domingo, janeiro 04, 2015

A construção!

Parece mais pequeno quando estamos longe dele. Assim que nos conseguimos finalmente aproximar, fica enorme. Fica gigantesco. Cada cor, leva a um caminho diferente, a um mundo de magia diferente. As cores (ou os caminhos) encontram-se todos alinhados, como que desenhados de propósito. Uma linha ténue separa todos os percursos. Mas os manos são avisados. - Cuidado com algumas das estradas. Nem tudo é bom num arco-íris! Existem criaturas perigosas em todo o lado, mesmo aqui. Mesmo em mundos de magia. Sobretudo em mundos de magia.
Mas que perigos? Que criaturas? - pergunta o Pedro.
Nós vamos seguir pelo caminho Verde. Esse é o caminho da esperança na juventude e na irreverência. Enquanto existirem crianças como vocês, o arco-íris vai continuar a existir. É o caminho que leva a nossa casa. É também o mais comprido para o outro lado, mas ainda assim o mais seguro - disse ele.
Depois há a estrada Vermelha. A estrada que leva à terra das fadas. São seres calorosos, cheios de energia e vitalidade. Mas por norma não se dão muito bem com duendes. A estrada Laranja é uma com a qual se deve ter muito cuidado. É o caminho das emoções. Se tivermos o azar de lá cair, corremos o risco de lá ficar perdidos por tempos indeterminados. Lá os nossos sentimentos são levados ao extremo. A vida é boa, mas tem de ser regrada. Imaginem se sentirem de mais!? É muito perigoso!! É mesmo muito dificil sair de lá. Nem todos conseguem, então pelo sim, pelo não, é melhor não tentarmos descobrir se conseguimos ou não sair. - disse ela
O caminho Amarelo, é o caminho que leva a casa dos Ogres. É também muito perigoso. Os Ogres são muito travesseiros. Gostam muito de fazer partidas, mas normalmente não acabam bem. Para além do mais, para eles somos uma espécie de brinquedos. Têm armadilhas ao longo de toda a estrada, para nos tentar apanhar. E quando conseguem, guardam-nos lá para sermos os seus "bonecos de trapos." O caminho Azul e Anis, são muito parecidos, e por se confundirem, são caminhos de travessuras. São uma espécie de labirinto, que ninguém conhece. Se lá formos podemos acabar na estrada Amarela, ou noutra qualquer, ou mesmo uma passagem directa para o fim do arco-íris. Mas é impossível saber..
E a Violeta? - perguntou a Rita.
Era o que ia explicar agora. A Violeta é a do esquecimento. Se lá formos, esquecemos tudo e todos. Mas o mais perigoso é que também seremos esquecidos. Ninguém em lado nenhum se lembrará de nós. Ninguém dará pela nossa falta.

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