Parada na porta. É assim que me encontro. Feita espantalho no meio do corredor. Os únicos pássaros que espanto são as dúvidas que me assolam. Bato ou não? Fico ou vou? Falo ou calo?
Aquele nervoso miudinho igual ao primeiro dia de escola corre todas as partes de mim, toma-me por completo e vem-me um sabor amargo à boca. Aquele sabor de "quase vómito" de bebedeira. Dá-se um nó de marinheiro na garganta. Um daqueles nós que nunca dei, nem nunca vi. Um daqueles nós que, só sabendo se conseguem desatar.
É então que me decido. Vou-me embora. Não consigo. Tenho medo. Enfraqueço e acovardo-me. E naquele momento em que vou virar as costas para me ir embora, naquele instante de desistência, exactamente naquele segundo em que tenho plena consciência da minha condição de medricas, precisamente aí, o meu corpo deixa de me obedecer. Olho de fora para mim e vejo a minha mão a levantar-se, o punho a cerrar-se. Ainda tento voltar para dentro de mim. Ainda tento evitar o que se segue mas... bato. O som oco de pele e osso na madeira ecoa pelo espaço vazio. Olho à volta e tudo desaparece. Não há escadas, nem janelas. Tudo escuro. Só eu e a porta em que bati.
Como espantalho preso e sem movimentos, fiquei colada ao chão. Não consigo mexer-me.
Acho que se não abrires a porta, se não estiveres em casa, ficarei no mesmo sítio até te ver. Até falarmos.
Penso. A única coisa que ainda consigo fazer. Aquele faculdade sobre a qual ainda tenho pleno controlo. O que vou dizer? Como? E se me interromperes? E...
(A porta faz um barulho)
Vêmo-nos. Faz tempo que não o fazíamos.
Num impulso, empurro a porta e vou entrando (se o fizeste, porque não posso fazer o mesmo?!)
Páro no meio da sala (sinto-me nua, despida) e quando me volto, estás a acabar de fechar a porta.
- O..
- Cala-te! Não digas nada. Não abras a boca. Se estiveste tanto tempo calado, bem podes ficar mais um bocado para ouvir o que tenho a dizer. Se não fôr agora, não sei se alguma vez serei capaz de o dizer (mas quem sou eu? não me reconheço. pensei tantas vezes no que te haveria de dizer, mas nenhuma delas começava assim, ou mesmo neste tom de voz. a única coisa que te queria dizer era que sentia falta das nossas conversas, que te amava, que...) Vais-me apanhar a divagar, fartar-te de me ouvir. Mas calas-te e ouves!
Acerca de mim

- Pedro Barros
- Pombal, Beira Litoral, Portugal
- Às vezes, fazemos tudo bem e mesmo assim perdemos.
sexta-feira, fevereiro 14, 2014
segunda-feira, novembro 25, 2013
Cartas de nós para nós
Buongiorno principessa:
A escrita é algo de mágico. É através da escrita que expio medos, pensamentos, pecados. Mas é também através dela que nos reinvento. Que nos junto.
Faz tempo desde a última vez que te escrevi. Faz tempo desde a última vez que te vi. Faz tempo desde a última vez que disse a mim próprio que sentia a tua falta, mas também me disse que não sentiria mais a tua falta. Tão grande mentira.
Credo!! Faz tanto tempo que já nem me lembro das feições da tua cara. Tenho de ir às fotografias antigas. Para ouvir a tua voz, tenho de ir aos vídeos. Mas não é a mesma coisa. As caixas de som distorcem o som da tua voz. Não é como me lembro. É diferente. É metálico! E nas fotografias, não posso sentir o calor do teu corpo enquanto a minha mão se passeia a descobrir novas rotas na tua cara.
Os teus cheiros desapareceram da minha mente. Já não me consigo lembrar dos cheiros. Mas como poderia? Tanto tempo que já passou desde a última vez que os senti. Mas lembro-me que eram agradáveis. Tudo era agradável quando estávamos juntos. O tempo passava a correr e, eu sentia-me ébrio na tua presença. Parava para te ouvir falar. Queria que o tempo discorresse à mesma velocidade dos gelos primaveris que derretem com a chegada dos primeiros raios de sol. Mas quando estava contigo, ele apressava-se a levar-te para longe de mim. E de tanto que se apressou, um dia te levou, para não mais trazer.
Mas não guardo a mágoa. Mesmo que não te volve a ver, a sentir, a ouvir ou a cheirar, mesmo que não nos voltemos a encontrar, junto-me a ti sempre que quiser(es).
À espera da tua resposta, um beijo:
NÓS
A escrita é algo de mágico. É através da escrita que expio medos, pensamentos, pecados. Mas é também através dela que nos reinvento. Que nos junto.
Faz tempo desde a última vez que te escrevi. Faz tempo desde a última vez que te vi. Faz tempo desde a última vez que disse a mim próprio que sentia a tua falta, mas também me disse que não sentiria mais a tua falta. Tão grande mentira.
Credo!! Faz tanto tempo que já nem me lembro das feições da tua cara. Tenho de ir às fotografias antigas. Para ouvir a tua voz, tenho de ir aos vídeos. Mas não é a mesma coisa. As caixas de som distorcem o som da tua voz. Não é como me lembro. É diferente. É metálico! E nas fotografias, não posso sentir o calor do teu corpo enquanto a minha mão se passeia a descobrir novas rotas na tua cara.
Os teus cheiros desapareceram da minha mente. Já não me consigo lembrar dos cheiros. Mas como poderia? Tanto tempo que já passou desde a última vez que os senti. Mas lembro-me que eram agradáveis. Tudo era agradável quando estávamos juntos. O tempo passava a correr e, eu sentia-me ébrio na tua presença. Parava para te ouvir falar. Queria que o tempo discorresse à mesma velocidade dos gelos primaveris que derretem com a chegada dos primeiros raios de sol. Mas quando estava contigo, ele apressava-se a levar-te para longe de mim. E de tanto que se apressou, um dia te levou, para não mais trazer.
Mas não guardo a mágoa. Mesmo que não te volve a ver, a sentir, a ouvir ou a cheirar, mesmo que não nos voltemos a encontrar, junto-me a ti sempre que quiser(es).
À espera da tua resposta, um beijo:
NÓS
terça-feira, setembro 03, 2013
Porque quero!
Um silêncio da savana instalava-se. Tal como ele, esse silêncio, era quebrado de tempos a tempos, por algum barulho longínquo. Assemelhava-se a uma batida seca... de um coração. Era essa batida, esse som que o fazia ver que estava vivo! Estava sozinho no meio de tudo o que o rodeava. Mas se se encontrava sozinho era porque assim o entendia. Remeteu-se para si mesmo e não mais se permitiria a voltar do lugar escuro, sombrio, gélido em que se encontrava.
Outros tempos houve em que quase o fez. Quase voltou.
Na fortaleza que havia erigido para si, deixou uma fresta, uma minúscula fresta por onde chegavam os sons do mundo, as lembranças, os desejos. Mas nem só.
Uma certa noite, surge-lhe por essa fresta, um vulto, um ser daqueles com quem há muito havia deixado de conviver e em quem havia deixado de acreditar.
Ela aparecia-lhe durante a noite. Era com ela que os barulhos ganhavam frequência e se tornavam mais audíveis. Trazia com ela um prenúncio de vida. Foi ela que quase o fez querer deixar o seu desterro.
Ela era esbelta e esguia, ventre plano. Era um ser do deserto e movia-se como o vento das areias. Os seios como duas dunas imponentes, convidavam ao olhar. Os olhos... Esses eram expressivos e quentes como o sol que assola, queima e aquece o deserto. Contrastavam com o coração, gelado e escuro como as noites do deserto.
Durante noites, nada mais fizeram que olhar-se. Tentarem entender-se nos olhos um do outro, nos seus silêncios. Muito tempo passou até que se decidissem a quebrar o silêncio que os separava, até decidirem quem seria o primeiro a proferir a primeira palavra. Como se se tratasse do "verbo" bíblico. Como se a primeira palavra fosse a mais importante de todas. Como se fosse a única razão para continuarem ou se perderem para sempre no distante silêncio que tinham erigido entre eles.
Eis então que ela levanta a face e ele pode apreciá-la pela primeira vez, desde o primeiro dia. Nota a pele morena, o nariz direito, mas ligeiramente arrebitado na ponta. Os olhos grandes e claros. E os sinais. 3 muito discretos, mas que lhe cativavam o olhar e o obrigavam a fixar-se nela.
"Porque estás aqui?" A voz era tão doce como um delicioso mel. Tão fluída como um natural ribeiro selvagem. Aquele som arrepiou-o, estremeceu-o até ao mais mínimo de si.
"Não sei nem quero saber! Porque quero! Por ti! Sim. Por ti." "Mas queres porquê? Sabes o que perdes? Por mim? Por mim?" Fazia perguntas de mais. Queria saber de mais.
Outros tempos houve em que quase o fez. Quase voltou.
Na fortaleza que havia erigido para si, deixou uma fresta, uma minúscula fresta por onde chegavam os sons do mundo, as lembranças, os desejos. Mas nem só.
Uma certa noite, surge-lhe por essa fresta, um vulto, um ser daqueles com quem há muito havia deixado de conviver e em quem havia deixado de acreditar.
Ela aparecia-lhe durante a noite. Era com ela que os barulhos ganhavam frequência e se tornavam mais audíveis. Trazia com ela um prenúncio de vida. Foi ela que quase o fez querer deixar o seu desterro.
Ela era esbelta e esguia, ventre plano. Era um ser do deserto e movia-se como o vento das areias. Os seios como duas dunas imponentes, convidavam ao olhar. Os olhos... Esses eram expressivos e quentes como o sol que assola, queima e aquece o deserto. Contrastavam com o coração, gelado e escuro como as noites do deserto.
