, que não vivemos realmente uma crise. Vivemos sim em medo. Explicando: antes de todos estes problemas económicos e sociais que vão assolando o nosso belíssimo país, eu chegava ao final do mês com determinado valor em € na minha conta. Agora chego ao final do mês com esse mesmo valor menos alguns euros, mas muito pouca diferença. E não deixei de fazer nada do que fazia antes.
Ora então, eu só posso deduzir, que se eu consigo, e não sou rico, outros também hão-de conseguir. Resta não termos medo de gastar dinheiro. Calma… Não nos vamos todos pôr para aí a gastar a “torto e a direito”. Não, nada disso. Mas tentem, nem que seja só um mês fazer o que vos digo. Não se privem de um jantar fora, de um cinema, de uma saída com @s amig@s.

Vejam se no final do mês a diferença é assim tão relativa.


(Este texto está um bocado imcompleto, mas com algum tempo lá chegarei)