quinta-feira, novembro 12, 2009

Literatura

Vamos fazer um jogo...
O jogo do cadáver esquisito.
Este é um jogo muito usado com estudantes de literatura. Serve para mostrar que muitas das vezes o processo criativo de um poeta não é tão doloroso ou penoso quanto possa parecer.
Um dia servir-me-ei deste espaço para ensinar mais a todos. E se algum dia me enganar........ que eu seja corrigido.

Passemos às regras do jogo. Este consiste em construir um poema. Cada um de nós dará uma frase e só UMA frase. Não interessa o que escrevem, desde que seja uma frase, nem interessa sobre o que escrevem. No final veremos o resultado. Lógico que isto teria muito mais interesse se fossemos escrever a nossa frase sem conhecer a frase dos outros, mas assim terá de servir. Espero que se divirtam a ver o nosso resultado final. Se optarem por não escrever a vossa frase, terei de o fazer sózinho (uma frase por dia, talvez) e verei eu o meu resultado. Mas preferia que isso não acontecesse. (Beto, se vires isto, chama os teus amigos para a brincadeira). Começo eu:





Serás giesta

"help comes when u need it the most; i'm cured by laughter"

"help comes when u need it the most; i'm cured by laughter".
"A ajuda chega quando menos precisas, curo-me pelo riso" Que bela verdade. Tenho mesmo de rir para não chorar.

A vida é um caos... apetece-me dizer asneiras... Puta que pariu o gajo que inventou a vida. Para que andamos cá se não só para sofrer?
O menino Jesus quando se ofereceu para ir para a cruz para redimir todos os pecados da humanidade, esqueceu-se de avisar que todos os que viessem a seguir também teriam de passar pelo mesmo. Se ele tivesse avisado, de certeza que os outros não o tinham entregado...


Mas pronto... Quando me dão estas diarreias cerebrais, lembro-me da minha mãe, minha maior amiga, dos meus colegas do PD, todos meus amigos, da minha irmã, minha confidente. E regresso ao meu "habitat" natural. Volto a ser eu. Sempre a brincar, sempre bem disposto e disponivel, sempre teso, mas alegre e com a certeza de que se eu estou mal é porque ajudei alguém a ficar melhor. Isso serve-me de consolo...
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E tu?
És diferente.
Quando te conheci, não vi nada de especial. Vi apenas uma maluca sem jeito. A ideia com que fiquei de ti foi a de que um dia serias a minha melhor amiga...........(colorida)......................E assim foi. Lembras-te de sairmos da aula? E o que fizemos depois? Lembras-te do que te disse? Eu lembro! Lembras-te do que te disse antes? Eu lembro! Lembro-me de tudo...
Lembro-me até de te ter dito que te amava. Mas já era tarde. É esta a minha sina... Chegar sempre tarde. E depois perdi-te, como perdi tudo e todos naquele tempo. Mas o desejo foi crescendo até ter rebentado e se ter tornado, infelizmente, num sonho, que já não sei se foi real ou imaginário.
Como eu gostei de ti, nem o melhor dos românticos o poderia descrever. Como eu te amei, nem o melhor pintor pode desenhar!
Mas passou.
Acordei do meu sonho, e depois de ti a minha vida foi um pesadelo........

Cigarros

Depois do tu, vem o você....... Tava a brincar...

Acendo outro cigarro e deixo-o no cinzeiro. Deixo-o até se apagar e não lhe toco. Mas vejo-o sem deixar de me espantar. "Conheci-o" muito novo e acompanhei toda a sua vida. Desde o momento em que se acendeu até ao momento em que se "apagou". E penso... Não seremos todos uma cambada de cigarros?! Todos somos acendidos e temos uma vida "mais curta que comprida"! Eu comparo-me a este cigarro que fumega sózinho ao me lado, estendido no cinzeiro e dá-me vontade de o salvar, de o apagar, de lhe dar mais uns momentos. Mas gelei, já não sinto essa necessidade de me compadecer com os outros. Quem se compadece hoje em dia? Porque haveria de ser diferente? E se fosse eu o cigarro? Quem me apagaria e daria mais uns instantes de vida?
E então o que faço? Ajudo a acabar com o seu sofrimento. Pego nele, dou-lhe uma passa e tiro-lhe mais um minuto de vida. Não somos todos assim?!

"I see you falling, how long to go, before you hit the ground?" (Eu vejo-te a cair, quanto tempo até bateres no chão?) Afinal o Tim Booth tem razão. Mas que fazer? "Gotta keep faith that your luck will change". Mas quando mudará?
Espero que na segunda! A vida sempre me correu mal. Tá na altura de os outros deixarem de me "dar passas" e eu possa ter mais uns minutos....

Tu

Os James são brutais...

Sento-me ao computador para trabalhar, a ouvir estas belas músicas de estilo indie e dou por mim com uma enorme vontade de escrever... Mas eis que mais uma vez, algo se impõe... Escrever o quê? Sobre o quê?








TU...



Como deixámos as coisas chegarem onde chegaram? O que não fizemos? Se soubesses como te amei!! O nosso Verão... O meu Verão... É sempre no Verão. Tu chegaste de rompante. Conheci-te naquele aniversário e não mais nos largámos. Contaste-me toda a tua vida. Saímos juntos e conhecemo-nos. E se calhar esse foi o meu erro... Conheceste-me e abandonaste-me. Ofereci-me a ti e partiste, para no ano seguinte voltares mais fria do que nunca, para te teres esquecido...
Não olhaste para mim, não falaste para mim... De tantos, porque te meteste comigo? Log eu?
Eu que tenho esta facilidade de me magoar, esta facilidade de amar e ser deixado para trás..
Depois acabou. O Verão terminou, tu voltaste e eu fiquei...

Mas hoje tudo terminou. Digo te que te esqueci... Que se não fosse esta música nem me lembraria de ti, mas te garanto que não ma farás sofrer mais...
TU............. Já não ÉS.................................... ERAS

terça-feira, novembro 10, 2009

Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje


"O dia em que naci, moura e pereça"



Bem que tava para só escrever amanhã, mas apeteceu-me escrever hoje!
Estou a ouvir James e dá-me esta cena. Fumo uns cigarros, assobio e não me sai mais nada para escrever.
Mas enquanto fico, as ideias surgem e a escrita flui!

Hoje apetece-me falar de ti...
Já não és a mesma... Lembro-me bem de ti, mas nunca te vi. Conheço-te e nem sabes o meu nome. Quis-te e para ti sou o conhecido amigo da mana da amiga da outra que não te lembras bem que é...
Mas no dia em que soube de tudo, redescobri-te a ti, criança, pedindo boleia na berma.

Acendo mais um cigarro e deixo-o a pensar no canto da boca....

Eis então que passo e sou eu que já não te conheço, criança ávida de boleia, encharcada em sal.
Paro e sem que diga nada, pedes para entrar. Eu deixo, mas ficas na porta, longe, distante de todos e pedes um pouco de amor e calor. Já sequei. Não tenho nada para te oferecer. E voltas a chorar... Deixo te e afasto-me sem te pedir para entrar... e choras mais... Mas eu sequei...
Ofendes-me e pedes mais! Mas agora sou eu que te deixo.
Magoaste-me...
Deixo-te, mais uma vez, quase que me volto. Digo-te que cresças, mas longe. Digo-te para te criares, mas afastada. E sussuro, para que não oiças "já não te desejo!"



"moro no rés-chão do pensamento/e ver passar a vida faz-me tédio"
Vale uma mini ou àgua, se for o beto a ler isto, a quem acertar no autor da frase supra...