Durante noites, nada mais fizeram que olhar-se. Tentarem entender-se nos olhos um do outro, nos seus silêncios. Muito tempo passou até que se decidissem a quebrar o silêncio que os separava, até decidirem quem seria o primeiro a proferir a primeira palavra. Como se se tratasse do "verbo" bíblico. Como se a primeira palavra fosse a mais importante de todas. Como se fosse a única razão para continuarem ou se perderem para sempre no distante silêncio que tinham erigido entre eles.
Eis então que ela levanta a face e ele pode apreciá-la pela primeira vez, desde o primeiro dia. Nota a pele morena, o nariz direito, mas ligeiramente arrebitado na ponta. Os olhos grandes e claros. E os sinais. 3 muito discretos, mas que lhe cativavam o olhar e o obrigavam a fixar-se nela.
"Porque estás aqui?" A voz era tão doce como um delicioso mel. Tão fluída como um natural ribeiro selvagem. Aquele som arrepiou-o, estremeceu-o até ao mais mínimo de si.
"Não sei nem quero saber! Porque quero! Por ti! Sim. Por ti." "Mas queres porquê? Sabes o que perdes? Por mim? Por mim?" Fazia perguntas de mais. Queria saber de mais.
terça-feira, julho 16, 2013
!!!
Fechei! Não quero voltar a desejar, a querer, a precisar ou mesmo amar. Entrego o meu coração nas tuas mãos, para dele fazeres o que bem te apetecer. Mas sabe que será teu. O que senti ou sinto por ti, não me permitirei a sentir por mais ninguém.
Podem aparecer outras pessoas na minha vida. Posso até voltar a gostar de alguém. Mas o que algum dia imaginei e sonhei fazer contigo, não o farei com ninguém. Serás sempre a única pessoa com quem desejo e alguma vez desejarei passar o resto dos meus dias
Podem aparecer outras pessoas na minha vida. Posso até voltar a gostar de alguém. Mas o que algum dia imaginei e sonhei fazer contigo, não o farei com ninguém. Serás sempre a única pessoa com quem desejo e alguma vez desejarei passar o resto dos meus dias
segunda-feira, junho 24, 2013
A felicidade é subjectiva!
Se algum dia lhe perguntasse porque tinha feito o que fez, responderia que seria para que com a sua infelicidade, ela pudesse ser feliz!
Há sempre alguém que sai a perder, daí ser subjectiva.
Há sempre alguém que sai a perder, daí ser subjectiva.
segunda-feira, abril 01, 2013
Dá só com meio coração?
Acordo sobressaltado a meio da noite. Rebolo e volto a rebolar, mas o Pestana teimou em me abandonar. Pergunto ao relógio se falta pouco e ele informa que a noite ainda mal começou. E então tudo recomeça!
Sinto! Sinto tudo de todas as maneiras. Uma comichão enorme no peito. E por mais que coce, ela teima em continuar, até que me lembro que a comichão não é por fora. É por dentro!

E quando me perguntaram o que via nela, respondi que via o que faltava em mim!
Não cabe... Cabe...
Não cabe no peito o que te dei. O que te quero dar. O que algum dia te poderia dar.
Não cabe na distância que nos separa o desejo de te ver, de te beijar, de te acariciar.
Não cabe em espaço algum a tristeza da tua frieza, do teu afastamento.
Mas cabe no meu coração o prazer da tua presença todos os dias na minha cabeça.
Não cabe na distância que nos separa o desejo de te ver, de te beijar, de te acariciar.
Não cabe em espaço algum a tristeza da tua frieza, do teu afastamento.
Mas cabe no meu coração o prazer da tua presença todos os dias na minha cabeça.
terça-feira, março 05, 2013
My first book
E de repente, aquelas palavras gelaram o seu mundo. Eram palavras vindas directamente das mais remotas calotas polares. E fizeram-no pensar no seu mundo. Todos os seus problemas pareciam insignificantes perante este novo desafio que se lhe era apresentado.
Era difícil. O seu Castelo de Cartas, que tanto tempo e trabalho lhe havia dado a construir, ruia agora, perante a sua impotência.
Que fazer? Como refazer toda a sua construção? Como se reconstruir? As perguntas impunham-se à medida que ela continuava a gelar tudo com as suas palavras. "Eu já não te amo. Foste simplesmente um acidente de percurso." Como podia aquilo estar a passar-se? O que iria na cabeça dela, que a fizesse mudar tanto em tão pouco tempo?
As perguntas entupiam a sua cabeça, ao ponto de, já não a conseguir ouvir a falar e não entender nada do que ambos dissessem.
Os termómetros marcavam 0 graus, mas depois de tamanha baldada de água fria, nada mais lhe parecia frio a não ser a sua alma. Tinha gelado depois de ouvir as suas palavras.
Todos os seus pensamentos lhe fugiam para lugares remotos, de temperaturas amenas, para sítios que pudessem descongelar o que acabavam de lhe congelar.
Só conseguia pensar em termos de escuridão, de névoas, de futuros incertos... de morte! Por mais que tentasse encontrar no seu íntimo, praias paradisíacas, as únicas imagens que lhe atravessavam a mente, eram imagens de momentos de êxtase que havia passado com ela. Só pensava na noite anterior, em que tinham feito amor. "A noite passada não significou nada para ti?" "Nem por isso. Não é preciso Amor para ir para a cama com alguém!"
Foi nesse exacto momento que as suas gélidas palavras lhe arrancaram o coração, com a crueldade com que um carrasco puxa a cadeira a um enforcado. Foi nesse exacto momento que a ideia que tinha construído em redor dela se desfez. Foi nesse momento que deixou de se sentir, deixou de sentir calor, virou costas e desapareceu.
Tinha de chegar a casa o mais cedo possível. Tinha de se refugiar naquele sítio que sempre lhe transmitira a segurança de uma cidade muralhada. Tinha de chegar ao seu quarto. E à medida que se aproximava dessa sua impenetrável fortaleza, começou a refazer o seu futuro.
Começou a pensar em tudo o que tinha deixado por ela. Nos amigos, nos locais e em tudo mais.
Assim que chegou ao seu santuário, deixou-se inebriar pelas recordações que aquele espaço lhe trazia, fechou os olhos e dormiu. Amanhã seria um novo dia.
Ela sentiu-se aliviada por deixar sair o que há tanto tempo lhe perturbava a alma. Como poderia ela ter aguentado dois anos mais que o que devia. Muito a tinham ajudado os amigos. Particularmente os dele. Sempre lhe haviam dito que era uma fase passageira, que as coisas haviam de passar, mas por mais ouvidos que desse à razão, o coração lhe indicava outro caminho, outra pessoa. O que ela via agora, era uma porta que se abria de novo na sua vida, sem nunca pensar no enorme vazio que tinha provocado noutra pessoa, sem nunca pensar que mais tarde seria incapaz de voltar a sentir o que antes havia sentido e experimentado.
À medida que os dias, os meses, os anos passavam, as suas vidas tinham seguido caminhos diferentes.
Ele havia refeito as suas prioridades. Houveram alturas, em que chegou a pensar na imensa solidão que poderia significar uma vida sem Amor. Mas esse receio, cedo se desvaneceu. Ele sempre havia sido uma pessoa extremamente fácil de tratar. Sempre teve facilidade em encontrar o bom em todas as pessoas, sem se preocupar que se pudesse magoar, sem se preocupar que o pudessem magoar. A partir daquele momento ele continuaria a ser ele mesmo, mas com a diferença, que também ele próprio passara a ser o centro das suas atenções e, nada do que lhe dissessem o faria mudar de ideias.
Naquela noite, nem lhe apetecia muito sair de casa, mas tinha prometido a uns amigos que se encontraria com eles. Assim, a muito custo, lá se arranjou, sempre da mesma maneira, jeans, sweat e sapatilhas rotas. Longe ía a ideia de que aquela noite o transformaria para sempre. Longe ía a ideia de que aquela noite iria apressar acontecimentos desastrosos.
Ao chegar ao local, apressou-se a cumprimentar os presentes e, a fazer-se apresentar aos desconhecidos. Uma em particular. Ela. Foi nessa noite que tudo começou.
As banalidades e trivialidades de uma conversa de café, sucederam-se. Mas ela não parava de o examinar. Examinou-o com e delicadeza com que um apicultor trata as suas abelhas. Examinou-o com o cuidado de um cirurgião. E deixou-se enganar. Não viu que apenas procurava um escape para o buraco onde antes se tinha atolado. Não pensou no que pudesse suceder. No final da noite seguiriam caminhos separados, mas voltariam a cruzar-se dias depois. Ela de tudo faria para, não mais o deixar fugir. Estava decidida a conseguir o que queria.
Não mais se tinham encontrado, nem sequer trocado palavras.
Ele tinha-se refugiado nas pessoas que sempre lhe importaram. Nos seus amigos. Tinha encontrado a força para continuar, nas muitas palavras de afecto que lhe haviam dirigido. "Esquece! Life goes on"
Era difícil. O seu Castelo de Cartas, que tanto tempo e trabalho lhe havia dado a construir, ruia agora, perante a sua impotência.
Que fazer? Como refazer toda a sua construção? Como se reconstruir? As perguntas impunham-se à medida que ela continuava a gelar tudo com as suas palavras. "Eu já não te amo. Foste simplesmente um acidente de percurso." Como podia aquilo estar a passar-se? O que iria na cabeça dela, que a fizesse mudar tanto em tão pouco tempo?
As perguntas entupiam a sua cabeça, ao ponto de, já não a conseguir ouvir a falar e não entender nada do que ambos dissessem.
Os termómetros marcavam 0 graus, mas depois de tamanha baldada de água fria, nada mais lhe parecia frio a não ser a sua alma. Tinha gelado depois de ouvir as suas palavras.
Todos os seus pensamentos lhe fugiam para lugares remotos, de temperaturas amenas, para sítios que pudessem descongelar o que acabavam de lhe congelar.
Só conseguia pensar em termos de escuridão, de névoas, de futuros incertos... de morte! Por mais que tentasse encontrar no seu íntimo, praias paradisíacas, as únicas imagens que lhe atravessavam a mente, eram imagens de momentos de êxtase que havia passado com ela. Só pensava na noite anterior, em que tinham feito amor. "A noite passada não significou nada para ti?" "Nem por isso. Não é preciso Amor para ir para a cama com alguém!"
Foi nesse exacto momento que as suas gélidas palavras lhe arrancaram o coração, com a crueldade com que um carrasco puxa a cadeira a um enforcado. Foi nesse exacto momento que a ideia que tinha construído em redor dela se desfez. Foi nesse momento que deixou de se sentir, deixou de sentir calor, virou costas e desapareceu.
Tinha de chegar a casa o mais cedo possível. Tinha de se refugiar naquele sítio que sempre lhe transmitira a segurança de uma cidade muralhada. Tinha de chegar ao seu quarto. E à medida que se aproximava dessa sua impenetrável fortaleza, começou a refazer o seu futuro.
Começou a pensar em tudo o que tinha deixado por ela. Nos amigos, nos locais e em tudo mais.
Assim que chegou ao seu santuário, deixou-se inebriar pelas recordações que aquele espaço lhe trazia, fechou os olhos e dormiu. Amanhã seria um novo dia.
Ela sentiu-se aliviada por deixar sair o que há tanto tempo lhe perturbava a alma. Como poderia ela ter aguentado dois anos mais que o que devia. Muito a tinham ajudado os amigos. Particularmente os dele. Sempre lhe haviam dito que era uma fase passageira, que as coisas haviam de passar, mas por mais ouvidos que desse à razão, o coração lhe indicava outro caminho, outra pessoa. O que ela via agora, era uma porta que se abria de novo na sua vida, sem nunca pensar no enorme vazio que tinha provocado noutra pessoa, sem nunca pensar que mais tarde seria incapaz de voltar a sentir o que antes havia sentido e experimentado.
À medida que os dias, os meses, os anos passavam, as suas vidas tinham seguido caminhos diferentes.
Ele havia refeito as suas prioridades. Houveram alturas, em que chegou a pensar na imensa solidão que poderia significar uma vida sem Amor. Mas esse receio, cedo se desvaneceu. Ele sempre havia sido uma pessoa extremamente fácil de tratar. Sempre teve facilidade em encontrar o bom em todas as pessoas, sem se preocupar que se pudesse magoar, sem se preocupar que o pudessem magoar. A partir daquele momento ele continuaria a ser ele mesmo, mas com a diferença, que também ele próprio passara a ser o centro das suas atenções e, nada do que lhe dissessem o faria mudar de ideias.
Naquela noite, nem lhe apetecia muito sair de casa, mas tinha prometido a uns amigos que se encontraria com eles. Assim, a muito custo, lá se arranjou, sempre da mesma maneira, jeans, sweat e sapatilhas rotas. Longe ía a ideia de que aquela noite o transformaria para sempre. Longe ía a ideia de que aquela noite iria apressar acontecimentos desastrosos.
Ao chegar ao local, apressou-se a cumprimentar os presentes e, a fazer-se apresentar aos desconhecidos. Uma em particular. Ela. Foi nessa noite que tudo começou.
As banalidades e trivialidades de uma conversa de café, sucederam-se. Mas ela não parava de o examinar. Examinou-o com e delicadeza com que um apicultor trata as suas abelhas. Examinou-o com o cuidado de um cirurgião. E deixou-se enganar. Não viu que apenas procurava um escape para o buraco onde antes se tinha atolado. Não pensou no que pudesse suceder. No final da noite seguiriam caminhos separados, mas voltariam a cruzar-se dias depois. Ela de tudo faria para, não mais o deixar fugir. Estava decidida a conseguir o que queria.
Não mais se tinham encontrado, nem sequer trocado palavras.
Ele tinha-se refugiado nas pessoas que sempre lhe importaram. Nos seus amigos. Tinha encontrado a força para continuar, nas muitas palavras de afecto que lhe haviam dirigido. "Esquece! Life goes on"
domingo, fevereiro 10, 2013
Boa Vida!
É fodido... Querer explicar aqui e agora como me sinto, o que penso, o que quero, o que desejo ou o que preciso. É fácil se quiser ser simples. Posso dizer que penso em alguém, ou ninguém. Que quero paz e sossego, que desejo isto ou aquilo, ou que preciso de alguém junto de mim. Mas isso é ser simples demais. E não corresponde bem à verdade.
O que queria mesmo era viver ou sentir algo de diferente.
Viver... Era mesmo isso que precisava. Precisava de me sentir vivo. Sentir que a vida tem um sentido, um significado e que não tem por hábito de nos pontapear nas bolas quando menos esperamos. Queria saber que a vida não nos atraiçoa, que não nos apunhala nas costas. Desejava que a vida fosse mais simpática e que me desse uma oportunidade de a apreciar de vez em quando. Mas o que eu preciso mesmo é que a vida me deixe em paz. Que siga o seu caminho e deixe-me a mim seguir o meu. Que não me passe rasteiras e que não ande sempre atrás de mim a empurrar-me para o chão, e a espezinhar-me. Que me deixe ser (in)feliz comigo próprio. Que não me dê sonhos que vejo serem cada vez mais e sempre mais difíceis de se realizarem. Quero que me deixe em paz o mais depressa possível.
Penso que se pudesse estar com ela, vê-la e apreciá-la, conseguiria demovê-la do seu propósito de constantemente me atraiçoar. Penso que lhe diria para me deixar em paz e perguntaria se alguma vez lhe tinha feito algum mal para me tratar dessa maneira. Teria medo da resposta. Eventualmente, a minha vida, diria que eu não posso ser feliz, ter paz e um pouco de sossego, porque não saberia o que fazer com isso. Haviam provas provadas e demonstradas que lhe dariam razão a ela. Sim. Talvez seja isso... Se tivesse uma boa vida, não saberia o que fazer com ela.
O que queria mesmo era viver ou sentir algo de diferente.
Viver... Era mesmo isso que precisava. Precisava de me sentir vivo. Sentir que a vida tem um sentido, um significado e que não tem por hábito de nos pontapear nas bolas quando menos esperamos. Queria saber que a vida não nos atraiçoa, que não nos apunhala nas costas. Desejava que a vida fosse mais simpática e que me desse uma oportunidade de a apreciar de vez em quando. Mas o que eu preciso mesmo é que a vida me deixe em paz. Que siga o seu caminho e deixe-me a mim seguir o meu. Que não me passe rasteiras e que não ande sempre atrás de mim a empurrar-me para o chão, e a espezinhar-me. Que me deixe ser (in)feliz comigo próprio. Que não me dê sonhos que vejo serem cada vez mais e sempre mais difíceis de se realizarem. Quero que me deixe em paz o mais depressa possível.
Penso que se pudesse estar com ela, vê-la e apreciá-la, conseguiria demovê-la do seu propósito de constantemente me atraiçoar. Penso que lhe diria para me deixar em paz e perguntaria se alguma vez lhe tinha feito algum mal para me tratar dessa maneira. Teria medo da resposta. Eventualmente, a minha vida, diria que eu não posso ser feliz, ter paz e um pouco de sossego, porque não saberia o que fazer com isso. Haviam provas provadas e demonstradas que lhe dariam razão a ela. Sim. Talvez seja isso... Se tivesse uma boa vida, não saberia o que fazer com ela.
terça-feira, fevereiro 05, 2013
Days and Nights
Dia 1:
Tive tudo o que sempre quis. Por breves momentos, fui desejado e deitei tudo a perder!
Começou há tanto tempo que já nem sei por onde começar. Mas como todas as histórias, começo pelo princípio. Nada que não tenha já sido dito, nada que não se saiba já.
A primeira vez que te vi, aquele primeiro vislumbre, seguirá a minha vida. PERseguirá-me até ao fim. O jogo do gato e do rato a seguir.. Mas sobretudo a minha cobardia. O medo que ambos, em alturas diferentes, tivemos em arriscar, em dizer que sim ao que nos acontecia.
Ah! Os teus olhos.
lembro-me de todas as promessas que te fiz. De todos os "para sempre" que agora não posso mesmo cumprir. Lembro-me de todas as palavras tuas, todas as frases tuas, as mais sinceras e as menos sinceras, as que me fizeram feliz e as que me trespassaram o coração, que me dilaceraram a alma e me fizeram chorar muitas noites agarrado à almofada.
Ah! Os teus olhos.
Mas era isso que tinha de fazer. Tinha de chorar. Se adormecesse, o meu subconsciente divagaria e poderia não se juntar a ti. Não era isso que queria. Queria-te - e quero - sempre na minha cabeça. O dia já não me correria da mesma forma se não pensasse em ti.
Ah! O teu sorriso.
Não me lembro da última vez que o vi. Mas lembro-me que é lindo. Que me aquece a alma. Que me acalma. E quando é sincero, ilumina tudo à sua volta.
Ah! O teu sorriso.
E por momentos paro de escrever. Passo os dedos nos cantos dos olhos à procura de algo que não está lá. Saio daqui. Digo que não escrevo mais e, deixo o texto a meio. Mas não consigo! Fumo o meu cigarro e volto para aqui. Não deixo nada a meio. Se começo algo, tenho de o acabar. Comecei a escrever o teu nome em mim e se comecei, irei acabar. Não darás por isso. Ninguém dará.
