segunda-feira, junho 25, 2012

No breaks...

Odiei a minha vida! Às portas de fechar os olhos, olhei para trás e vi que não tinha feito nada. Não consegui deixar a minha marca no mundo. Não consegui marcar ninguém. Não consegui lutar quando devia e baixei os braços. Permiti - me a derrota. Como deixei que acontecesse? No meu intimo, sempre me considerei um lutador, sempre achei que conseguia levar as minhas decisões até ao fim e imaginei que conseguisse arcar com as consequências dos meus actos, fossem lá eles quais fossem. No entanto, quando dava o primeiro pontapé numa pedra e magoava o dedo do pé, agachava - me e chorava sozinho. Desistia no primeiro obstáculo que me surgia. Perdia as forças para me levantar de novo e deixava - me ficar no meu canto a matutar no que teria feito se as coisas corressem de outra maneira. Encontrava sempre a mesma solução. Devia ter sido persistente. Devia ter feito isto ou aquilo. Mas não o fazia. A única vez que fui persistente com alguma coisa, levou - me a perder anos da minha vida. Deixei que uma miragem, um sonho regesse as minhas decisões, que conduzisse a minha vida em determinados caminhos e, assim, deixei de viver. A dados momentos, dava por mim a perguntar - me como tinha chegado ali. Dava comigo à procura da última recordação que tinha antes daquele instante. Chegava sempre à mesma conclusão... A recordação anterior era sempre muito antiga. Quase tão antiga como a vida que tinha levado. Ainda assim, deixava que as coisas se mantivessem. Nada fazia para as alterar. A minha vida correu tão depressa. Falharam - me os travões tão cedo. (texto muito incompleto)

Sem comentários: