quarta-feira, abril 27, 2011

Sento-me no escuro e, puxo para mim, a tua imagem. Mas ao fazê-lo, sinto-me tão frágil. Tão inseguro de mim.
Escrevo com a alma molhada. Mas porque raio tenho de escrever sempre com o recurso a metáforas? Porque não posso logo dizer que me apetece chorar? Porque não consigo dizer logo, que choro? Porque digo que os teus olhos são, para mim, olhos de mel? Porque não digo logo que são castanhos claros? Rais partam a mania de querer sempre fazer tudo bonito!
Sim... Estou desesperado... Não sei que mais possa fazer para conseguir uma atenção tua! Já não sei fazer isto. Já não sei brincar. Já quase só consigo pensar em ti. Nos teus olhos castanhos, no teu cabelo liso, nas curvas do teu corpo, nos teus lábios e na cor da tua pele. Se eu fosse pintor, já te conseguiria pintar de olhos fechados..
A eterna dor dos amorosos toma conta de mim... Um amor não correspondido (acho eu). Um amor platónico, em que só eu sei quem és. Mas não será mesmo isso? Não passará isto, somente, de um desejo fugaz? Do desejo de voltar a sentir o prazer de desejar alguém?
Não creio. Se assim fosse, eu não te procurava. Não desejava o teu cheiro, ou a falta dele. Não desejaria a tua presença no meu sono, nos meus sonhos. Não quereria nada de ti! Mas quero.

Quero tudo!

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem vindo de volta!!! Já passou a birra pelos vistos... :)

O prazer de desejar alguém é bom sim, mas também faz doer quando não é correspondido, talvez seja melhor viver sem isso... Senão passa-se a vida com a alma molhada... ou a beber vinho tinto como eu!! :)

Usa e abusa das metáforas homem, embeleza o texto e dá muito mais prazer ao leitor!!

PS - ainda não tive hipótese de pegar no Pensageiro... :(