Ah! A tua pele.
Lisa, doce, brilhante, macia... Celeste! Poderia ser esse o teu nome e assim, sempre que te chamasse, já diria tudo de ti. A mais celeste das criaturas. Poderias ser "Lídia", mas serias a mulher-demónio e a desgraça de qualquer homem. Não creio que sejas.
Ah! Os teus lábios.
Peço desculpa por não acreditar nas tuas palavras. Compreendo, entendo, Mas não acredito.
Ninguém consegue "mentir" tão facilmente. E se o que me dizes agora é verdade, então era antes que me mentias.
Noite 1:
E eis que acordo sobressaltado. Não consigo dormir mais. Não quero dormir mais. Muitos pensamentos.
Enganei-nos aos dois. Menti-te como me "mentiste" a mim. Só de pensar que não queres mais que e conquiste, o peito contrai-se e aperta tudo. A dor é enorme.
Ah! O teu corpo.
"Se tivesse de estar com alguém neste exacto momento, seria contigo!" Esqueceste-te ou foi de propósito?
Sou eu que não acredito no Destino. Mas se tu acreditas, explica-me este Destino. Ou então diz-me que só PARA JÁ, só precisas de um tempo. Uma réstia de esperança. Diz-me que queres que te volte a conquistar, mas NÃO AGORA. Diz-me que foi tudo em vão, se tiveres a coragem para isso. Diz-me que fui um erro de percurso e que acreditas e que sabes que, da próxima vez que nos cruzarmos, que os nossos olhares se trocarem, diz-me que nesse momento os nossos corações não vão acelerar, ou parar ou coisa que o valha!? E se isso realmente acontecer, o que quer dizer? Tu que és a "sentimental", vais-me dizer que é mentira? Vais-me dizer que não aconteceu antes e que não acontecerá mais? E se realmente acontecer? Não vais acreditar no teu coração e nos teus sentimentos?
Ah! Os teus olhos.
São o espelho da alma. E eu vi a tua. Falei com ela e, o que ela me disse, não foi o que tu me disseste.
Ah! MERDA!!!
Nunca disse que te queria prender. Somos "dois pássaros loucos". Somos livres. Prender-te nunca fez parte dos meus planos. Mas cativar-te sim. Fazer-te feliz também. Não posso prometer-te que te faria feliz para sempre, mas posso prometer que faria os possíveis.
Nunca te quis pressionar, mas também vejo que a determinada altura, tentei e cheguei a fazê-lo. Desculpa-me por isso.
Ah! São de um castanho lindo.
"Friend zone"? Não obrigado. As coisas teriam sempre de começar por algum lado. Pela amizade? Sim, claro! Mas não posso, nem conseguiria ficar aí eternamente. Gosto demais de ti, abri-me demais para ser tão somente um amigo. Mas espera! Não interpretes mal. Quero ser teu amigo, mas quero ser também o teu melhor amigo, confidente, marido e amante.
Ah! O sorriso é tão contagiante.
Já me pedes o impossível. Pedes-me que não passe um dia espectacular só porque a primeira coisa que me vem à cabeça assim que acordo é o teu sorriso. Pedes-me que não consiga dormir porque quando me deito, deito-me com os teus olhos castanhos claros, tão bons, tão quentes, os teus sinais, os teus lábios pecaminosos, o teu sorriso, a tua franja que tapa a testa e destapa assim que a franzes. O teu cabelo liso, que ondula nas pontas.
Pedes-me que esqueça isso? Tens coragem de me pedir isso?
Ah! O teu cheiro.
Posso não ser pintor. Não sou mesmo. Nem escritor. Mas já consigo pôr cada traço teu nestas linhas. Sei o sítio exacto dos teus sinais. Sei de cor os contornos dos teus lábios, o tamanho discordante dos teus dois incisivos superiores, as tuas sobrancelhas finas, a franja ligeiramente escadeada e o cabelo. Adoro ver-te de trança.
Ah! O meu pecado.
És tu! Deixa-te tu também cair em tentação. Sempre disse e nunca te escondi que Preciso de ti, pelo que és, pela bagagem que trazes e não por mais nada.
AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!! TU!!!
"Nunca me deixes, Preciso de ti.
O Amor é uma loucura e tu precisas de mim.
Em qualquer altura, em qualquer lugar,
Sinto a tua presença até num mero olhar!"
Ah! O teu coração.
Disseste-me que já tinha entrado na tua mente e que estava já no "jardim do teu coração". Estás a ter agora a coragem de me expulsar ou foi engano algum que houve? É que se não houve engano e disseste-o mesmo, lembro-te que me disseste que eras uma pessoa de impulsos, que segues o coração. Se assim é, porque agora segues a cabeça? "Para o nosso bem"? Então e o "nosso jantar perfeito"? Foi mentira que o teu coração "puff... parou"? Não acredito que tenha sido um espasmo. Não tenhas medo. Arrisca. Sê tu própria. Sê livre! Não quero ser a tua "gaiola", mesmo que deixe a porta aberta. Quero ser só o teu "porto seguro". Aquele que sabes que é garantido. Aquele que sabes ser onde encontrarás os mantimentos que precisas, onde receberás o que precisas. Aquele "porto" que não sairá do sítio e que te dará o que mais precisas, quando mais precisares, seja ele um mimo, um silêncio, um beijo, um cofre para guardar um segredo ou uma confidência. Um ombro para chorar e outro para rir.
Preciso fazer tanta coisa mas só preciso de uma pessoa - TU!.
Não é o ficar sozinho que me assusta. É o não ter tido a oportunidade de fazer outras coisas, viver outras coisas. Tenho medo de em determinadas alturas não ter arriscado o suficiente. Viver é isso. É arriscar. E eu arrisquei tudo quando me decidi a conquistar-te.
Disse-te que nos conhecemos na altura errada. Talvez não. Se calhar foi mesmo na altura certa. Foi quando mais precisávamos um do outro. Eu ainda Preciso de ti.
Não acredito que já não precises de mim.
Tive tudo o que sempre quis. Por breves momentos, fui desejado e deitei tudo a perder!
Começou há tanto tempo que já nem sei por onde começar. Mas como todas as histórias, começo pelo princípio. Nada que não tenha já sido dito, nada que não se saiba já.
A primeira vez que te vi, aquele primeiro vislumbre, seguirá a minha vida. PERseguirá-me até ao fim. O jogo do gato e do rato a seguir.. Mas sobretudo a minha cobardia. O medo que ambos, em alturas diferentes, tivemos em arriscar, em dizer que sim ao que nos acontecia.
Ah! Os teus olhos.
lembro-me de todas as promessas que te fiz. De todos os "para sempre" que agora não posso mesmo cumprir. Lembro-me de todas as palavras tuas, todas as frases tuas, as mais sinceras e as menos sinceras, as que me fizeram feliz e as que me trespassaram o coração, que me dilaceraram a alma e me fizeram chorar muitas noites agarrado à almofada.
Ah! Os teus olhos.
Mas era isso que tinha de fazer. Tinha de chorar. Se adormecesse, o meu subconsciente divagaria e poderia não se juntar a ti. Não era isso que queria. Queria-te - e quero - sempre na minha cabeça. O dia já não me correria da mesma forma se não pensasse em ti.
Ah! O teu sorriso.
Não me lembro da última vez que o vi. Mas lembro-me que é lindo. Que me aquece a alma. Que me acalma. E quando é sincero, ilumina tudo à sua volta.
Ah! O teu sorriso.
E por momentos paro de escrever. Passo os dedos nos cantos dos olhos à procura de algo que não está lá. Saio daqui. Digo que não escrevo mais e, deixo o texto a meio. Mas não consigo! Fumo o meu cigarro e volto para aqui. Não deixo nada a meio. Se começo algo, tenho de o acabar. Comecei a escrever o teu nome em mim e se comecei, irei acabar. Não darás por isso. Ninguém dará.
Ah! A tua pele.
Lisa, doce, brilhante, macia... Celeste! Poderia ser esse o teu nome e assim, sempre que te chamasse, já diria tudo de ti. A mais celeste das criaturas. Poderias ser "Lídia", mas serias a mulher-demónio e a desgraça de qualquer homem. Não creio que sejas.
Ah! Os teus lábios.
Peço desculpa por não acreditar nas tuas palavras. Compreendo, entendo, Mas não acredito.
Ninguém consegue "mentir" tão facilmente. E se o que me dizes agora é verdade, então era antes que me mentias.
Noite 1:
E eis que acordo sobressaltado. Não consigo dormir mais. Não quero dormir mais. Muitos pensamentos.
Enganei-nos aos dois. Menti-te como me "mentiste" a mim. Só de pensar que não queres mais que e conquiste, o peito contrai-se e aperta tudo. A dor é enorme.
Ah! O teu corpo.
"Se tivesse de estar com alguém neste exacto momento, seria contigo!" Esqueceste-te ou foi de propósito?
Sou eu que não acredito no Destino. Mas se tu acreditas, explica-me este Destino. Ou então diz-me que só PARA JÁ, só precisas de um tempo. Uma réstia de esperança. Diz-me que queres que te volte a conquistar, mas NÃO AGORA. Diz-me que foi tudo em vão, se tiveres a coragem para isso. Diz-me que fui um erro de percurso e que acreditas e que sabes que, da próxima vez que nos cruzarmos, que os nossos olhares se trocarem, diz-me que nesse momento os nossos corações não vão acelerar, ou parar ou coisa que o valha!? E se isso realmente acontecer, o que quer dizer? Tu que és a "sentimental", vais-me dizer que é mentira? Vais-me dizer que não aconteceu antes e que não acontecerá mais? E se realmente acontecer? Não vais acreditar no teu coração e nos teus sentimentos?
