quinta-feira, julho 19, 2007

História da Carochinha

“Esta história é ficcional. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência”

Pombal… Essa bela localidade, situada entre Leiria e Coimbra. Cidade onde abundam os espaços verdes, verdejantes, mesmo no centro da cidade e em toda a zona envolvente da cidade. Onde predominam os apoios a crianças, jovens, adultos e idosos, a amarelos e a negros, a rosas e a laranjas e onde todas as actividades são destinadas a estes. Cidade de inúmeras actividades culturais, que não acontecem só numa altura do ano. Actividades realizadas em espaços abertos onde se pagam quantias razoáveis e acessíveis ao “Zé Povinho”. Cidade de apoios à educação em que não se fecham inúmeras escolas e onde se criam condições para que os nossos filhos tenham aquilo a que têm direito. Pombal é a cidade em que os nossos governantes não se servem da política para lavarem a roupa suja dos seus opositores e vice-versa. É a cidade onde todos lutam por uma “res publica” de qualidade. Pombal é o sítio onde todos querem morar, onde ninguém fala mal de ninguém e todos se tratam como amigos ou mesmo como irmãos. E a discriminação?! Isso é algo que também não existe nesta cidade. Nesta cidade criam-se infra-estruturas para todos, e não só para uma etnia minoritária. E mesmo essas infra-estruturas não permitem a segregação social. É a cidade onde se gasta pouco ou nenhum dinheiro em rotundas, onde estas são funcionais e necessárias e não são embelezadas com estátuas “abstractas”, mas sim com bustos grandes dos grandes Mestre Gualdim Pais, do Dr. Mota Pinto, do Marquês de Pombal, que bem merecem a homenagem do município. É a cidade dos museus dada a sua riquíssima história. É uma cidade que não vive de costas com o seu castelo, castelo esse cheio de vida e cor, cheio de espectáculos e de gente. Mas sobretudo é capital do emprego. É o sítio onde todos querem trabalhar. Basta ser da terra. É o único sítio do país onde as empresas não fecham, mas abrem devido aos apoios de todos, devido ao empreendedorismo dos nossos empresários, mas sobretudo devido às políticas de contratação de mão-de-obra. Políticas essas que consistem em parcerias com politécnicos e universidades para a colocação de futuros engenheiros, doutores, advogados, professores entre muitos outros cursos e profissões, desde que sejam da terra. Mas isto depende também das ideias para novas empresas e para novos postos de trabalho. Mas ideias são o que não falta nesta cidade, nem o capital para investir. Mas isto não é utopia… Isto é a pura realidade…ficcional.

Bolas

As aulas já acabaram, e os exames também... E agora?? Que futuro esperar para um futuro licenciado?? Eu sou muito sincero... O que me espera é o DESEMPREGO... que belo futuro... Mas o que se pode fazer?! Este é o país da treta em que vivemos... Um país onde todos se fazem valer do compadrio, um país onde o nosso Estado/Governo dá mais atenções ou regalias a profissionais estrangeiros do que aos nossos "santos da casa"... Onde tentamos imitar o que é estrangeiro e nos esquecemos de que "O QUE É NACIONAL É BOM" (vivam as massas).
E como se isto não bastasse, com a implementação dos currículos de estudos de Bolonha, se eu não conseguir arranjar um trabalho na minha àrea, os futuros licenciados passar-me-ão à frente, pois para exercerem a profissão de docente, necessitarão do grau de Mestre - regras do min-edu. Mas o mesmo se está a passar com futuros advogados, engenheiros e outros. Mas o que podemos fazer?! Lutar?! Já não temos idade para isso!!! Mas era mesmo isso que devíamos fazer. Mas depois surge o problema de sermos silenciados por políticas cada vez mais autoritaristas. "Não me obriguem a ir para a rua lutar/É já tempo de embrulhar a trouxa e zarpar". O Zeca Afonso é que tinha razão. 30 e tal anos depois do fim da Ditadura as letras deste grande autor, músico e poeta, continuam a fazer mais sentido do que nunca. Mas e agora o que podemos fazer? O Coração diz-me para lutar... A Razão diz-me para me resignar e fazer como a grande maioria da população potuguesa (Portugal já não é o país da saudade, é o país da Resignação). Mas mesmo que dê ouvidos ao meu Coração... que posso fazer sózinho?! Sim... SÓZINHO pois todos "falam, falam, mas não os vejo a fazer nada"... NEM EU...