Ah! Os teus olhos.
São o espelho da alma. E eu vi a tua. Falei com ela e, o que ela me disse, não foi o que tu me disseste.
Ah! MERDA!!!
Nunca disse que te queria prender. Somos "dois pássaros loucos". Somos livres. Prender-te nunca fez parte dos meus planos. Mas cativar-te sim. Fazer-te feliz também. Não posso prometer-te que te faria feliz para sempre, mas posso prometer que faria os possíveis.
Nunca te quis pressionar, mas também vejo que a determinada altura, tentei e cheguei a fazê-lo. Desculpa-me por isso.
Ah! São de um castanho lindo.
"Friend zone"? Não obrigado. As coisas teriam sempre de começar por algum lado. Pela amizade? Sim, claro! Mas não posso, nem conseguiria ficar aí eternamente. Gosto demais de ti, abri-me demais para ser tão somente um amigo. Mas espera! Não interpretes mal. Quero ser teu amigo, mas quero ser também o teu melhor amigo, confidente, marido e amante.
Ah! O sorriso é tão contagiante.
Já me pedes o impossível. Pedes-me que não passe um dia espectacular só porque a primeira coisa que me vem à cabeça assim que acordo é o teu sorriso. Pedes-me que não consiga dormir porque quando me deito, deito-me com os teus olhos castanhos claros, tão bons, tão quentes, os teus sinais, os teus lábios pecaminosos, o teu sorriso, a tua franja que tapa a testa e destapa assim que a franzes. O teu cabelo liso, que ondula nas pontas.
Pedes-me que esqueça isso? Tens coragem de me pedir isso?
Ah! O teu cheiro.
Posso não ser pintor. Não sou mesmo. Nem escritor. Mas já consigo pôr cada traço teu nestas linhas. Sei o sítio exacto dos teus sinais. Sei de cor os contornos dos teus lábios, o tamanho discordante dos teus dois incisivos superiores, as tuas sobrancelhas finas, a franja ligeiramente escadeada e o cabelo. Adoro ver-te de trança.
Ah! O meu pecado.
És tu! Deixa-te tu também cair em tentação. Sempre disse e nunca te escondi que Preciso de ti, pelo que és, pela bagagem que trazes e não por mais nada.
AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!! TU!!!
"Nunca me deixes, Preciso de ti.
O Amor é uma loucura e tu precisas de mim.
Em qualquer altura, em qualquer lugar,
Sinto a tua presença até num mero olhar!"
Ah! O teu coração.
Disseste-me que já tinha entrado na tua mente e que estava já no "jardim do teu coração". Estás a ter agora a coragem de me expulsar ou foi engano algum que houve? É que se não houve engano e disseste-o mesmo, lembro-te que me disseste que eras uma pessoa de impulsos, que segues o coração. Se assim é, porque agora segues a cabeça? "Para o nosso bem"? Então e o "nosso jantar perfeito"? Foi mentira que o teu coração "puff... parou"? Não acredito que tenha sido um espasmo. Não tenhas medo. Arrisca. Sê tu própria. Sê livre! Não quero ser a tua "gaiola", mesmo que deixe a porta aberta. Quero ser só o teu "porto seguro". Aquele que sabes que é garantido. Aquele que sabes ser onde encontrarás os mantimentos que precisas, onde receberás o que precisas. Aquele "porto" que não sairá do sítio e que te dará o que mais precisas, quando mais precisares, seja ele um mimo, um silêncio, um beijo, um cofre para guardar um segredo ou uma confidência. Um ombro para chorar e outro para rir.
Preciso fazer tanta coisa mas só preciso de uma pessoa - TU!.
Não é o ficar sozinho que me assusta. É o não ter tido a oportunidade de fazer outras coisas, viver outras coisas. Tenho medo de em determinadas alturas não ter arriscado o suficiente. Viver é isso. É arriscar. E eu arrisquei tudo quando me decidi a conquistar-te.
Disse-te que nos conhecemos na altura errada. Talvez não. Se calhar foi mesmo na altura certa. Foi quando mais precisávamos um do outro. Eu ainda Preciso de ti.
Não acredito que já não precises de mim.
quinta-feira, janeiro 24, 2013
Microlímetro 3
Faz já algum tempo que não falo no Microlímetro. Termo meu! Em termos de distância, corresponde à mais ínfima unidade de medição de espaço. Na altura em que criei os dois textos anteriores, criei-os simplesmente pela ideia que me surgiu. Por um ímpeto de escrita que me impulsionou.
"Toquei-te! E com cada microporo da minha mão, senti cada microporo da tua pele. Passei-te a mão no cabelo e senti todas as pontas quebradas e espigadas de cada fio de cabelo teu. Abracei-te e senti o teu peito a encher e a esvaziar de ar, ao mesmo tempo que sentia o bater do teu coração. Senti cada impulso do teu corpo, como se fosse meu. Com o meu abraço, tornei-me a tua pele. Sim! A tua pele! Uma espécie de escudo que não se permitirá a deixar que nada te aconteça. Fiz parte de ti, durante esse abraço. E no momento em que fiz parte de ti, não senti nada entre nós. Mas senti-te a ti. Senti cada arrepio teu, cada calafrio, formigueiro, dor ou gota de suor. Reduzi toda a distância que havia entre nós. E no momento em que o fiz, qual lapa, não deixei de ser o teu escudo. Aparei todos os golpes que recebeste. Sequei todas as lágrimas que te correram e curei todas as feridas que te infligiram, secando cada gota de sangue derramado.
E, no final, beijei-te. Deixei que os lábios se fossem aproximando devagar. Queria sentir a tua respiração quente. Quis sentir o calor que saía de dentro de ti. E cheirar aquele momento, para que ficasse gravado na minha mente, para não mais esquecer os contornos, a temperatura e humidade. E quando não sobrou mais espaço entre os dois corpos, entre os lábios, nesse exacto momento em que a distância foi reduzida ao microlímetro, o mundo parou. Os relógios não andaram mais e ficámos imóveis naquela posição. Sem trocar palavras ou sons, na esperança de eternizar aquele milissegundo, aquele microlímetro... aquele beijo."
"Toquei-te! E com cada microporo da minha mão, senti cada microporo da tua pele. Passei-te a mão no cabelo e senti todas as pontas quebradas e espigadas de cada fio de cabelo teu. Abracei-te e senti o teu peito a encher e a esvaziar de ar, ao mesmo tempo que sentia o bater do teu coração. Senti cada impulso do teu corpo, como se fosse meu. Com o meu abraço, tornei-me a tua pele. Sim! A tua pele! Uma espécie de escudo que não se permitirá a deixar que nada te aconteça. Fiz parte de ti, durante esse abraço. E no momento em que fiz parte de ti, não senti nada entre nós. Mas senti-te a ti. Senti cada arrepio teu, cada calafrio, formigueiro, dor ou gota de suor. Reduzi toda a distância que havia entre nós. E no momento em que o fiz, qual lapa, não deixei de ser o teu escudo. Aparei todos os golpes que recebeste. Sequei todas as lágrimas que te correram e curei todas as feridas que te infligiram, secando cada gota de sangue derramado.
E, no final, beijei-te. Deixei que os lábios se fossem aproximando devagar. Queria sentir a tua respiração quente. Quis sentir o calor que saía de dentro de ti. E cheirar aquele momento, para que ficasse gravado na minha mente, para não mais esquecer os contornos, a temperatura e humidade. E quando não sobrou mais espaço entre os dois corpos, entre os lábios, nesse exacto momento em que a distância foi reduzida ao microlímetro, o mundo parou. Os relógios não andaram mais e ficámos imóveis naquela posição. Sem trocar palavras ou sons, na esperança de eternizar aquele milissegundo, aquele microlímetro... aquele beijo."
terça-feira, janeiro 22, 2013
Quando... simplesmente estás na minha mente!
Procurei em todo o lado. Corri o diccionário, as gramáticas, cusquei os livros da especialidade e que encontrei? Rigorosamente nada. Não encontrei em lado nenhum algo que pudesse de alguma forma descrever o mais belo dos sentimentos humanos. Não encontrei em lado nenhum as palavras que te queria transmitir. Mas porra... Às vezes penso que já foi tudo dito e se for procurar, não encontro. E é quando não consigo encontrar o que quero, que mais me dá vontade de escrever. E sabes porque não encontro as palavras que te quero dar, nas palavras de outro? Porque nas palavras de outro, a beleza das emoções não te é dirigida. Porque só eu sei o que sinto e como te sinto. Não é o mesmo que Pessoa, ou Camões, ou Queirós ou outro, qualquer que seja, sente. O que sinto é tão somente meu e só eu posso descobrir as palavras para o dizer ou descrever.
Mas se não encontro as palavras para te dizer, encontro a imagem. A imagem é tão somente esta:
Encontro-me à tua frente. Ponho as mãos no meu peito e começo por furá-lo com as unhas, de modo a conseguir abrir as peles. De seguida, afasto tudo o que se encontrar entre a minha derme e as minhas costelas. Abro o meu peito até ao momento em que me vês somente as costelas e o que elas protegem. Mas ainda consigo mais. Consigo separar as costelas até que estas deixem de proteger o que quer que seja.
No fim de o fazer deixo que decidas o que fazer com os meus órgãos. Deixo-te a ver os meus pulmões a encher de ar e a esvaziar numa respiração rápida e nervosa por me estar a entregar desta maneira nas tuas mãos.
Deixo-te a decidir o que fazer com o meu coração, à medida que oscila entre batimentos acelerados e grandes momentos de paragem.
Só assim consigo expressar! Só transmitindo esta imagem, para veres a fragilidade em que me deixas. Como sou frágil quando estou contigo, ou mesmo quando não estou contigo, quando te oiço e não te oiço. Quando... simplesmente estás na minha mente!
Mas se não encontro as palavras para te dizer, encontro a imagem. A imagem é tão somente esta:
Encontro-me à tua frente. Ponho as mãos no meu peito e começo por furá-lo com as unhas, de modo a conseguir abrir as peles. De seguida, afasto tudo o que se encontrar entre a minha derme e as minhas costelas. Abro o meu peito até ao momento em que me vês somente as costelas e o que elas protegem. Mas ainda consigo mais. Consigo separar as costelas até que estas deixem de proteger o que quer que seja.
No fim de o fazer deixo que decidas o que fazer com os meus órgãos. Deixo-te a ver os meus pulmões a encher de ar e a esvaziar numa respiração rápida e nervosa por me estar a entregar desta maneira nas tuas mãos.
Deixo-te a decidir o que fazer com o meu coração, à medida que oscila entre batimentos acelerados e grandes momentos de paragem.
Só assim consigo expressar! Só transmitindo esta imagem, para veres a fragilidade em que me deixas. Como sou frágil quando estou contigo, ou mesmo quando não estou contigo, quando te oiço e não te oiço. Quando... simplesmente estás na minha mente!
quarta-feira, janeiro 02, 2013
Merda pró Tempo!!
Pois é.. Merda pró tempo. Para o raio que O parta. Foda-se. Até o meu pc acarreta com as culpas das minhas frustrações. Carrego nas teclas com tanta força que parece que isto é uma das velhinhas máquinas de escrever em vez do computador caríssimo que foi.
Irra pá... Farto de coisas sem jeito nenhum. Farto de querer e não ter. Farto de não querer e ter. A única coisa que queria agora mesmo era poder adormecer. Mas um daqueles sonos mágicos dos contos de fadas. Um daqueles sonos de que somos despertos quando se resolveram todas as peripécias. Um daqueles sonos em que só depois de todas as conquistas feitas, de todas as batalhas travadas, somos acordados. Mas que significa isso?
Significa que não me apetece Viver. Mas calma. Não no sentido de estar morto. Viver no sentido de passar despercebido. Não ter alegrias nem tristezas. Não ter vitórias nem derrotas. Não amar nem odiar. Nem chorar nem rir.
Ser um sonâmbulo. Exactamente! É isso que apetece. Dormir em pé e de olhos abertos. Sentir a vida a esvair, a escorrer, a desaparecer entre os dedos. Deixar que o Filha da puta do Tempo me apanhe na curva e que de um momento para o outro eu acorde, olhe para trás e diga para comigo mesmo: "Tava a ver que nunca mais! Demorou mas finalmente estou à beira de acordar. Não vivi o que devia. Não fiz o que devia. Mas porra.. Pelo menos não chorei, não sofri, não amei, não tive derrotas. Só tenho pena de não ter rido"
Quando adormecer, é disso que mais falta vou sentir... de rir. De rir cheio de vontade. Um daqueles risos que vêm do fundo da alma. Um daqueles que nos fazem rir e roncar que nem porcos, ao mesmo tempo! Rir como se não houvesse amanhã.
E para adormecer o Tempo corre. Para aí o Cabrão já me arrasta. Já me chama há muito tempo. Mas o Ranhoso dar-me tempo para eu poder rir é que não. Isso Ele já não faz. Isso Ele já não deixa. Ok, Sendo assim, e uma vez que ainda não podemos impedir que Ele passe por nós, uma vez que não O podemos travar nem desacelerar, então, resigno-me e deixo que Ele me pegue antes do da hora marcada. Ajoelho-me aos Seus pés, entrego a minha espada e digo que desisto. Digo que faça de mim o que bem Lhe aprouver. Digo-Lhe que não quero mais feridas de lutas. Que guerras não levam a lado nenhum e que está na altura errada para ir dormir e descansar.
Viro-Lhe as costas e é isso que faço. Durmo e descanso.
Quando dormimos, Ele passa mais depressa. Pode ser que assim, também mais depressa Ela me encontre!
Irra pá... Farto de coisas sem jeito nenhum. Farto de querer e não ter. Farto de não querer e ter. A única coisa que queria agora mesmo era poder adormecer. Mas um daqueles sonos mágicos dos contos de fadas. Um daqueles sonos de que somos despertos quando se resolveram todas as peripécias. Um daqueles sonos em que só depois de todas as conquistas feitas, de todas as batalhas travadas, somos acordados. Mas que significa isso?
Significa que não me apetece Viver. Mas calma. Não no sentido de estar morto. Viver no sentido de passar despercebido. Não ter alegrias nem tristezas. Não ter vitórias nem derrotas. Não amar nem odiar. Nem chorar nem rir.
Ser um sonâmbulo. Exactamente! É isso que apetece. Dormir em pé e de olhos abertos. Sentir a vida a esvair, a escorrer, a desaparecer entre os dedos. Deixar que o Filha da puta do Tempo me apanhe na curva e que de um momento para o outro eu acorde, olhe para trás e diga para comigo mesmo: "Tava a ver que nunca mais! Demorou mas finalmente estou à beira de acordar. Não vivi o que devia. Não fiz o que devia. Mas porra.. Pelo menos não chorei, não sofri, não amei, não tive derrotas. Só tenho pena de não ter rido"
Quando adormecer, é disso que mais falta vou sentir... de rir. De rir cheio de vontade. Um daqueles risos que vêm do fundo da alma. Um daqueles que nos fazem rir e roncar que nem porcos, ao mesmo tempo! Rir como se não houvesse amanhã.
E para adormecer o Tempo corre. Para aí o Cabrão já me arrasta. Já me chama há muito tempo. Mas o Ranhoso dar-me tempo para eu poder rir é que não. Isso Ele já não faz. Isso Ele já não deixa. Ok, Sendo assim, e uma vez que ainda não podemos impedir que Ele passe por nós, uma vez que não O podemos travar nem desacelerar, então, resigno-me e deixo que Ele me pegue antes do da hora marcada. Ajoelho-me aos Seus pés, entrego a minha espada e digo que desisto. Digo que faça de mim o que bem Lhe aprouver. Digo-Lhe que não quero mais feridas de lutas. Que guerras não levam a lado nenhum e que está na altura errada para ir dormir e descansar.
Viro-Lhe as costas e é isso que faço. Durmo e descanso.
Quando dormimos, Ele passa mais depressa. Pode ser que assim, também mais depressa Ela me encontre!
segunda-feira, novembro 12, 2012
É preciso azar...
Já não aguentava tudo aquilo.
Teve de ser. Agarrei-lhe nos cabelos, puxei-lhe a cabeça para trás e comecei a beijá-la. Beijei-a no pescoço, nos olhos, na face, na boca. Mordisquei-lhe os lábios e a língua.
De repente os botões da camisa saltaram fora. A pressa era tal que não dava para os desapertar um a um. As costuras partiram, os botões caíram, mas ainda havia uma camisola interior, ou uma t-shirt. Sei lá. Naquele momento a minha visão era o meu tacto. À medida que ia puxando esta camisola/t-shirt, lentamente, uma dor ia aparecendo. Puxei lentamente a roupa, até que os braços lhe ficassem nas costas. E retive-me assim. A dor aumentava. Sem tirar mais roupa, só a observar e a tocar os meus lábios nos dela. O prazer era tanto que a dor se tornava quase impossível de suportar.
MERDA... FODASSE... CARALHO... Bati com os cornos na mesinha de cabeceira e acordei!!!
Teve de ser. Agarrei-lhe nos cabelos, puxei-lhe a cabeça para trás e comecei a beijá-la. Beijei-a no pescoço, nos olhos, na face, na boca. Mordisquei-lhe os lábios e a língua.
De repente os botões da camisa saltaram fora. A pressa era tal que não dava para os desapertar um a um. As costuras partiram, os botões caíram, mas ainda havia uma camisola interior, ou uma t-shirt. Sei lá. Naquele momento a minha visão era o meu tacto. À medida que ia puxando esta camisola/t-shirt, lentamente, uma dor ia aparecendo. Puxei lentamente a roupa, até que os braços lhe ficassem nas costas. E retive-me assim. A dor aumentava. Sem tirar mais roupa, só a observar e a tocar os meus lábios nos dela. O prazer era tanto que a dor se tornava quase impossível de suportar.
MERDA... FODASSE... CARALHO... Bati com os cornos na mesinha de cabeceira e acordei!!!
sexta-feira, outubro 12, 2012
Transcendente
Tenho a vida de pernas para o ar... Nem sei bem o que quero! Quem me dera ser dono da verdade e saber o que o futuro me reserva. Saber o que vou ser, saber o que me espera... Saber quando e como...
Saber se um dia te vou conhecer. Saber ate que ponto te vou conhecer. Saber quem és. Saber se algum dia me conheceras verdadeiramente e, não só por estas linhas que te escrevo. Saber se um dia conseguirei reduzir entre nós a distância, ao microlimetro.
Saber se algum dia me desejarás como eu te desejo.
Esquece o plano físico. Desejo-te tão transcendentalmente...
Saber se um dia te vou conhecer. Saber ate que ponto te vou conhecer. Saber quem és. Saber se algum dia me conheceras verdadeiramente e, não só por estas linhas que te escrevo. Saber se um dia conseguirei reduzir entre nós a distância, ao microlimetro.
Saber se algum dia me desejarás como eu te desejo.
Esquece o plano físico. Desejo-te tão transcendentalmente...
segunda-feira, outubro 01, 2012
Esgotei...
Esgotei...
Há alguns anos atrás, alguém me disse que adorava o que eu dizia e escrevia sobre essa pessoa. Pois bem... Acho que esgotei todos os meus adjectivos, todo o meu vocabulário.
Para mim, agora és tão somente linda. Mas banalizei o adjectivo. És linda à tua maneira. Boas são aquelas tipas das revistas e da televisão. Tu és Só linda...
Mas também já não te consigo caracterizar de outra maneira.
Já não basta dizer que te adoro, ou que te desejo, ou mesmo que... Te amo! Já não é suficiente para mim. Precisava de conseguir dizer mais... De conseguir fazer mais.
Mas o tempo foi passando e eu fui desistindo, fui deixando de lutar por uma estrela que brilhava apenas dentro de mim, que me aquecia a alma nos momentos mais frios e que me seca a lágrima no rosto.
Há alguns anos atrás, alguém me disse que adorava o que eu dizia e escrevia sobre essa pessoa. Pois bem... Acho que esgotei todos os meus adjectivos, todo o meu vocabulário.
Para mim, agora és tão somente linda. Mas banalizei o adjectivo. És linda à tua maneira. Boas são aquelas tipas das revistas e da televisão. Tu és Só linda...
Mas também já não te consigo caracterizar de outra maneira.
Já não basta dizer que te adoro, ou que te desejo, ou mesmo que... Te amo! Já não é suficiente para mim. Precisava de conseguir dizer mais... De conseguir fazer mais.
Mas o tempo foi passando e eu fui desistindo, fui deixando de lutar por uma estrela que brilhava apenas dentro de mim, que me aquecia a alma nos momentos mais frios e que me seca a lágrima no rosto.
quarta-feira, setembro 26, 2012
Sou um Utópico Saudosista.
À falta de melhor…
Lembrei-me de me sentar e escrever.
Só me esqueci de um pormenor… O mais importante… O que iria eu escrever? Um artigo? Um romance? Uma peça de teatro? Mas eis que me assola uma só ideia, uma só palavra. Uma palavra que define a nossa sociedade actual, o nosso estado mental e tudo mais
que se possam lembrar.
Falo de UTOPIA. E porquê a Utopia? Por uma razão muito simples.
Acho que em tenra idade começo a admirar a fase literária que atravessou Portugal em finais do séc. XIX e princípios do seguinte. Falo do Saudosismo e do Grupo dos Vencidos da Vida. Dele fizeram parte grandes autores como Pessoa, Eça, Camilo, entre outros. Não quero de modo algum comparar-me a eles. Eles foram grandes. Eu sempre serei pequeno.
Vejamos. Qualquer um deles recordava com Saudade o tempo da sua infância (a nossa eterna felicidade, para sempre perdida nos meandros do tempo e da memória) e neste aspecto, concordo com eles. Mas acontece que nesta sociedade animalesca em que vivemos, torna-se cada vez mais e mais difícil de encontrar alternativas a essa tão desejada felicidade.
E aqui entra a Utopia (que já muitos se perguntavam onde andaria!). Note-se que enquanto todos andamos iludidos e a ser enganados por “meio mundo”, não deixamos tempo para a nossa felicidade. Acho que deveríamos gastar o nosso tempo na busca de algo mais que a “simples” estabilidade emocional e económica. Onde arranjamos tempo para as pessoas que mais amamos? Sejam elas familiares, namorad@s, ou simplesmente as minis com os amigos? Torna-se mais do que óbvio que no meio desta competitividade toda acabamos por nos esquecer de quem não devíamos.
Acontece que aqueles que por direito deveriam tomar providências, não o fazem. Era tão bom que os “pombos” que ajudámos a colocar no “poleiro” se lembrassem de nós de vez em quando. E para tal, bastava que criassem condições para que a população vivesse num clima de harmonia, de entreajuda e não de “fermentação” do delatismo.
Quero viver num mundo em que todos nos preocupemos com o desconhecido do lado, quero um mundo sem assaltos, sem tiros, em que todos trabalhemos para um bem comum. Quero Educação e Saneamento e Saúde gratuitos, não quero ser atendido em serviços públicos por pessoas que parecem estar de luto desde que acabaram a adolescência. Quero que aqueles que foram eleitos por nós, para trabalharem para nós, não nos obriguem a trabalhar para eles. Quero um mundo sem guerra, sem fome, sem calamidades, sem poluição, sem degelo e sem buracos no Ozono. Quero poder usar bio combustível sem ter de pagar avultadas multas. Mas sobretudo quero que a tal felicidade da nossa infância nos acompanhe por todos os dias da nossa passagem neste mundo que, à nossa semelhança, já se encontra com os pés para a cova.
Mas quem sou eu para falar destas coisas?! Sou um Saudosista Utópico? De modo algum!
Sou um Utópico Saudosista.
Lembrei-me de me sentar e escrever.
Só me esqueci de um pormenor… O mais importante… O que iria eu escrever? Um artigo? Um romance? Uma peça de teatro? Mas eis que me assola uma só ideia, uma só palavra. Uma palavra que define a nossa sociedade actual, o nosso estado mental e tudo mais
que se possam lembrar.
Falo de UTOPIA. E porquê a Utopia? Por uma razão muito simples.
Acho que em tenra idade começo a admirar a fase literária que atravessou Portugal em finais do séc. XIX e princípios do seguinte. Falo do Saudosismo e do Grupo dos Vencidos da Vida. Dele fizeram parte grandes autores como Pessoa, Eça, Camilo, entre outros. Não quero de modo algum comparar-me a eles. Eles foram grandes. Eu sempre serei pequeno.
Vejamos. Qualquer um deles recordava com Saudade o tempo da sua infância (a nossa eterna felicidade, para sempre perdida nos meandros do tempo e da memória) e neste aspecto, concordo com eles. Mas acontece que nesta sociedade animalesca em que vivemos, torna-se cada vez mais e mais difícil de encontrar alternativas a essa tão desejada felicidade.
E aqui entra a Utopia (que já muitos se perguntavam onde andaria!). Note-se que enquanto todos andamos iludidos e a ser enganados por “meio mundo”, não deixamos tempo para a nossa felicidade. Acho que deveríamos gastar o nosso tempo na busca de algo mais que a “simples” estabilidade emocional e económica. Onde arranjamos tempo para as pessoas que mais amamos? Sejam elas familiares, namorad@s, ou simplesmente as minis com os amigos? Torna-se mais do que óbvio que no meio desta competitividade toda acabamos por nos esquecer de quem não devíamos.
Acontece que aqueles que por direito deveriam tomar providências, não o fazem. Era tão bom que os “pombos” que ajudámos a colocar no “poleiro” se lembrassem de nós de vez em quando. E para tal, bastava que criassem condições para que a população vivesse num clima de harmonia, de entreajuda e não de “fermentação” do delatismo.
Quero viver num mundo em que todos nos preocupemos com o desconhecido do lado, quero um mundo sem assaltos, sem tiros, em que todos trabalhemos para um bem comum. Quero Educação e Saneamento e Saúde gratuitos, não quero ser atendido em serviços públicos por pessoas que parecem estar de luto desde que acabaram a adolescência. Quero que aqueles que foram eleitos por nós, para trabalharem para nós, não nos obriguem a trabalhar para eles. Quero um mundo sem guerra, sem fome, sem calamidades, sem poluição, sem degelo e sem buracos no Ozono. Quero poder usar bio combustível sem ter de pagar avultadas multas. Mas sobretudo quero que a tal felicidade da nossa infância nos acompanhe por todos os dias da nossa passagem neste mundo que, à nossa semelhança, já se encontra com os pés para a cova.
Mas quem sou eu para falar destas coisas?! Sou um Saudosista Utópico? De modo algum!
Sou um Utópico Saudosista.
sexta-feira, setembro 21, 2012
Assim saberei que estará sempre comigo.
O luto abate-se.
Aos poucos e poucos, instala-se sobre nós um pacto de silêncio. Deixa de ser preciso falar. Entendemos-nos no olhar uns dos outros.
Se as lágrimas lavam a alma, a minha tem de estar muito suja, muito negra, pois ainda não consigo parar. Todos os olhos brilham com a lembrança que vem à memória. Mas brilham com a água que os enche e deixa transparecer um enorme vazio que nos foi deixado no coração.
Aqui já não se fala. Só se escutam os silêncios que temos para contar.
Ainda é cedo para falar. Somos, ainda, crianças a quem a faculdade da linguagem não foi desenvolvida. E só entendemos os não sons professados e proferidos por nós mesmos.
Ainda não queremos ouvir mais nada. Nem o "já passou", "é a ordem da vida". Sabemos disso! O que queremos mesmo, é algo que nos foi arrancado e não mais será devolvido. E enquanto me lembrar disso, não quero que passe nunca. Assim saberei que estará sempre comigo.
Aos poucos e poucos, instala-se sobre nós um pacto de silêncio. Deixa de ser preciso falar. Entendemos-nos no olhar uns dos outros.
Se as lágrimas lavam a alma, a minha tem de estar muito suja, muito negra, pois ainda não consigo parar. Todos os olhos brilham com a lembrança que vem à memória. Mas brilham com a água que os enche e deixa transparecer um enorme vazio que nos foi deixado no coração.
Aqui já não se fala. Só se escutam os silêncios que temos para contar.
Ainda é cedo para falar. Somos, ainda, crianças a quem a faculdade da linguagem não foi desenvolvida. E só entendemos os não sons professados e proferidos por nós mesmos.
Ainda não queremos ouvir mais nada. Nem o "já passou", "é a ordem da vida". Sabemos disso! O que queremos mesmo, é algo que nos foi arrancado e não mais será devolvido. E enquanto me lembrar disso, não quero que passe nunca. Assim saberei que estará sempre comigo.
sexta-feira, agosto 24, 2012
A very very old letter
Não poderei nunca chamar a isto uma carta de "Amor". Só falo de Amor se ele for correspondido. Amo, por exemplo, a minha mãe. Ela também me ama.
Será, então, uma carta de "Gostar".
Evitarei, ao máximo, falar em termos de felicidade. Alguém me disse que em termos químicos, a substância libertada pela massa encefálica, quando se come um chocolate, é a mesma libertada quando alguém diz estar feliz.
Como isto é para o meu "Segredo", não digo que o ande a "comer" (credo).
Introdução à parte, para os leitores, escrevo de Ti, o que nunca Te disse.
Dissemos uma vez que era mais fácil escrever do que falar. Realmente, maior verdade, não há.
Distantes vão os tempos em que quando gostava de alguém, escrevia uma simples carta onde dizia tão somente que gostava muito e terminava com um "Queres namorar comigo?" e, no fim, deixava dois quadrados: Um para "SIM", outro para "NÃO". E se a resposta fosse negativa, logo "partia para outra". (Era tão simples na altura).
Hoje não. Hoje seria incapaz de Te fazer tal pergunta. Mas acho estranho. Vontade não me falta. Mas não sei como reagiria à resposta, fosse ela qual fosse.
Também é verdade que já sei a resposta. Mas não é isso que me faz "desistir". Disseste-me um dia, que no meu lugar, já terias desistido, que não eras persistente. Mas como poderia desistir? Se gosto, não posso deixar que a minha estrela brilhe no meu céu, sem que a possa ver, sem que a possa admirar!
Podem muitos incautos, pensar que, este meu "Segredo", funcione como uma espécie de penso que uso para cicatrizar alguma ferida ainda aberta. Verdade. Mas mentira. Tenho ainda uma ferida que teima em não sarar, que não cicatriza. Por mais "betadine" que use, parece que, quando cicatrizou, alguém aparece para "raspar a crosta" e deixar novamente aberta uma ferida antiga.
Disseste-me que tinhas feridas por sarar. Não quero ser o teu médico. Essa ferida (como eu, também descobrirás), não irá sarar nunca. Manter-se-à aberta. Atormentar-te-à todos os dias. "E se dissesse de outro modo? E se tivesse feito de outra maneira?" Essas perguntas e outras, surgirão sempre nos nossos momentos de maior fraqueza. Mas, acredita que nesses momentos de maior fraqueza, poderás sempre encontrar um porto seguro.
Ainda hoje me pergunto porque não te digo isto! Porque seria incapaz. Porque não consigo. Porque junto de ti, as palavras, as frases, as conversas, tornam-se banais. Tremo, desmancho-me e não consigo encontrar o local exacto das peças. Até neste espaço já me faltam as palavras.
Mas também não me quero calar. Estou farto de silêncios. Não são saudáveis quando nos servimos deles para deixar coisas por dizer. Ainda assim, também nunca conseguimos dizer tudo. Há sempre algo que vai ficar por dizer e, é isso que nos perseguirá, que nos atormentará, que não deixará sarar as feridas.
Ando farto de sonhos. Se a Vida fosse um sonho, andávamos sempre a dormir. A Vida não é um sonho, nem sequer é cor de rosa. É de todas as cores. É da cor do arco-íris e cada dia é uma cor diferente.
Perco-me no discurso... Defeito meu. Quando estou nervoso, divago e não paro de falar. Fico chato. Gosto de ficar por cima, mas tu deixas me em baixo. Falo de tudo e de repente vejo que não disse nada.
Há uns meses tinha voltado a ter um sonho. Aquele que te escrevi. Estranho... Tínhamos ido jantar e blá blá blá... Acordei com o chamar do meu nome
Será, então, uma carta de "Gostar".
Evitarei, ao máximo, falar em termos de felicidade. Alguém me disse que em termos químicos, a substância libertada pela massa encefálica, quando se come um chocolate, é a mesma libertada quando alguém diz estar feliz.
Como isto é para o meu "Segredo", não digo que o ande a "comer" (credo).
Introdução à parte, para os leitores, escrevo de Ti, o que nunca Te disse.
Dissemos uma vez que era mais fácil escrever do que falar. Realmente, maior verdade, não há.
Distantes vão os tempos em que quando gostava de alguém, escrevia uma simples carta onde dizia tão somente que gostava muito e terminava com um "Queres namorar comigo?" e, no fim, deixava dois quadrados: Um para "SIM", outro para "NÃO". E se a resposta fosse negativa, logo "partia para outra". (Era tão simples na altura).
Hoje não. Hoje seria incapaz de Te fazer tal pergunta. Mas acho estranho. Vontade não me falta. Mas não sei como reagiria à resposta, fosse ela qual fosse.
Também é verdade que já sei a resposta. Mas não é isso que me faz "desistir". Disseste-me um dia, que no meu lugar, já terias desistido, que não eras persistente. Mas como poderia desistir? Se gosto, não posso deixar que a minha estrela brilhe no meu céu, sem que a possa ver, sem que a possa admirar!
Podem muitos incautos, pensar que, este meu "Segredo", funcione como uma espécie de penso que uso para cicatrizar alguma ferida ainda aberta. Verdade. Mas mentira. Tenho ainda uma ferida que teima em não sarar, que não cicatriza. Por mais "betadine" que use, parece que, quando cicatrizou, alguém aparece para "raspar a crosta" e deixar novamente aberta uma ferida antiga.
Disseste-me que tinhas feridas por sarar. Não quero ser o teu médico. Essa ferida (como eu, também descobrirás), não irá sarar nunca. Manter-se-à aberta. Atormentar-te-à todos os dias. "E se dissesse de outro modo? E se tivesse feito de outra maneira?" Essas perguntas e outras, surgirão sempre nos nossos momentos de maior fraqueza. Mas, acredita que nesses momentos de maior fraqueza, poderás sempre encontrar um porto seguro.
Ainda hoje me pergunto porque não te digo isto! Porque seria incapaz. Porque não consigo. Porque junto de ti, as palavras, as frases, as conversas, tornam-se banais. Tremo, desmancho-me e não consigo encontrar o local exacto das peças. Até neste espaço já me faltam as palavras.
Mas também não me quero calar. Estou farto de silêncios. Não são saudáveis quando nos servimos deles para deixar coisas por dizer. Ainda assim, também nunca conseguimos dizer tudo. Há sempre algo que vai ficar por dizer e, é isso que nos perseguirá, que nos atormentará, que não deixará sarar as feridas.
Ando farto de sonhos. Se a Vida fosse um sonho, andávamos sempre a dormir. A Vida não é um sonho, nem sequer é cor de rosa. É de todas as cores. É da cor do arco-íris e cada dia é uma cor diferente.
Perco-me no discurso... Defeito meu. Quando estou nervoso, divago e não paro de falar. Fico chato. Gosto de ficar por cima, mas tu deixas me em baixo. Falo de tudo e de repente vejo que não disse nada.
Há uns meses tinha voltado a ter um sonho. Aquele que te escrevi. Estranho... Tínhamos ido jantar e blá blá blá... Acordei com o chamar do meu nome
quinta-feira, agosto 23, 2012
Medricas!!
Tenho não sei quantos anos e nada de paciência. Já fiz o que tinha a fazer e vivi quase tudo o que havia para viver.
Hoje, ao fumar o meu cigarrito, dei conta de umas covas muito grandes em ambos os lados da minha face.
Senti-me muito velho, muito acabado. Senti que, ainda assim, existiram coisas que devia ter feito e dito e, não tive a coragem.
E a paciência?! Esgotou! Já não tenho apetite para me dedicar a nada nem a ninguém. Não levo nada até ao fim. E a única coisa que em tempos acreditei merecedora de levar até ao fim, fosse por gostar, querer ou mesmo amar "desapeteceu-me". O peito torna-se pequeno, a respiração rápida, os membros frágeis, no entanto, como tudo, o Tempo ajuda. Tornar-me-ei calculista, frio e insensível. Não deve ser difícil.
Isto tudo por causa de quê? De quem? Por causa de um sentimento e por causa de alguém. Os homens são todos iguais... São uma cambada de medricas. Têm medo de tudo. Medo que lhes digam que sim, que lhes digam que não, quê... Sei lá... De tudo.
As mulheres, ao contrário são corajosas. Mas são frias! Gostam de tudo muito certo. E são altamente egocêntricas. Estimam-se a si próprias, só pensam nelas antes de mais alguma coisa ou alguém. Demoram muito tempo a pensar que podem estar a magoar-se a si próprias ou alguém.
Hoje, ao fumar o meu cigarrito, dei conta de umas covas muito grandes em ambos os lados da minha face.
Senti-me muito velho, muito acabado. Senti que, ainda assim, existiram coisas que devia ter feito e dito e, não tive a coragem.
E a paciência?! Esgotou! Já não tenho apetite para me dedicar a nada nem a ninguém. Não levo nada até ao fim. E a única coisa que em tempos acreditei merecedora de levar até ao fim, fosse por gostar, querer ou mesmo amar "desapeteceu-me". O peito torna-se pequeno, a respiração rápida, os membros frágeis, no entanto, como tudo, o Tempo ajuda. Tornar-me-ei calculista, frio e insensível. Não deve ser difícil.
Isto tudo por causa de quê? De quem? Por causa de um sentimento e por causa de alguém. Os homens são todos iguais... São uma cambada de medricas. Têm medo de tudo. Medo que lhes digam que sim, que lhes digam que não, quê... Sei lá... De tudo.
As mulheres, ao contrário são corajosas. Mas são frias! Gostam de tudo muito certo. E são altamente egocêntricas. Estimam-se a si próprias, só pensam nelas antes de mais alguma coisa ou alguém. Demoram muito tempo a pensar que podem estar a magoar-se a si próprias ou alguém.
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